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Capítulo 15

Um mês depois.

Claire.

EU tinha Grey me seguindo para todos os lados, todos os dias da semana. Ele não me deixava nunca, no início reclamei, mas acabei acostumando. Pois ele se mostrou irredutível, até o que eu comia o insistente queria saber.

- Sim. Faça. Não...  Sim, estou... Claro... Amanhã. Ótimo!

Desliguei o celular. Estava conversando com um dos meus coordenadores. Voltei a prestar atenção em Christian na sala do comando da central. Ele estava me apresentando novos dados.

- Sim, continue!

Ele tinha me chamado para mostrar os novos dados que tinha descoberto. Foi uma ótima notícia saber que muitos arquivos tinham sido recuperados, principalmente da instalação do Grey.

- Bom, esses são dados de experiências, eu não sei exatamente o que...

Olhei para aquilo que ele apresentava. Não devia ser bom de qualquer maneira.

- Organize tudo...

- Seu café!

Grey apareceu na porta segurando meu café. Ele sempre andava por aí pegando café para si mesmo, e trazia para mim, até aprendeu o jeito que eu gostava. Forte e sem açúcar. Isso era até muito gentil da sua parte.

- Obrigada!

Dei um sorriso amistoso pegando da sua mão o copo. E ele quase sorriu. Estava ficando mais amigável. Tudo bem que ainda rosnava como um inferno, me assustava as vezes, mas logo em seguida ele parava. Nunca pedia desculpas, mas eu sentia em seu olhar, que o fazia. Estava progredindo em seus modos, mais ou menos, pelo menos já usava o uniforme preto da equipe de segurança. E eu tive que admitir para mim mesma que ficou muito bom nele. Desviei os olhos dele me voltando para concentrar novamente no que meu técnico apresentava.

- Então, Claire, ainda tem dados e nomes de associados. Isso pode te servir logo.

Christian disse passando os dados para mim.

- Tudo bem. Faça um backup e envie para o meu celular tudo isso. Vou fazer a análise na minha sala!

Ele concordou e eu sair do comando, indo para o elevador, Grey veio atrás de mim silencioso como sempre. Era engraçado que um homem daquele tamanho andava por aí sem fazer qualquer ruído não proposital. Entramos na pequena caixa e apertei o botão para o último andar, o meu.

- O que é isso?

Sua pergunta não me pegou de surpresa, ele sempre perguntava tudo. Era um curioso e não se importava.

- Isso o que?

- Que ele vai passar para você.

Falou sem dificuldades e eu o olhei rapidamente testando sua reação.

- Arquivos, recuperados da sua instalação.

Falei devagar, vi seu olhar mudar, ele franziu o cenho. Então me olhou quase triste.

- Quero ver!

Engolir a sensação ruim que me tomou, não sei porque.

- Eu não acho que seja a melhor coisa. Você disse para mim que te irrita lembrar das coisas... Disse que não está pronto.

Seu suspiro saiu cansado, ele pareceu pensar um pouco, então me encanrou com alguma ideia.

- Chame o Kall. Mande ele apontar uma arma na minha cabeça.