QUASE estourei minha mão tentando quebrar aquele vidro. Rachou mais não partiu. Voltei a andar para um lado e para o outro. Não sabia quanto tempo tinha se passado parecia ter sido bastante.
O rosto dela piscava na minha cabeça, assim como as palavras que eu tinha ouvido. "Ela vai mentir", "Vão dizer que iram te ajudar", "Ela é bonita, mas é tudo fachada para enganar", "Rasgue a garganta dela".
Rugir de raiva, bati contra a parede. Maltido aço, ficou marcado pelas minhas mãos. Ouvir a porta se abrindo, aquele maldito entrou.
- Se não se acalmar vai se machucar!
Ele parou em frente ao vidro e ficou me encarando.
- Cadê ela?
Corri e comecei a bater contra a barreira, queria pegar ele. Matar.
- Porque que matar a Claire?
- Cadê ela?
Soquei a parede de novo.
- Responda a pergunta!
Ele rosnou para mim, não era como o som que eu expressava. Deixei meus dentes saírem e mostrei para ele rugindo. Pareci ter conseguido mostrar que eu era mais forte, mas então o vi abrir a porta de vidro. Sorrir, então sair. O encarei, então vi ele mostrar seus dentes afiados também.
- Sou como você estúpido!
Ele gritou rosnando. Eu não entendia como conseguiu fazer aquilo, mas não podia ser. Eu era o único assim, me disseram isso. Avancei nele.
Ataquei sua cintura, ele socou minha costa com murros. A dor foi latente, mas não o joguei contra a parede de aço. Ele soltou um som de dor, eu comecei a socar com força.
Ele revidou de volta, com socos muito fortes na costa, resistir batendo nele. Ouvir seus costelas quebrarem, então senti os dentes dele afundarem no meu pescoço.
Tentei me afastar, mas seus dentes cravaram fundo. Tentei quebrar sua perna com um golpe, mas ele me acertou primeiro com uma seringa. Então soltou minha garganta, cair no chão sentindo o líquido da seringa se espalhar no meu corpo.
Tirei a seringa do meu corpo, e o olhei rindo. Ele limpava o sangue da sua boca. Segurei o machucado da minha garganta.
- Preciso dessas drogas para lutar comigo?
Rir da sua cara com deboche.
- Não apenas para te deixar quieto, e fazer escutar...
Ele se aproximou e apertou colocou a mão sobre o ferimento na garganta, fazendo pressão. Tentei empurrar minha suas mãos, mas eu já ficava paralisado.
- Eu sou como você, fui criado no ECP, olhe... - Ele mostrou seus dentes. - Você tem características diferentes, mas na essência somos da mesma espécie. Isso que apliquei no seu corpo foi testado em mim e só por isso tem efeito em você... Pare de lutar e me deixe te ajudar, assim como Claire!
Rugir em cima dele, mas já estava quase todo paralisado. Eu via que ele era muito parecido comigo, mas não entendia porque defendia aquela mulher maldita.
- Vou matar todos vocês... Ia começar por você, mas desisti. Ela é a primeira.
Ele socou minha cara. O ódio subiu por mim, queria poder arrancar sua cabeça.- Estúpido. Está vendo isso? - Ele mostrando sua mão. - Já que parece tanto conhecer e falar como um humano...
- Não sou como eles.
- Eu também não, mas sabe o que significa esse anel no meu dedo?
Rugir. Eu sabia que significava compromisso. Os humanos tolos usavam como coleiras. E então me dei conta de que ele estava defendendo a tal Claire, seu nome era bonito como ela... Porra. Ela era dele. Era isso.
- Sua coleira... Ela é sua? É por isso que está aqui defendendo ela?
- Não! Ela não tem dono... Mas me ajudou, me protegeu, e protegeu a fêmea com quem casei. Se hoje estou vivo devo a ela, se tenho a minha mulher e em breve meu filho, é por causa da Claire... Ela. Não. É. Inimiga. Mentiram para você...
Eu estava com raiva, queria bater em algo. Sentia a confusão se abater na minha cabeça. Queria socar tudo que podia, gritar, até me machucar.
- Me disseram que vocês iam falar isso!
- Disseram que ia me encontrar? Alguém com características muito parecidas com a sua? Que eu lutava por Claire? Que ela dava proteção para mim?
Rugir totalmente confuso, ele fez o mesmo em cima de mim.
- Matar!
- Não vai matar ninguém. Não vou permitir. Juro que quero te manter vivo e ajudar a ser livre...
- A liberdade é uma mentira criada para te manter iludido!
Eu nunca pude ter. Todos mentiam sobre ela. Alguém como eu nunca ia ser livre.
- Não mais aqui! Graças a Claire todos que foram usados no ECP vão ser libertos...
- Mentira!
Gritei tentando me mexer, mas a injeção tinha feito seu efeito, estava paralisado.
- Você vai dormir agora, estou escutando seu coração, alguém vai cuidar dos seus ferimentos.... Quando acordar e quiser saber a verdade, saber quem mentiu. Me chame!
Não tinha mais forças nem para ofender aquele cara. Mas então meus olhos começaram a pesar e eu apaguei.
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RomanceSinopse: SEGUNDO LIVRO DA SÉRIE DNA Após a criação da ECP a vida de Grey nunca mais foi a mesma. Aos 10 anos foi entregue, voluntariamente, pelos seus pais ao programa. Depois disso seu inferno particular começou. Com o passar dos anos ele perdeu to...