PARTE II - PARECE HAVER APENAS DUAS OPÇÕES [ATUALIZADO]

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     A imagem da televisão ficou azul, acho que estão conectando com o tal vídeo que eles mostrariam.
     – O que será que eles mostrarão?
     Carla estava bem apreensiva para saber sobre do que se tratava.
     A televisão fez um ruído estranho e o vídeo entrou o ar.
     "Havia barricadas em frente a uma delegacia, a protegendo de pessoas que gritavam e protestavam. Eles forçavam a entrada a força no local. Os gritos eram tantos que não dava para se ouvir o que o capitão da polícia tentava dizer. Ele parecia um pouco fora de si com a arma apontada para as pessoas à sua frente."
     "– As pessoas estão fora de si. As pessoas quem poderíamos confiar estão perdendo a sã consciência para um medo que nunca enfrentaram."

     A voz da jornalista saiu por cima do vídeo.
     "Um tiro para o alto. As pessoas não se assustaram, o desespero de quererem ser salvas era maior. Eles forçavam contra a barricada enquanto os outros guardas os impediam por ordem de seu líder."
     Mas por que eles não deixavam aquelas pessoas entrarem e serem salvas? Ou a delegacia já estava lotada ou... ou eu não sei outro motivo.
     "Os ânimos estavam fora de si. Não havia nenhuma criatura por ali, mas o terror da presença deles acompanharam todas aquelas pessoas. Os guardas não suportariam por muito tempo. O Capitão parecia estar se perdendo. Ele atirou para cima e nada surtiu efeito. As pessoas estavam com medo. Ele levantou a arma para a multidão que forçava a entrada e sem piscar ele disparou. Por um milésimo de segundo as pessoas se aquietaram e logo entraram em euforia novamente. Eles sentiam outro tipo de pavor. As barricadas já não faziam muito efeito, os guardas não tinham mais forças para impedir a multidão, algumas de muitas pessoas conseguiram passar por eles e desaparecerem pela entrada principal da delegacia. Alguns guardar desapareceram de baixo de outras pessoas, outros saíram da frente para dar entrada a elas."
     "Mais um tiro. Dessa vez quem caiu foi o capitão, com a cabeça aberta por uma bala."
     "– Esse é o mundo em que estamos vivendo agora, ou somos mortos por essa doença ou por outros seres humanos que não aguentam a pressão em que o mundo mergulhou."

     A jornalista disse com um rosto em desespero e assustada antes que o canal saísse do ar.
     – E agora? – perguntou Carla. – Eles estão tratando isso como doença? O que faremos?
     – Eu não sei. Mas será que devemos ir para a delegacia tentar nos salvar?
     Beatriz não parecia assustada com a dúvida que tinha. Mas eu já não sabia o que deveria fazer.
     Como não bastasse, ser morto por essas criaturas podemos ser mortos por policiais.
     *Você é mais capaz do que parece, Jim. Só tem medo de perceber que você já aprendeu o que você quis desde o começo: coragem", Jim sussurrou em minha cabeça e eu entendi. Ele tinha razão. Não quero admitir.
     – Devemos, Beatriz. Já vivemos com o risco de morrer, devemos explorar cada opção de poder nos salvar. E eu ainda preciso encontrar minha irmã. – disse Felipe levantando-se do sofá. Ele deu um beijo em Carla e sorriu.
     – Não quero ser morto por um policial maluco que não sabe se controlar antes de encontrar minhas respostas. – eu respondi, contando que ninguém fosse concordar comigo.
     – Precisamos arriscar, Jim. Não podemos nos manter por nós mesmo por muito tempo, a não ser que encontremos um lugar seguro e que fique longe dessas criaturas nos encontrarem.
     – Beatriz me ajuda a preparar o almoço. Venha. – disse Carla de repente.
     Ambas se levantaram e sumiram da pequena sala.
     – Qual será o plano então? – perguntei.
     – Depois de amanhã partiremos. Há uma delegacia aqui perto. Se não me engano vamos ter que andar por mais ou menos três horas.
     Comemorei silenciosamente por sairmos daqui depois do meu aniversário. Talvez eu esteja ansioso por fazer dezessete anos, mas nada me deixará mais contente do que passar esse dia em paz, sem ter que fugir dessas criaturas.

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