31 - Almost Violation

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Almost Violation

Tentei passar por ele, mas embati contra o seu corpo, pois ele bloqueou o meu caminho.

A sua mão raspou na minha, o que me fez levantar a cabeça, pousando o meu olhar no seu, avermelhado. Entrelaçámos dois dedos, o seu polegar e o meu indicador, e de corpos juntos, arrepiou-me ter os seus lábios tão próximos dos meus. O seu olhar tão próximo do meu...
Após segundos, baixei a cabeça, recuando.

Não podia ceder.. Não, até ele merecer. E sabia que isso era a única hipótese, de eu destacar-me de todas as outras. De eu poder ter alguma hipótese de fazer check a toda aquela papelada que permanecia dentro da cave.

- Afinal, sempre consegues tudo aquilo que queres... - O meu olhar cruzou de raspão com o seu.

Encarei-o, este já de maxilar cerrado.

- O que é que eu quero, Kelsey? - Lambeu os lábios.

Ele tentou aproximar-se, mas recuei uma vez mais.

- Não vale a pena Jason, a sério.

Antes que me afastasse, ele puxou, ligeiramente, o meu braço.

- Foda-se, não te percebo.

Larguei-me dele, afastando-me. Voltei para perto da Vanessa, e bebi aquela bebida de uma vez.

Queria me libertar, e isso resultou num misto de bebidas.. Começava a sentir-me um pouco longe da realidade, talvez, novamente bêbada. Dançava imenso, isto que parou, assim que senti umas mãos firmes, na minha cintura.
  Num relance, os meus lábios estavam colados ao rapaz. Tentei afastar-me, mas o mesmo fazia pressão na minhas costas.

- Larga-me, foda-se. - Remexi-me, mostrando-me chateada.

Não o conhecia de lado nenhum, e nunca o tinha vista. O mesmo mostrava-se bastante bêbedo, possessivo, pois era bastante persistente comigo, a sua mão agarrou a minha cara com alguma força.

- Não sejas tão agressiva, até parece que não gostas..

Sussurrou no meu ouvido, e deu-me um beijo no pescoço, este que recuei, mas as suas mãos nas minhas costas, tornavam-se impossível de impedir contacto com ele.

- Não me voltas a tocar. - Dei-lhe uma pequena cotovelada.

Consegui afastar-me alguns passos, apesar de ser difícil, pois o espaço estava muito cheio.
Vanessa, já não se encontrava ao pé de mim, e ao olhar para trás, percebi que o rapaz ainda me perseguia com um sorriso perverso no rosto.

Senti a sua mão a pressionar com brutalidade o meu pulso.

- Vens comigo giraça.

Puxou-me com força.
Tentava-me largar, mas era nulo. Ele tinha o dobro da força, e os seus músculos eram enormes, a sua estrutura então.. Talvez pelos os esteróides que tomava.

- Larga-me, caralho! - Falei alto, empurrando-o.

Dei por mim, e já estava no exterior, no beco escuro, perto da discoteca.
As minhas costas bateram com alguma força na parede de ciumento atrás de mim, e o seu corpo pressionava-se contra mim. Ele cheirava-me, beijava-me o corpo, isto com alguma dificuldade, pois eu remexia-me imenso e lutava contra ele.

- Não vais ter sucesso. - Falou.

Dito isto, consegui que ele se afastasse de mim com muita luta e alguns outros truques.

- Fica quieta, caralho! Deixa de ser cabra.

Pressionou-me mais contra a parede mas desta vez com intenção de me magoar.
Senti a sua mão na minha coxa, a subir pelo meu vestido, o que me fez empurrar a sua mão, esta que logo foi agarrada com força.

- Pára! - Tentei largar-me dele, mas era nulo. - Que nojo!

O pânico começava a assentar, e as forças diminuíam, por tanto lutar contra a sua tentativa de me tocar. Sentia a força que ele fazia nos meus pulsos, para poder ter controlo, enquanto passeava as suas mãos pelas minhas pernas desnudas. Rapidamente, rasgou as minhas meias.

- Larga-me caralho! - Berrei. 

Logo a sua mão foi contra minha cara.

- Cala a boca. - Endireitou-me, e logo senti a sua mão perto da sua intimidade.

Consegui acertar na sua virilha, com o joelho, afastando-o de mim. Contorceu-se á minha frente, e logo tentei correr dali, o que foi nulo, pois os meus cabelos soltos e compridos, foram puxados.

- Sua puta de merda! - Bateu com as minhas costas contra a parede. - Eu mato-te.

De raspão, conseguiu dar-me um murro nas minhas costelas, fazendo gemer de dor. Cada tentativa dele de me tocar, eu remexia-me rápido, para que não conseguisse ter-me nas suas mãos.

- Pára quieta. - O seu corpo já estava pressionado no meu.

As suas mãos mexiam pelo o meu peito, e mesmo que me remexesse, a sua estrutura era enorme. Mais uma vez, senti um ardor na minha cara, o que me fez lagrimar. Este ardor, que senti uma, e outra vez.
Bateu com o meu corpo contra a parede novamente, e um forte toque na minha barriga, o que fez com que ao tossir, e acabei por vomitar.

- Quero foder-te até vomitares ainda mais—

As suas mãos estavam no meu rabo, onde conseguia sentir os seus dedos a rasparem pela minha intimidade.

A repugnância era muita, e as minhas forças e truques esgotavam-se. Ele também já estava magoado, ensanguentado, mas mantinha-se firme e pronto para tudo, com o objetivo de ter-se dentro de mim.

- Eu não quero foda-se—

Tirei as suas mãos com força.

  Eu sabia defender-me mas, já não tinha forças para tal, nem o cérebro conseguia processar nada naquele momento.

Isto vais-me mesmo acontecer?

Ao tentar resistir, uma e outra chapada foi dada pela minha cara. A minha respiração era ofegante, e fui novamente endireitada por si.
  Ele voltou a pôr-se diante de mim, e eu não tinha forças para o impedir mais.. Apenas deixei-me ficar imóvel. Os meus soluços eram fracos, as minhas pernas tremiam devido ao frio, e ás pancadas que levaram.

Começara a sentir e aceitar, o que estava prestes a acontecer-me. Um completo nojo. Um pano branco foi colocado na boca do homem, com um cheiro forte, e em segundos o seu corpo caiu no chão, inconsciente.

  Assim que deixei de sentir aquela pressão, abaixei-me e vomitei, apesar de já não sair nada. Umas mãos envolveram-se no meu corpo, agarrando o meu corpo fraco e magoado do chão.
Levantei o olhar, reconheci aquele maxilar cerrado e os olhos cor de mel, mas não tinha a certeza se era imaginação ou realidade, e apaguei.

Secret Agent // jelena.Onde histórias criam vida. Descubra agora