31- DANIELLE

59 7 0
                                    

Dona Ângela estava  envolvida com os trabalhos na igreja na paróquia de seu amigo Padre Francisco, ela chegou toda animada após ter ajudado no ensaio das crianças para um coral, porém sua alegria acabou rápido.

—O quê aconteceu Sônia? Que expressão de preocupação é essa?

— Senhora, Danielle, saiu por algumas horas e chegou chorando não quis falar nada, se aconteceu alguma coisa só pediu pra dizer pra senhora: Que sente muito não poder fazer nada melhor do que isso e está trancada no quarto desde então. Já bati na porta, tentei levar um lanche mas nem me respondeu.

—Vou ver o que aconteceu.

Ângela chega no quarto de Danielle, bate e a filha não abre, ela então resolve pegar uma chave extra e entrar. 

Danielle não estava na cama, ela chama na porta do banheiro e nenhuma resposta, decide abrir e se depara com uma cena horrível, Danielle estava caída no chão com uma seringa e tudo indicava que ela tinha injetado algo no corpo!

O desespero na casa dos Muniz foi grande, Ângela e Sônia tentaram acordar Danielle, mas ela não despertava sem saber o que fazer chamam uma ambulância que chega em poucos minutos, fizeram os primeiros socorros e Danielle estava com batimentos cardíacos totalmente descontrolados, levaram - a para o hospital, Danielle tinha ingerido uma forte dosagem de um medicamento, um veneno que poderia levar a óbito, como medica Danielle sabia exatamente o que poderia ser fatal e como perdeu o bebê recentemente já estava fraca. O caso dela então ficou grave. Ela estava correndo risco de vida.

Ao chegar no hospital ela foi direcionada para a UTI. Quando soube da atitude da filha Francês correu para o hospital super aflito, temendo o pior. Estava aproximando - se a data de um ano após o acidente, Ângela e Francês choravam só de imaginar a dor de perder mais uma filha.

Em minha casa eu estava toda nervosa com a visita do meu sogro.

—Tatiane, não sei se vou aguentar meu sogro o final de semana aqui. Não sei pra quê ele vem.

—Vem conhecer a Laurinha. Ela já tem um mês ele até que demorou. Não fica preocupada. Vai ser bom e vai passar rapidinho. 

—Tomara. Não estou com paciência para visitas.

Murillo e Tatiane começaram a se aproximar os dois conversavam quase que todos os dias.Em uma dessas conversas Tatiane dá uma idéia para Murilo.

— Por quê você não procura emprego onde seu pai trabalhava? Você não disse que eles gostavam muito dele? talvez a família Muniz te dê um emprego.

— Será? Eu sei dirigir se elas quiserem um motorista. Sei lá né! Não custa tentar. Obrigada Tati. Você é uma pessoa iluminada!

— Imagina, boa sorte!

Tatiane estava se apaixonando por Murillo e o rapaz ficava cada vez mais encantado com a moça, até que Luiza resolve aparecer, numa ligação:

— Alo? Quem é?
—Sou eu. LUÍZA!

Murillo paralisou.

—Murillo?
—Oi? O que você quer Luiza?
—Quero conversar com você!

Os dois marcaram de se encontrar no parque próximo do local onde Luíza fazia terapia o mesmo lugar onde eles começaram a conversar. Murillo foi decidido a não voltar para Luíza, mas quando chegou e a viu percebeu que ainda sentia algo pela moça.

— Eu queria te pedir perdão eu sei que fui injusta com você, mas foi tudo tão difícil pra mim.

— Foi difícil pra mim também Luíza.
— Eu imagino. Me perdoa eu sinto muito sua falta.
— Também sinto a sua!

Os dois conversam e decidem voltar o namoro. Luíza ficou super feliz, sua vida estava caminhando, ela estava estudando, fazendo terapia, o remédio que tomava ajudava - a dormir melhor, voltou para Murilo e até as brigas com a mãe tinham diminuído.

Porém Murillo estava confuso em relação a Tatiane e conversa com seu primo:

— Voltei com a Luiza, Bruno!

— Bom, agora poderão viver o que foi interrompido né? Que bom que voltou pra ela, vi você de conversinha com a filha do Porteiro, a Tati, fiquei preocupado. Agora tô aliviado!

— Como assim primo?

— Tõ querendo ficar com ela, linda a tati, arruma o esquema pra mim ai!

— tá doido irmão! A Tati é uma pessoa maravilhosa, não quero você brincando com ela!

— Se liga, Murilo! Quero coisa séria, namorar, casar ter filhos! Tú tá pior que o pai da garota.

Murilo sentiu ciúmes com declaração do primo e ficou confuso sobre seus sentimentos por Luíza! 

No hospital Andrade os médicos falam que Danielle estava muita fraca e desidratada e eles teriam que fazer uma lavagem profunda para tirar todo veneno que ela ingeriu as próximas 24 horas seriam decisivas, o caso era complicado.

Francês sente-se culpado pelo estado da filha, reflete que poderia ter sido menos frio e que teria que acolher Danielle. Chorando ele faz uma prece pela vida da filha.

Quando dona Ângela entra para vê a filha, ligava a várias aparelhos, inconsciente. Ângela chora ao ver a filha nessa situação.

Dona Ângela se assusta  com o estado da filha e sofre ao vê - lá tão mal.  E teme o que poderia acontecer nessas 24 horas!

  —  Não vou suportar perder outra filha, Frances!

—  Isso não vai acontecer Ângela, vai dar tudo certo! Danielle sairá dessa! Coloque a fé que sempre teve em ação.

— Não sei o que está acontecendo com Danielle, desde que perdeu o bebe está tão mal e agora comete essa loucura. Por que nossa filha quer morrer Frances? estamos falhando como pais.

—  Eu reconheço o quanto errei nos últimos tempos!   Que Deus permita que eu possa me reconciliar com a nossa filha!

No final daquele dia, Rafael chega com meu sogro.

—Boa Noite Isadora como você está? Disse ele me abraçando.
    —Tentando continuar seu Antônio.
    —     Isso aí, não podemos nunca desistir de continuar. É isso aí, tá animada pra receber seu sogro preferido?
Eu apenas sorri timidamente e nada respondi. Então ele continuou:

    —     E como foi o parto?
    —     Terrível.
    —     É dizem que dói muito mesmo. Mas é uma dor prazerosa e essa menina será luz para os seus dias.
    —     Ainda estou na escuridão.
    —     Porque você não quer enxergar a luz. Acorda minha filha, seu filho morreu mas você não, nem seu esposo, sem sua filha. Onde está minha neta?
    —     Ela está no quarto.
    —     Vamos lá pai. Disse Rafael 

Para Rafael seria bom a presença do pai, mas meu sogro Antônio era muito animado e eu não estava no clima de animação.

— Isa já vou indo. Os dois homens estão lá babando por Laura.

—Ok Tati.

Rafael e Antônio ficaram babando por Laura. Até que resolverem voltar pra sala e perceberam que eu não estava na casa.

—Ela não está em canto nenhum.
    —  Calma filho. Deve ter dado uma volta.
    —     Não Pai.  Mas Isadora não sai mais de casa pra nada. Nunca sai.  Não imagino Onde possa estar.

Rafael liga pra Tatiane que não sabe nada sobre meu paradeiro.

—Quando sai ela estava na sala, não faço ideia de onde ela pode estar! 


Gratidão pela leitura, por um problema no computador fiquei dias sem postar, mas agora retornando normalmente! 

DEPOIS DAQUELE DIAOnde histórias criam vida. Descubra agora