PARTE II - QUASE MORTO POR UM ADULTO [ATUALIZADO]

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     O dia mal começou e eu já não aguento ouvi-los conversar e todas as explicações sobre o plano.
     A única coisa importante que todo mundo concordou foi que iremos para a delegacia mais próxima... que pra deixar bem claro, ninguém sabe onde é. Mas eles conhecem esse lado melhor do que eu, não há possibilidades de eu contrariar.
     Não sei como irei fazer para escrever a todo o momento, terei pouco tempo agora, mas não sairemos agora, então tenho mais um pouco de tempo. É melhor aproveitar, os dias até hoje estão acabando. Não lembro se escrevi sobre quase ter sido morto por um homem...

""_Depois que fugira do túnel eu apenas corri. Para aonde eu iria, né?
_Eu não aguentava mais correr. A estrada a minha frente estava deserta, era o único caminho, a não ser que eu quisesse: voltar para o túnel ou escalar os muros que separavam as estradas.
_Eu não havia notado tão cedo quanto deveria, mas muito a minha frente havia uma sombra em pé. Ela estava parada e a segundo que me aproximava a sombra tomava mais forma e mais nítida ficava.
_E o eu erro havia começado... Mas eu não tinha para aonde ir, mesmo naquela hora.
_Era um homem carregado com espingardas e pistolas.
_Urros. Tiros. Mais tiros e urros.
_Ele estava atirando nas criaturas que se aproximavam e eu havia sido um pouco histérico por causa da minha animação por ter encontrado um adulto que me ajudaria a sobreviver muito mais. Era um adulto, entendam. Era mais experiente que um adolescente. Bom, assim eu achara.
_Esse foi o meu erro.
_Ele se virara rápido e atirara em minha direção. Por sorte minha ou azar dele, ele errou por pouco a minha cabeça. Mas eu senti minha orelha esquentar.
_Ele continuou atirando nas poucas criaturas que se aproximavam à sua frente. Então eu percebera o quão ruim de mira ele era.
_– Mete o pé daqui garoto.
_Eu mal o pude ouvir em meio aos tiros. Sei nem se foi o que ele havia dito.
_– Eu só quero ajuda. – tentei gritar no meio de todo aquele barulho
_Ele se virou o rosto para mim e com as armas apontadas para as criaturas, gritou.
_– Quem disse que quero ajudar?
_– Por quê? Você pode me ajudar. Podemos sobreviver a esse terror. – lembro da dor que se instalara em minha garganta.
_– Tu não passas de um pivete. Não sou obrigado a tomar conta de você. – ele continuava a atirar nas criaturas que se aproximavam. Ele havia carregado a arma. – Vaza!
_– Você não entende...
_– Não entendeu?
_Ele parara para atirar nas duas criaturas que chegaram perto rápidos demais. Ele era bem ágil, mas era péssimo de pontaria, mas por sorte nossa, ele acertara as criaturas. Provavelmente era um caçador idiota.
_A última criatura caiu. Ele não havia mais munição no cinto e as espingardas não faço a mínima ideia se estavam carregadas.
_– Pivete, tu ainda estás aí? Já não mandei tu ralar?
_– Eu preciso de ajuda.
_Então eu cometera o segundo erro: ter insistido.
_– Não me importo.
_Ele apontara a pistola prateada para mim e quando menos esperei, o tremor me paralisou, quando percebi o cano prata estava encostado na minha testa.
_– Eu acho que tu queres morrer?! Não me importo de te livrar desse caos. – ele falara alguma coisa assim.
_Eu não queria morrer. Ainda não quero. Mas naquela hora havia sido tentador colocar um fim em todo esse caos de uma forma tão simples e rápida. Eu só precisava de coragem.
_Ele afastou a pistola. Então se afastou 3 passos para trás. Do bolso da calça ele tirou 3 balas e recarregou a pistola.
_Então na minha cabeça só uma palavra brilhava: fim.
_Eu havia visto raiva em seus olhos, e mais uma vez minhas pernas estavam travadas. Ele atirou e no mesmo instante eu havia gritado... O tiro havia acertado próximo aos meus pés. Eu caíra tremendo.
_Ele atirara mais uma vez, dessa vez para cima.
_– Não me siga. Não quero te ajudar e nem pretendo. Se eu te encontrar, saiba que sua morte será minha.
_Então ele correra se afastando pelo único caminho.
_Mas foi depois de uns bons minutos me recuperando e me desfazendo de todos aqueles pensamentos de morte eu seguira em frente, pelo mesmo caminho que o homem fizera. E foi nesse momento que eu percebi. Eu não precisei de ajuda nenhuma de um adulto e nem precisarei. Sou apenas um adolescente de 16 anos que não teve nenhuma ajuda e mesmo assim sobreviveu por muito mais tempo que esperava.""

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