"Fuga dos Bloods"

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Apanhei a tenda, que estava por baixo da minha cama. Mais 3 cobertores quentes, grandes. Almofadas, lanterna e uma muda de roupa para amanhã.
Desci as escadas com as coisas, e ficaram todos a olhar para nós. Fiz um olhar de poucos amigos, e ninguém disse uma palavra.

Despedimos-nos, e fomos para o carro.

Ia levar a Kelsey, ao sítio que eu chamava, "A Fuga dos Bloods". Antes, quando tinha mais tempos, era onde ia passar uma noite, a refletir. É um sítio desconhecido, descobri-o quando corria, em procura de uma localização dos Crips, e deparei me com esse sítio. Tens um mato enorme, areia, e depois uma grande cascata, que é iluminada   pela luminosidade que a lua reflete na água.

Eu tinha um sentimento, que podia confiar nela.

Kelsey - Ainda demora muito? - disse com a cabeça encostada ao vidro.

- Está quase. - bocejou.

Passado uns vinte minutos, tínhamos chegado, e eu pus o carro entre as árvores perto de nós. Olhei para a Kelsey, e ela estava a dormir, decidi não acordar-lhe e montar as cenas sozinho. A minha tenda era daquelas, que se jogava e aquilo montava sozinho.

Tirei os meus cobertores, e os da Kelsey, a fiz uma cama dentro da tenda. Confortável e quente. 4 cobertores em baixo, e 2 para nós taparmos. Mas também não estava muito frio. Coloquei as almofadas, e estava pronta a tenda.

- Kelsey. - toquei com o meu polegar na sua bochecha. - Já chegamos.

Ela olhou para mim, com os olhos meio fechados, e sorriu.

Kelsey - Desculpa, acabei por me deixar dormir, aposto que foi uma seca, vir em silêncio no carro.

- Não, o teu ressonar, estava me a fazer companhia.

Kelsey - Eu não ressono. - rimos. - Só vou me vestir, tirar a maquilhagem, e vou já ter contigo. - assentir e fui para a tenda.

Vesti umas calças largas, ficando de tronco nu.

Sai da tenda, para verificar da Kelsey, e ela estava fixa na grande cascata.

Kelsey - É linda.

- Eu sei.

Ficamos uns minutos a olhar para a grande cascata, em silêncio.
Agarrei-lhe na mão, e puxei-lhe até a tenda.

Deitamos-nos, de frente um para o outro. Senti a sua mão na minha bochecha, acariciando-a.

Kelsey - Porque é que tu és tão querido num momento e atencioso, e noutro, bruto e um insensível? - sussurrou.

- Sou o Jason Mccan. Sou assim.

Kelsey - Pois és. - aproximou-se de mim. - E és teimoso, mandão, tem tudo de ser á tua maneira. - senti a sua respiração a bater contra a minha cara. - Mas também consegues ser querido, simpático e atencioso, comigo.

Senti a sua respiração bastante próxima da minha, e estava a ser difícil controlar-me, para não a beijar.

Secret Agent // jelena.Onde histórias criam vida. Descubra agora