PARTE II - EM SEGURANÇA E EM PAZ - part.1 [ATUALIZADO]

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""_Lembram quando eu havia dito que eu ouvira uma voz vibrar em meu coração quando eu ouvira os urros de Julie pela primeira vez? Novamente eu sentira meu coração ecoar e daquela vez eu ouvi com todo o meu corpo aquela voz, "Ainda sinto o cheiro do seu sangue, quente, não serei a única que perseguirá sua vida! Mas serei a única que tomarei ela para mim. Você deve morrer!".
_Infelizmente ainda não descobri o porquê. Não se perguntem. Eu nem tenho respostas para isso.
_Mas sei do desejo de sangue que ela tem. O desejo pelo meu sangue.Até o momento de hoje eu ainda não a encontrei e espero que ela esteja mais morta do que poderia estar.
_O jeito foi andar por aquele lado sem conhecer muito do local.
_A primeira parada, foi em um supermercado já abandonado que encontrei. Eu precisava conseguir algumas coisas, mas eu tinha certeza de que naquele local haveria criaturas e tudo que eu não precisava no momento era de mais criaturas atrás de mim. Eu até poderia entrar fácil, mas sair seria outra história. Eu tinha que decidir: me arriscar ou não. E daquela vez eu escolhi não me arriscar.
_Pelas calçadas havia sangue seco e bastante destruição. Alguns carros estavam jogados contra muros e outros carros, de uns ainda saía fumaça. Deixarei de fora os corpos mortos, definitivamente mortos espalhados por alguns cantos. Sorte a deles que não sofreram como essas criaturas.
_Eu preciso aprender a ter coragem. Eu preciso aprender a continuar forte. Consigo ignorar alguns corpos mortos por qual já passei, mas é impossível ignorar o cheiro de sangue que está no ar. A morte sobrevoa o céu como se fosse o próprio sol. Essa é a pior sensação.
_Eu seguira o caminho por uma rua estreita e sem entradas laterais. Um erro. Mas quando percebi já era tarde, porque 3 criaturas magrelas se jogaram contra mim. De onde elas vieram, eu não sei. Mas fugir foi fácil. Pela primeira vez eu conseguira fugir rápido. Minha única perda foi a mochila que já deveria ter trocado. Aquela alça rasgada não me ajudava muito. E foi o meu maior azar, perdi tudo que tinha.
_Depois de ter corrido sem olhar para trás e sem saber para aonde eu estava indo, acabei me encontrando em frente a uma estação de trem.
_Eu já fugi e sobrevivi mais do que eu achara que seria capaz.
_Depois de ter atravessado para o outro lado daquela estação, meu próximo passo fora encontrar um lugar para descansar. Encontrei um pequeno barraco de madeira e pedras que me deram um bom descanso por uma noite inteira. Mas o cheiro de sangue que havia ao redor era forte, mas que por graças, havia sido levado com a chuva que caíra. Sim, foi a primeira vez que choveu desde o primeiro dia que eu saíra de casa. E eu torci muito para que o meu cheiro tenha sido levado também de todos os lugares por qual havia passado.""


""_2 dias depois da chuva, eu novamente tive que correr por ter ouvido criaturas se aproximando.
_Havia uma praça grande e um hospital ao lado. Eu poderia ter entrado ali e encontrado remédios e o que mais fosse preciso. Mas novamente seria arriscado demais. Em frente ao hospital havia um carro de polícia parado, abandonado. Eu precisava de segurança, então bisbilhotando encontrei um revólver recarregado e o peguei. Nem sei como se usa isso, mas me passou segurança quando o segurei. Não imaginava que era tão pesado.""


     Não que hoje em dia eu saiba usar uma arma, porque eu ainda não sei. Mas também a perdi fugindo de alguma criatura e eu nem a usei.


""_No caminho para um novo lugar, eu encontrara uma pequena loja saqueada. Não havia perigo ali. Não havia som. Não havia nenhum odor diferente. Uma mochila verde foi a primeira coisa que eu peguei, cadernos, canetas, um saco de pão de forma vencido, alguns pacotes de biscoito e duas garrafas quentes de água que foi o que consegui colocar dentro da mochila. No cinto da bermuda, por precaução, eu prendi 2 facas pontiagudas e um isqueiro no bolso.
_Eu precisava de um banho, não fazia ideia quando fora a última vez que tomara um. Aquele cheiro de suor e sangue estavam encrustados na minha pele. Minha roupa toda fedia e com a chuva não ajudara em nada.
_No meio de uma fuga, eu encontrara uma casa abandonada que veio a na melhor hora. Ali eu pude descansar e comer um pouco em paz. O péssimo era que não havia água e nem eletricidade ali. A única coisa útil que encontrara fora um taco de beisebol. Que foi de muita ajuda, me salvou 2 vezes antes de quebrar ao meio.
_Eu sou um garoto normal com pouca coragem. Mas eu notara que depois da morte de Clarice, eu me tornara um garoto que nunca imaginaria ser. Mas eu ainda tenho medo e provavelmente sempre terei. Coragem é algo que eu desejo ter até o dado momento que escrevo essa carta.
_Mas eu percebi que se eu tivesse coragem, é bem provável que eu já estivesse morto.
_Ainda estou vivo para encontrar respostar ou me tornar o homem corajoso que desejo ser?
_Estou começando a duvidar de minhas próprias escolhas.
_Acredito que já são umas nove horas da noite. O tempo parece estar passando rápido só porque estou seguro. Chega até ser engraçado de como o mundo é contraditório.""

Sangue MortoOnde histórias criam vida. Descubra agora