40 - Sleeping By My Side

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Sleeping By My Side

Engoli a seco, e por algum motivo, realmente não queria vê-la a sair daquele quarto. Inconscientemente, e mesmo sem mostrar na minha face, houve um ligeiro conforto... Por segundos, houve esse sentimento, ao aperceber-me que aquele corpo moreno, com uma manta, onde sobressaía as suas curvas, dormia no meu tapete... Que miúda faz isso?

- Kelsey, anda cá.

O meu tom soou baixo, e sem querer, um pouco autoritário.
Ao contrário do que pensei, ela obedeceu, mesmo contrariada. Mordeu ligeiramente o interior da bochecha, cruzando o seu olhar avermelhado com o meu.

- A cama é grande. Não cabes aqui?

Arqueou a sobrancelha, cerrando os olhos na minha direção. Sabia no que ela pensava...

- Não tenho forças para isso. - Cerrei o maxilar, desviando o olhar.

- Uhm— Forças para quê?

Cruzou os braços.

- Kelsey, eu não te vou tocar. Só estou a tentar pôr-te confortável. - Esclareci num tom rude, cerrando ligeiramente o maxilar. - A cama é grande o suficiente para haver espaço para os dois. Até para não nos tocarmos.. se não quiseres.

Lambi os lábios, mostrando-lhe um pequeno sorriso no canto dos meus lábios, talvez um pouco perverso.

- Jason— - Ela mostrava-se pensativa quanto ao meu convite.

Sentou-se na cama, remexendo no cabelo.

- E se eu me mexer e magoar-te?

- Não te preocupes. Eu empurro-te da cama, antes disso acontecer. - Lambi os lábios, olhando-o nos olhos.

- Sem toques, Jason McCann.

Assenti lentamente, deixando-a entrar por dentro daqueles lençóis.

Se fosse noutra ocasião, provavelmente não faria tal convite sem a intenção de outras coisas. Não podia resistir. Apesar de uma personalidade insuportável, Kelsey tinha um corpo até normal, mas— As suas curvas? O seu rabo? A sua beleza natural no seu rosto, mesmo sem qualquer rasto de maquilhagem? Uff, foda-se, dava-me tesão! A beleza da sua naturalidade e simplicidade era.. impossível de não notar e ficar indiferente quando parecia tão.. raro...

- Quando te tocar, será a teu pedido. E tu vais pedir.. Kelsey. - O meu tom saiu intenso, e não pude controlar.

Ela engoliu ligeiramente a seco, balançando a cabeça. Esperava algum tipo resposta, esta que não obtive. Apenas um suspiro e um balanço de cabeça.

- És sempre tão convencido? - Ela virou-se para mim, já coberta pelos cobertores.

Sentia a sua presença tão perto, que tornava-se mais difícil do que pensava, em não tocar-lhe— Em não provocar algo em si. Que merda!
Felizmente, estava de barriga para cima, e devido aos meus pensamentos perversos, desviei o olhar, por segundos, cerrando o maxilar.

- Não convencido o suficiente, para assumir que me vais tocar durante a noite. "Sem toques". Não foi o que disseste?

Ela deu uma ligeira risada, cobrindo a cara por segundos.

- Quem é aqui o convencido, Thompson?

- Ugh. Dorme, por favor.. - Respondeu com uma pequena risada, fechando os olhos.

Cerrei os olhos na sua direção, pois aquela curta doce risada, estranhamente mexia um pouco comigo. E ela estava a fazê-lo demasiado, naquela cama. E isso confundia-me. Que merda Jason?

Secret Agent // jelena.Onde histórias criam vida. Descubra agora