21 - She Knows Too Fucking Much

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She Knows Too Fucking Much

- Shh.. Calminho, Jason. - Enrolou um pedaço de cabelo no seu dedos. - Um simples telefonema e puff— Tenho a certeza que a polícia está mortinha por saber quem matou os putos na marina.

Agarrava a borda da bancada, com mais força, controlando ali a minha vontade de rasgar a sua vontade com as minhas próprias mãos.

- Quem é o responsável pelo o tráfico na marina. Quem é o incrível e fantasma, líder dos Bloods. E— Parece que hoje estão alguns membros importantes cá, esta noite. Portanto— Eu tenho muito contra ti, McCann. Não tentes enganar-me.

Sentia o meu coração com batimentos rápidos, adrenalina aumentava e mesmo que o meu olhar mostrava-se indiferença, o meu interior berrava para que fizesse engolir as suas palavras contra mim.

- Não tens mais nada para dizer? - Perguntei, após lamber os lábios.

- Preferes que vá falar com o JackVille? Tenho a certeza que ele ficaria mais que agradecido com as informações que tenho sobre os Bloods...

Só via vermelho. O meu interior gritava por vingança.

- Joanna, sabes que tenho pouca tolerância para ameaças. Não sabes? - Agarrei no seu braço com alguma força, aproximando-a de mim.

Por ter consciência que Kelsey ainda se mantinha no exterior, e se a minha intuição tivesse correta, ela provavelmente estaria a olhar na nossa direção, logo, tinha de ser cauteloso ás minhas reações. A minha expressão mostrava pura tesão. O meu interior, sentia pura repugnância pela rapariga que se mantinha perto dos meus lábios.

- Não são ameaças, amor. - Ela passou a ponta dos seus dedos pelo meu tronco. - São avisos— Só quero que entendes que preciso de ti. Eu quero-te.

- Bastava dizeres isso.

Num golpe, encostei-a á parede, provocando-a, mesmo sabendo que não lhe iria tocar como ela queria.

- Estás com fome, McCann?

- Mais ou menos.

- Então podemos ir comer— Ao teu quarto? - Passou a língua pelos seus lábios lentamente.

Nojo. O álcool era a única coisa que me fazia tocar-te Joanna. Pobre Joanna.. Mais uma cadela.

- Querem que te chamem de puta? - Recuei, cerrando ligeiramente os olhos na sua direção. - O pessoal está todo no jardim. Todos te viram a entrar.

- Tudo bem.. - Aproximou-se, sensualmente e lentamente de mim. - Então.. Esta noite ás onze, em ponto. Na minha casa.

Passou a sua mão pela minha intimidade.
Num ápice, virei-me de costas para mim e a sua frontal contra a parede, e dei-lhe uma chapada marcante no rabo. Ela arfou e arrebitou o seu rabo até mim novamente.

- Espera-me nua— Sem merda das tuas fantasias.

Virei-a novamente para mim, percebendo que estava de olhos fechados. Recuei, observando a sua figura patética.

- E é melhor fazeres o que te digo. - Ela respondeu, abrindo os olhos, recheada de desejo no seu olhar.

- Tenho assuntos para tratar, Joanna. Quanto mais rápido me despachar, mais rápido estarei na tua casa.

Mais rápido tens uma bala nessa tua cabeça, Joanna.

Indiquei com a cabeça para a saída.
Mesmo contrariada, e ansiosa para a noite que idealizava na sua cabeça, saiu contente, por aqueles portões.

Saí das sombras, da parte frontal da casa, e fiz um ligeiro sinal com a cabeça a Ryan. Este, que já tinha o seu olhar pousado em mim.

- E então? - Perguntou baixo.

Balancei a cabeça, negando.

- Estou esgotado. Ela sabe demasiado. - Cerrei o maxilar acendendo o cigarro entre os meus lábios. - E— Para mais, está obcecada por mim.

- Que problema. - Ryan ironizou.

Arqueei a sobrancelha, fixando-o.

- Torna-se um problema quando ela me ameaça em denunciar-nos á polícia. Ao JackVille. Diz que quer a minha atenção.

- Puta de merda. - Ryan rosnou, desviando o olhar.

- De hoje, não passa. Ela quer-me na casa dela ás onze, em ponto. - Soltei levemente o fumo. - Pois então, lá estarei.

Pelo meu olhar e expressão, ele sabia que isso significa morte. Morte para Joanna.

- Mas— Depois falamos melhor. Vamos acabar com o jantar, primeiro.

Fomos para o jardim, encontrando um ambiente divertido com gargalhadas. Sentei-me, forçosamente, pois havia algum nervosismo e vontade procurar pela morena, que já não se encontrava naquele jardim. Caralho! Será que ela ouviu alguma coisa? Será que ela ouviu tudo?

Os meus pensamentos, obrigaram-me a reclamar uns golos de cervejas. Estes que, passaram ao reconhecer as três raparigas que se aproximavam da mesa. Como estava acompanhada por Caitlin e Vanessa, suspirei de alívio.

Tinha a certeza que ela não tinha ouvido nada, pois mesmo que Kelsey fossem amiga de ambas as raparigas, elas pertenciam aos Bloods. Logo, não iriam permitir que Kelsey se aproximasse de mim e da Joanna. Vanessa e Caitlin, conheciam bem a peça que Joanna era e o quão ela sabia sobre o gang. Sobre mim.
A rapariga tinha sido a minha foda algumas vezes, dando-lhe visão de coisas que não deveria ver, e ouvir coisas que não deveria ouvir.

- Onde foram? - Perguntei ás raparigas, com a garrafa nos meus lábios, e dei um logo.

- Fazer coisas de raparigas— Queres detalhes?

Vanessa perguntou, fingindo-se pronta para dramatizar e fofocar, como se eu fosse uma outra das suas amigas.
Revirei os olhos e balancei a cabeça, negando.

O meu olhar escapou até á morena, esta que conversava entre sorrisos com Chris, enquanto se sentava.


O alto e bom ambiente, voltou a instalar-se naquela mesa. Havia conversas, gargalhadas, por vezes um ou outro pedaço de pão, a voar. Nisto, eu mantinha-me mais concentrado em comer.. Estava esfomeado.

Limpava as mãos no guardanapo, e não podia sacudir a sensação que estava a ser observado. Dei um golo na minha cerveja, passeando o olhar por aquela mesa, encontrando Kelsey de olhar pousado em mim. Carregava um ligeiro sorriso de lábios, enquanto me observava.

Esta está no papo. E nem precisei de fazer muito.

Assim que se apercebeu que cruzava o meu olhar com o seu, baixou a cabeça escondendo o sorriso aberto que se rasgava pelos seus lábios.

Não podia negar que ela era qualquer coisa. Não era feia, de todo. Havia algo cativante no seu sorriso, no seu olhar...

Secret Agent // jelena.Onde histórias criam vida. Descubra agora