48. A petulância.

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Pov'Meredith.

- vamos começar a tirar o que não é mais necessário, os móveis chegam amanhã, ainda precisamos limpar os quartos antes de serem mobiliados.

Dava para tudo estar um caos e ao mesmo tempo organizando? Era bem isso, haviam várias coisas sendo feitas, mas tudo feito do jeito certo, um caos organizado. Eu adorava aquilo, não via a hora de me formar e elaborar projetos, ver eles ganhando vida.

- vocês precisam levar tudo pro contêiner agora pela manhã.

- Meredith? - ouvi o chamado de Nathan - tudo está fluindo.

- sim, tudo dentro do planejado - afirmei.

- ótimo... Deve ter suas vantagens namorar o dono do lugar.

Olhei para Nathan sentido vontade de bater nele, sua sorte era ser um ótimo arquiteto, porque como ser humano era podre, não deixei as palavras dele me abalarem, eu não me importava em parece interesseira, ou me beneficiar do que Andrew tinha.

- tem muitas mesmo, uma delas é pagar pra você assinar meu projeto, e aceitar colocar meu nome nele, quando ainda sou aluna do terceiro período.

- ainda posso mudar de idéia - ele ameaçou com raiva.

- boa sorte, assim como você viu vantagens, outros também vão, então se vai sair avisa logo.

- você é petulante.

- e você um machista de merda que acha que pode insinuar alguma coisa.

- deveria ter respeito por mim, sou seu chefe e professor.

Dei um passo na direção dele e falei muito baixo, mas com desprezo suficiente.

- aqui você é só o cara que meu namorado tá pagando pra assinar por mim, não é meu professor, muito menos meu chefe, na sala de aula terei todo o respeito por você, mas aqui, aqui EU mando.

- garota petulante.

- filho da puta machista - sorri largo - quer sair? Avisa agora.

- sua sorte é que isso me prejudicaria.

- minha? Não mesmo, sorte sua que te achei capaz suficiente para participar desse projeto... Porque você sabe que é grande, e que não vai ganhar só dinheiro, mas mais reconhecimento além de prestígio porque Andrew tem um nome... Então não vem com essa pro meu lado.

Virei as costas para Nathan e vi meu namorado parado a uma distância, não tinha certeza se ele ouviu a conversa, caminhei até onde Andrew estava, não sorri, não perguntei nada, não estava no clima.

- o que foi aquilo?

- nada.

- nada? Você parecia prestes a avançar na jugular do Nathan... Eu conheço bem suas expressões.

- ele veio falar que tinha vantagens em ser a namorada do dono da obra.

- vou matar ele.

- não vai - segurei Andrew - não precisa eu mostrei para ele onde é seu lugar.

Sorri, sorri mesmo, possivelmente mostrava o sorriso que Andrew chamava de diabólico.

- o que você falou?

- que tinha realmente vantagens, você pagou alguém pra assinar meu projeto... Ele veio falar que deveria respeitar ele como chefe e professor, e que era sorte minha ele ter aceitado...

Andrew só me olhou esperando o que viria.

- falei que ele quem deveria me respeitar, porque ele era só o cara que você estava pagando para assinar meu projeto, não era meu chefe, e nem professor, aqui não, ele quem deveria me respeitar, porque o achei capaz suficiente para participar do MEU projeto, e ele estava sendo muito bem pago... E se não quisesse era só avisar.

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