:: Antes dos últimos passos ::

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Estou imensamente grato por todo o carinho que os leitores de O BANCO DOS LEÕES demonstraram para com a obra. Como havia dito numa nota de agradecimento anterior, esta obra ficou por anos na minha gaveta, esperando uma oportunidade de ser publicada. Infelizmente (ou felizmente) nenhuma editora prestou a devida atenção ao seu conteúdo, nem à mensagem que ele passa. Talvez por não ser um livro comercial, com temas apelativos ou "da moda", mas seja qual for o motivo realmente não importa. Encontrei aqui leitores que realmente aproveitaram o que O BANCO tem a ensinar, e isso é mais do que qualquer best-seller  sazonal poderia ter.

Bom, o motivo desta nota é justificar algumas coisas que ainda estão por vir. Como fãs de literatura, sabemos como é terrível quando o autor não dá o devido respeito ao nosso personagem favorito. Se você acompanhou a série Harry Potter sabe do que estou falando. Às vezes parece que o autor fez de propósito: destruiu um personagem favorito ou um protagonista somente porque está na moda, ou porque teve preguiça de pensar em uma solução para o problema que ele mesmo criou.

Mas nem sempre é assim.

Certa vez Tom Clancy (autor de Caçada ao Outubro Vermelho, Rainbow Six e outros) foi questionado sobre a diferença entre literatura ficcional e histórica. Clancy respondeu que a diferença entre ficção e realidade é que a ficção precisa fazer sentido. Ouvimos relatos de pessoas que sobrevivem a quedas de 50 metros, ou que lutam com tubarões e sobrevivem sem um arranhão. Sim, a vida é surpreendente. Mas um feito desses em uma obra literária poderia ser considerado apelativo ou, para usar um termo do teatro grego, um deus ex machina. Portanto tive que deixar a história se desenrolar como era visível desde o começo que aconteceria (digo isso porque, se ainda assim o leitor encarar o próximo capítulo como um deus ex machina, está convidado a reler a obra desde o primeiro capítulo. Perceberá que as pistas para o final trágico e inevitável estavam todas lá).

Assim sendo, e sem me estender mais, peço que encarem os fatos seguintes com o coração aberto, pois o mais importante na jornada de Abbo não é o final, mas sim o que vem à seguir. Curtam este livro escrito com muito amor e, haja o que houver, encontrem-me do outro lado!

Leonardo J. Santos - Barueri, 18 de Janeiro de 2017.

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