Capítulo 22

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Grey

- Qual a urgência?

Kall entrou na minha sala e eu parei de andar.

- Como eu dou prazer para Claire sem penetrar e machucar ela?

Ele engasgou a minha frente e então rio. Eu rosnei. Era por isso que não queria perguntar. Mais ele era o único que eu podia perguntar aquilo. Além do mais ele era parecido comigo e tinha uma esposa tão pequena quanto a minha Claire. Sim, ela era minha, no momento em que botei minhas mãos nela tinha decidido que a tornaria inteiramente minha.

- Grey, desculpe, eu só não esperava um pergunta assim.

Rosnei novamente.

- Me diga!

Ele ficou sério de repente.

- Escute, se pensar em usar isso para forçá-la, eu vou chutar sua bunda...

Rosnei mais alto ainda.

- Eu NUNCA faria isso e mato qualquer um que tentar fazer... Ninguém pode tocar nela sem que eu mate. Claire é minha!

Kall piscou novamente e então sacudiu a cabeça meio incrédulo.

- Você já tocou nela intimamente não é?

Eu franzi o rosto mais concordei.

- Sim... Ela deixou.

Ele sorriu.

- Eu vejo... Posso reconhecer seus sintomas, fiquei doente de paixão desde o primeiro toque da minha Sky... Com você não parece ser diferente, mas tem que tomar cuidado.

Mais uma vez franzi meu rosto. Eu não entendi aquele última parte que ele dizia para eu ter cuidado. Por quê?

- Cuidado?

Ele assentiu.

- Sim, você não pode sair por aí afirmando posse sem saber o que Claire pensa... Ele é uma mulher conhecida por ser dona de si mesma, como minha Sky diz.

Meu coração se afundou um pouco.

- Está dizendo que ela não vai gostar de ser minha como gostou dos meus toques?

- Não. Estou dizendo que precisava conversar e ser sincero com ela quanto aos seus sentimentos... Deve pedir para ela ser sua, não apenas tomar como.

Acho que eu conseguia entender onde Kall queria chegar. Isso era para não ofender a fêmea. E eu com certeza não poderia ofender Claire. Ela era importante para mim. Muito. Mais do que um dia eu achei que eu pudesse me importar.

- Como eu faço ela aceitar?

- Bom, a primeiro passo você já deu, que é ela gostar do seu toque.

- E o próximo?

Kall sorriu.

- Mostrar que é um bom macho, não só na cama, quanto fora dela.

- Devo ser gentil e cuidar das suas necessidades?

Kall assentiu e eu fiquei feliz.

- Posso fazer isso... Mas tenho dúvidas quanto a como fazer ela gostar mais ainda dos meus toques...

Eu disse preocupado. Queria ser bom. Muito bom para dar tudo que Claire precisava. Eu iria me esforçar ao máximo para conseguir dar o que ela merecia, não importava o quão duro teria de trabalhar para conseguir.

- Primeiro de tudo. A beije bastante, em todos os lugares que descobri que ela é sensível, e claro sua boca. Os humanos gostam de beijos. Com o tempo pode descobrir se ela gosta dos seus dentes afiados... Mas isso fica para depois. Segundo use sua boca também para sugar entre as pernas dela... Minha Sky gosta disso e disse que a maioria das outras mulheres também. Mas seja cuidadoso... Não use muita força.

Eu concordei. Só a ideia de fazer aquelas coisas para Claire me deixavam duro.

- Você deve sempre se certificar dela está bem molhada antes da penetrar seu corpo...

Kall continuou mais eu sacudir a cabeça freneticamente. E ele parou. Se calou.

- Não posso penetrar ela... Vou machucar.

- Porque diz isso?

- Eu sou grande. Ela é pequena, tão pequena e delicada. E eu gosto de ir rápido... Duro... Sempre que me toco... Se eu for desse jeito com ela posso até a matar... E eu prefiro morrer a causar algum dano nela.

Kall outra vez sorriu e eu quis bater nele. Aquilo era sério.

- Engraçado que até uns dias atrás você falava em matar ela.

Rosnei e fui para cima dele, mas ele recuou. Eu parei.

- Eu estava louco... Estou controlado agora e sei que ela não é meu inimigo. Ela cuidou de mim... E eu quero cuidar dela também... Quero fazer tudo para ela...

- Bom saber disso... Porquê eu digo que pode penetrar Claire... Só basta não se elevar tanto, ter o mínimo de controle, que você pode levá-la até bem forte... As humanas mulheres não são tão fracas... Só precisam estarem bem preparadas.

Eu engoli com força ao imaginar tomar o corpo da Claire. Eu estava ficando duro. Vi Kall franzi o nariz.

- Infernos... Você tá pensando na Claire não está?

Eu concordei.

- Estou... Eu só penso nela o tempo todo...

Kall tampou seu nariz.

- Droga, consigo sentir o cheiro da sua excitação por ela. Deus vá tomar um banho!

Eu gemi. Que a Claire não demorasse para vim. Eu estava perdidamente louco para tê-la de novo.

•••

Claire

Eu não conseguia pensar. Estava no meio da minha terceira reunião por teleconferência e tudo que vinha minha mente era o Grey, em cima de mim, tocando-me, beijando-me...

Meu celular vibrou no meu colo me tirando momentaneamente daqueles pensamentos aquecidos e quase pecaminosos com aquele homem. Olhei discretamente para ver uma mensagem do Loren.

"Está tudo bem? Você parece fora de linha..."

Respondi a primeira coisa que me veio a cabeça.

"Muita dor de cabeça!"

Devolvi um olhar para ele do outro lado da mesa e voltei a me concentrar no que um investidor falava sobre mercado futuro. Mas parecia impossível. Eu ainda me debatia sobre ir até o Grey. Não podia prevê cada cenário desse encontro e isso me deixava confusa.

Toda aquela situação estava me deixando assim. Nunca fui tocada daquele jeito por um homem. Nunca perdi toda a nação dos meus atos. Quando estive nos braços dele foi simplesmente excitante demais para que eu pudesse pensar. Eu queria ele de um jeito que nunca quis um homem.

Todavia eu não podia. A minha posição me impedia disso. Sim. Eu definitivamente tinha que pensar com a razão. E eu iria encontrar ele, mas para que tudo fosse esclarecido, para lhe explicar o que quer que tivéssemos compartilhado não poderia seguir em frente. Eu era a presidente do um programa no qual ele foi subjugado e sofreu sequelas graves. Um relacionamento entre mim e ele poderia se interpretado de maneira torpe, prejudicar a mim, a ele, a todo um sistema. E como líder de tudo isso eu não podia por minhas vontades acima disso.

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