85- VOCÊ?

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Finalizamos o dia todos muito felizes.

Eu e Rafael decidimos passar uma temporada no sítio dos pais dele que fica no interior de São Paulo.

Queríamos nos afastar de todo ese clima ruim de cartas anônimas, Beatriz e aproveitariamos para descansar no verde daquele lugar.

Rafael queria fazer uma viagem mais longa, mais eu não queria andar de avião nem ir tão longe até que concordamos que o sitio seria um lugar de paz ideal para nós.

Laura também conheceria o lugar que o irmão tanto brincou. Falando em Laura nós conversamos com ela e explicamos que agora o papai moraria junto conosco.  Ela ficou toda feliz e dei muitos beijos em nós como um sinal de gratidão e alegria.

Avisamos Tati da viagem.

—Nossa ficarei abandonada. Todos indo viajar gente. Rsrs

Fátima e Leonardo já tinha saído de viagem para Fortaleza.

O sítio dos Pais de Rafael estava vazio.  Seu pai não morava lá.  O sítio ficava há três horas de carro do centro de São Paulo.

Lá era lindo. Um lugar afastado da cidade. Pelo caminho já passávamos por uma estrada cheia de árvores.

No sítio a entrada era toda florida e a casa afastada da entrada. Uma casa grande, três cômodos na parte de baixo, cozinha, sala de jantar e mais uma sala, nessa com uma escada para os quartos.

Do lado de fora, um caminho levava há um lindo jardim e mais a frente, tinha uma grande piscina e balanços para as crianças.

O lugar era encantador e trazia tantas lembranças do Theo. Sempre vínhamos aqui nas férias ou feriados.

Laura ficou encantada, corria para todos os lados e dava várias gargalhadas igual o irmão Theo.

Eles eram tão parecidos as vezes. Laura por vezes fazia as mesmas coisas que ele. 

Eu estava me sentindo finalmente Feliz. Precisava desse tempo para descansar. Aquele lugar nos trazia paz eu e Rafael, gostávamos disso e precisamos esse momento para descansar.

Havia um cuidador de tudo que foi dispensado nos dias que estaríamos lá.  Mas um vigia foi contratado, pois o espaço era grande e tínhamos medo de assalto ou qualquer outra coisa, pois havia sido ameaçados pelas cartas anônimas.

O vigia era uma segurança para nós.

Tiramos muitas e muitas fotos naquele lindo lugar.

—Estou tão feliz Rafael.
—Eu também.  Laura está encantada.
—Sinto falta do Theo. Como ele amava esse lugar, mas estou feliz de estar aqui com você. Merecíamos essas férias.

Na cidade, luíza viajou para fora do país, Bruno aceitou viajar com ela, mas antes eles tiveram um almoço  familiar de despedida.

E na terapia a mesma coisa, Luíza se despediu da psicóloga agradecendo por toda caminhada que fizeram juntas.

Luíza declarou que ia sentir muita falta de sua psicóloga e que iria procurar uma outra em sua nova cidade porque não queria ficar sem terapia.

Num abraço emocionante as duas se despedem uma da outra.

Fátima também se emociona ao se despedir da filha.

—Vá com Deus minha menina. Voa eu te amo. E sua mãe sempre estará de braços abertos se você quiser voltar.

Tatiane inicia um trabalho voluntário  na área de psicologia, inclusive indicada pela psicóloga de Luíza pois Luíza comentou em suas sessões sobre a faculdade da meia irmã.

Feliz na área que escolheu Tatiane não vê a hora de comer seus estágios e terminar a faculdade.

Murilo resolve sair do trabalho na dos Muniz ele recebeu uma ótima proposta de emprego em uma empresa de jardinagem.  Ângela encoraja o garoto a aceitar dizendo que ele precisa crescer. O rapaz agradece a mão estendida e o apoio de Ângela. Feliz em sua carreira. Resolve com Tatiane começarem um planejamento para em breve noivar.

No sítio, Rafael, estava trabalhando pouco passava a maior parte do tempo comigo e com Laura. Mas como essa semana de férias não estava programada ele tinha serviços pendentes, casos para estudar e trabalhava um pouco pelo computador.

—Meu amor desculpe, mas não consegui me desligar totalmente do trabalho.

—Imagina amor, eu sei como é! O que importa é que estamos juntos.

—Meu amor, amanhã terei que ir na cidade conversar com um cliente. Ele só pode a noite às 20h. Então até acabar lá e pegar três horas de estrada, devo voltar de madrugada.

—Dorme por lá meu amor, ficará cansativo pra você.

— Você não se importa em ficar sozinha?

— não Rafael sem problemas. Prefiro mesmo que não pegue estrada a noite.

—Tá bom amor, amanhã eu vejo pelo horário. O cliente só pode esse horário, aí complica.

O sítio ficava umas  três horas do centro da cidade. Rafael marcou com o cliente às 20h. Então ficaria tarde para voltar no mesmo dia.

No dia seguinte, acordamos tarde e ficamos namorando na cama.

—Te amo tanto Isadora as vezes nem acredito que estamos juntos novamente.

—Também te amo Rafael.  Parece que finalmente podemos ser feliz um pouco.

—Precisamos nos casar, novamente. 
—Com certeza.

Neste momento Laura aparece em nosso quarto.

—Mamãe, tô com fome.
—Aí que estamos uns país desnaturados. Vem aqui Laurinha.

Demos muitos beijos em nossa pequena e levantamos. 

Depois do café Rafael ficou com Laura, enquanto eu preparava o almoço.

Almoçamos todos juntos. Como uma família e eu estava me sentindo realizada. Até que chegou o momento de Rafael sair para a cidade.

—Ok meu amor, boa sorte e volte logo estaremos te esperando. Era umas 15:30h quando ele saiu do sítio. Saiu mais cedo para não correr o risco te atrasos e ainda queria passar no nosso apartamento antes da reunião com o seu cliente.

Rafael chegaria por volta de 18h30

Fiquei a tarde toda com Laura na piscina, assim como o Theo Laura adorava água. Ela dava várias gargalhadas e tiramos muitas fotos.  O dia estava lindo.

Depois dei banho nela, logo anoiteceu e começou a chover, ótimo para abafar o calor e ótimo para dormir, jantamos e a coloquei pra dormir.

Cantei para ela, assim ela dormia mais rápido. Laura dormiu nos meus braços subi as escadas e fui até o quarto dela, lá havia um berço.

Do lado do berço tinha um relógio, depois que a coloquei no berço fiquei admirando - a dormir, olhei pro relógio e eram 20h.

Pensei, horário que Rafael estaria encontrando seu cliente.

Eu continuei ali admirando Laura dormir.

Estava chovendo bastante, o que era ótimo para dormir e eu já estava mesmo com sono.

Enquanto eu estava admirando Laura. Alguém entrou na casa e entrou no quarto.

E de repente alguém por trás de mim colocou a mão em minha boca e em minha cintura um revólver.
No meu ouvido a pessoa falou:

—Fica quietinha se não a primeira a morrer será sua filinha.

As lágrimas já começam a correr, o medo e o desespero me invadiu a pessoa me vira e eu fico de frente pra ela. Olho nos olhos dessa pessoa, tentando entender e só falo.

— Você?

DEPOIS DAQUELE DIAOnde histórias criam vida. Descubra agora