DEPOIS DAQUELE DIA

25- O quê está acontecendo?

Pela manhã recebi Tatiane em minha casa e ela notou que eu estava mais animada.

— Oi Tatiane. Como você está? Hoje quero que me ajude. Quero fazer uma lista de tudo que preciso comprar pra Laura. Só falta um mês pro seu nascimento e tenho poucas coisas.

— Com todo Prazer Isa, você me parece mais animada.

— Estou me sentindo mais leve Tatiane. Ontem o desabafo fotográfico me fez refletir muitas coisas.

— Eu fico tão feliz por você! De verdade!

— Obrigada! Bom. Vamos fazer a lista! Ajude-me.

Enquanto isso na casa dos Muniz, Sônia encontra a carta de Danielle e se desespera.

Ângela estava tomando café da manhã, sozinha, e Sônia chega aflita.

— Senhora, Senhora.

— O quê foi Sônia que agitação é essa?

— Danielle não está no quarto e deixou esse bilhete!

Mãe eu te amo! Se acontecer alguma coisa comigo, me perdoa. Mas só estou tentando fazer justiça. Se eu não voltar mais para casa na gaveta trancada do meu consultório está o meu diário e lá a razão do meu sumiço.

Seja forte, me perdoa por tudo. Deus é contigo. Te amo!

Ângela lê e se desespera:

— Meu Deus, e agora? Quando será que ela saiu? Meu Deus proteja minha filha.

— Eu acho que ela saiu ontem a noite ou de madrugada. Acordei cedo e não vi nenhuma movimentação.

— Meu Deus! Ah quanto tempo será que ela está fora de casa.

Ângela tenta ligar no celular de Danielle. Por não conseguir contato. Decidi ir até a delegacia, registrar o desaparecimento de Danielle e leva a carta consigo. Antes liga também para Francês que decidi voltar de sua viagem.

Após montar a lista com Tatiane ela me chama para já comprar algumas coisas.

— Isadora, porque não saímos para comprar as coisas?

— Ai Tati toda vez que saio sozinha acontece alguma coisa. Tenho medo.

— Mas não estará sozinha. Estarei com você. Vamos?

— Tá bom! Vamos! Vou ligar pro Rafael pra avisar pra ele.

O jovem Murilo ainda sem emprego e investigando por conta própria o acidente. Descobre onde Pedro mora, justamente com sua irmã Paula e sua mãe Margarida.

Murilo queria encontrar com Pedro e ter uma conversa. Ele bate na porta e Paula o atende.

— Olá posso ajudar em alguma coisa?

— Olá eu sou estudante estou fazendo uma pesquisa, você poderia me ajudar?

— Sim! Pode falar! Responde Paula
— Bom quantas pessoas moram aqui?
— Três.
— Certo. Qual parentesco de vocês?
— Bom minha mãe e meu irmão.
— Quem trabalha na casa?
— Meu irmão apenas.
— Qual a profissão dele?
— Ele é fotógrafo.
— Seu irmão está?
— Não.
— Teria algum horário que eu poderia falar com ele?
— Não sei te informar. Tem dois dias que nem vejo meu irmão.
— Entendi. Não imagina onde ele possa estar?
— Não. Mas precisa disso para esse trabalho? Não estou entendendo.
— Não. Desculpe e que disse que ele é fotógrafo estou precisando de um. Poderia me dar o cartão dele?
— Sim. Só um momento.