Claire
O corredor era frio. Na verdade o prédio inteiro era. Quando desci do carro andando a passos firmes para dentro do presídio nacional tudo que senti foi medo e apreensão. Loren seguia ao meu lado, assim como Johnata, meu advogado. Eu já tinha acionado toda minha equipe jurídica. Não ia permitir que Grey e Kall ficassem naquele local terrível, cheio de pessoas terríveis, que machucaram-os.
Aquele era o presídio nacional, eram onde estavam muitos dos presos, onde o maldito Ched devia estar. Não Kall, que ia ser pai, que tinha sua esposa completamente aflita. Claire se sentia mal por está fazendo Sky passar por aquele estresse todo em plena gravidez. Isso não era bom. Richard estava acompanhado ela de perto. O maior medo era que isso pudesse de algum modo acelerar a gravidez, a maneira prematura, não seria algo bom.
- Onde estão eles?
Estalei com a voz fria quando encontrei o comandante do local, que já nos esperava, seu olhar para mim foi arrogante.
- Não tem jurisdição aqui.
- Eu tenho jurisdição onde meus protegidos estiverem. Johnata, diga ao comandante quem eu sou!
O comandante fez um gesto de mão.
- Sua jurisdição acaba onde começa a minha, e eu digo que aqui dentro você não manda em nada, aqueles monstros que protegem estão em minha responsabilidade agora. Responsabilidade do Supremo governo.
O meu gênio subiu a níveis estratosféricos de ruim. Dei um passo a frente encarando o homem de meia idade.
- Como coordenadora do ECP, que está acima da porra do seu governo, eu posso ver eles. E nunca se refira a eles como monstros na minha frente. Johnata, mostre meu documento oficial, sobre as obrigações dos comandantes nacionais! Agora.
O homem me encarou como se puder me fuzilar. Eu apenas devolvi. Um inferno que eu iria deixar ele falar e tentar me manter longe do Grey. Ou insultar ao meu amigo Kall. Ele pegou o documento da mão do meu advogado olhando como se pudesse me fazer engolir o papel, quando me encarou, sabia que tinha de obedecer.
- Terminamos o campeonato de quem tem o "pênis" maior?
Loren engasgou do meu lado. Mas nesse momento estava pouco me importando se insultava um oficial. Ele quis competir comigo sobre quem tinha mais poder, e claramente era eu. O comandante me encarou com ódio.
- Seu tempo está contado. Pode vê-los. Mas não retirá-los. O documento diz que tem domínio de comunicação, não libertação!
Rolei os olhos.
- Não preciso que repita as palavras que eu editei junto da suprema corte.
Ele me deu as costas. Como se nada eu tivesse dito. Ignorei. Andamos para os corredores mais a dentro. A cada passo mais ao fundo ficava mais frio e isolado. O barulho dos meus saltos competiam apenas com meu coração. Eu estava dolorido de ver onde Grey e Kall estavam jogados. Chegamos a duas celas no final do corredor com guardas nacionais que prestaram continência ao seu superior. Olhei para uma das celas, eram de ferro, antigas, barras grossas. Lá dentro ao fundo estava Kall.
- Kall!
Chamei. Ele levantou os olhos. Andou em direção a mim de repente. As armas dos guardas se levantaram. Kall rosnou. Olhei para eles com advertência fria.
- Abaixem essas armas!
- Você não dá ordens aqui.
O comandante disse. O olhei com indignação. Mas então me voltei para o Kall.
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RomanceSinopse: SEGUNDO LIVRO DA SÉRIE DNA Após a criação da ECP a vida de Grey nunca mais foi a mesma. Aos 10 anos foi entregue, voluntariamente, pelos seus pais ao programa. Depois disso seu inferno particular começou. Com o passar dos anos ele perdeu to...