"Ela com 20 anos, os pais nunca participaram na vida dela. Deixaram-lhe sozinha. Tinha um irmão mais velho, mas este também a deixou. Neste momento ela encontra-se em Las Vegas, num apartamento sozinha. Katherine Johnson, vive bem. Vive do seu traba...
Mais uma vez, Kelsey, tinha-me apanhado desprevenido. Mostrava-se aberta a responder a todas as minhas perguntas, e melhor, pessoalmente. Eu era bom observador e ajudava-me a tirar melhor conclusões, do que se me respondesse por mensagem.
Mesmo já um pouco impaciente, e agitado, por respostas, tinha em mente que, com ela, eu teria de ir mais devagar, se quisesse sacar alguma coisa.
E se eu tivesse a fazer um grande filme, onde fosse tudo uma coincidência? E se eu tivesse a perder o meu tempo?
Também duvidava muito de mim mesmo, e até das minhas desconfianças, pois ela parecia tão ingénua, sensível demais, e ao mesmo tempo, tão sensual e atraente. Havia um ar diferente em si.. Talvez, por ela ser de fora..
Ao aproximar-me dos portões, os mesmos abriram-se, permitindo a visão do que tanto tinha curiosidade. Um meio longo, driveaway, acompanhado por linhas LEDS, no chão, iluminando o caminho. No fim daquele caminho, uma enorme mansão moderna recheado de luzes, e vidro.
A miúda é mesmo mais que milionária!
Pensei, chocado com a estrutura e luxúria daquela casa.
A porta enorme de entrada, que parecia, madeira, estava meia aberta, expondo um pouco do espaço enorme e luxúria da mesma.
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Os detalhes que Caitlin e Vanessa tinham dado, não fazia justiça ao que via.
- Vieste mesmo de uma boa família hun... - Falei assim que reconhecia-a encostada ao móvel de entrada, observando-me.
Ela deu uma gargalhada leve e curta.
- Achas que eles são responsáveis por isto? É assim tão difícil de acreditar que uma mulher consegue desenrascar-se sozinha?
Arqueei ligeiramente a sobrancelha.
- Como queiras.. - Encolhi ligeiramente os ombros, cerrando o maxilar.
Rapidamente virou-me as costas, e entrou noutra divisão. Ao segui-la lentamente, percebi que era a cozinha. A morena estava de costas para mim, e o meu olhar rapidamente foi até ao seu rabo sobressaído naquelas calças meio largas.
Pousei a minha mochila, perto do wall de entrada.
- O que é que estás a fazer?
- Pipocas. Não gostas?
- Gosto.
Ela retirou uma cerveja do refrigerador e entregou-me. Surpreendentemente, retirou uma outra cerveja, abriu-a e deu um longo golo na mesma.
- Gostas de cerveja? - Perguntei surpreendido.
- Hmhm. - Assentiu, engolindo o líquido que tinha na boca. - Em Londres as cervejas começam cedo, cedo demais.. E sempre é muito mais barato. Por isso— Se não gostares, acabas por aprender a gostar.
O som alto daquela panela interrompeu a conversa. Ela colocou as pipocas dentro de uma taça branca de plástico, e encarou-me.
- Vamos.. Estou pronta para responder ás tuas perguntas, mas principalmente— - Seguia-a até á sala. - Manifestar o quão odiei teres-me chamado ingénua. McCann.
Ela encarou-se assim que se sentou, com julgamentos no seu olhar.
- Não afirmei nada.. Fiz uma pergunta. - Sentei-me, e lambi os lábios. - Por isso, vais-me responder ás perguntas?
Kelsey sentia que eu estava tenso, curioso e desconfiado, mas não senti qualquer nervosismo da sua parte. Talvez timidez, apenas...
- Vou. - Ela engoliu a seco, e voltou a dar um golo na cerveja.