Claire
Passar o dia todo evitando ficar a sós com Grey não era o ato mais sensato a se fazer nem o mais correto. Mas em todo o caso era a minha melhor que eu encontrei para lidar com o que aconteceu ou estava acontecendo. Ele me tirou do prumo. Eu não gostava disso. Fiquei confusa com seus gestos e confusão não sinônimo de controle emocional.
- Você tem que assinar aqueles documentos vindos da Industrial Stacy, pra liberação dos novos desenvolvedores tecnológicos.
Loren falou e eu escutei a última parte. O resto deduzir. Eu estava distraída. Sair para o almoço, sim eu fugir, com a desculpa de que tinha esquecido algo na minha sala nas sedes das empresas. Eu sempre me julguei corajosa. Mas definitivamente eu não queria ter que encarar o Grey.
- OK.
- O que você tem?
Loren perguntou curioso. Bufei.
- Nada.
- Não parece que não tem nada.
- Porque isso Loren? Pare de me encher, não é seu trabalho.
- Tecnicamente já faço muita coisa que não é meu trabalho, então, posso opinar sobre a sua visível inquietação e a mentira que inventou para sair do prédio do comando.
Eu olhei para ele como farpas. Sabia que Loren era intrometido. Mas ficar jogando na minha cara as minhas mentiras já era demais.
- Eu não inventei nada. Agora pode, por favor, calar a boca e procurar algo para fazer?
A porta do elevador se abriu e eu sair na frente. Escutei a risada desdenhosa dele atrás de mim. E antes que pudesse me preparar vi Grey sentando na cadeira de espera fora da minha sala. Eu tinha fugido antes dele voltar com meu café e tinha travado a sala na esperança dele desisti de me esperar e ir para sua casa. Mas pelo visto tinha me esperado até agora, depois do almoço. E tomei logo consciência de que me perguntava. Será que ele tinha comido algo?
- Pra onde você foi?
Disse ele em um rosnado baixo. Eu ajeitei minha postura escondendo meu nervosismo. Deus, ele não tinha que me fazer perguntas naquele tom. Talvez fosse a hora de deixar de ser tão conivente com as suas faltas de etiquetana na nossa relação de trabalho. Sim, logicamente, eu tinha que por tudo em ordem e então teria minha paz restaurada em questão do Grey.
- Hum. Vamos conversar na minha sala.
Destravei a porta e passei por ele, que estava visivelmente de mal humor, seu semblante era fechado. Ao entrar ele encostou a porta e passos largos veio atrás de mim.
- Onde você foi? Eu procurei você por todo esse prédio até descobrir que saiu!
Eu me sentei atrás da mesa e ele ficou do outro lado vociferando.
- Grey. Sente!
Usei meu tom formal. E ele franziu o cenho.
- Não.
Eu fechei os olhos e abrir devagar. A sua negativa me irritou.
- Grey. Eu acho que está na hora de estabelecermos limites.
Vi sua expressão de repente se afundar. Causou algo ruim em mim.
- Limites? Correntes?
Minha expressão deve ter sido esdrúxula pela cara dele. Mas eu não me importei.
- Correntes? Não! Porque diz isso?
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RomanceSinopse: SEGUNDO LIVRO DA SÉRIE DNA Após a criação da ECP a vida de Grey nunca mais foi a mesma. Aos 10 anos foi entregue, voluntariamente, pelos seus pais ao programa. Depois disso seu inferno particular começou. Com o passar dos anos ele perdeu to...