Cidade Infernal -Revisando

Nosso objetivo...

— Essa comida ficou muito boa Sarah. — Jacob elogia.

— Por isso que eu vou casar com ela. — Liam olha pra mim cheio de segundas intenções.

— Interesseiro! — Me levanto fingindo estar ofendida, cruzo os braços e vou em direção ao quarto onde Manú dorme como um bebê.

"meu bebê."

— A gente pode conversar... — Me viro e Dilan está encostado na batente dá porta.

— Claro. — Encaro o mesmo.

— Quando eu fiquei infiltrado na base da ACR, eu... Descobri uma coisa. — Ele se senta no chão. — Na verdade a sua mãe... Ela... Bom o Liam...

— Fala de uma vez Dilan!

— A sua mãe não é a líder da ACR, pelo contrário! Ela é prisioneira da Toupeira Negra... Falei!

— Tá falando sério?!

— Sim

— E você conseguiu ve-la? — Meus olhos começaram a marejar.

— Não — Ele abaixou a cabeça. — Ela fica em um lugar específico, só a Toupeira Negra pode ouvi-la e ve-la. Me disseram que talvez a Toupeira Negra seja parente da sua mãe.

— Alguém da minha família, nos traiu? — Levo uma mão ao peito e outra a boca. As lágrimas caem.

— Nós vamos acha-la, vamos acabar com essa maldita Toupeira Negra. Só não sei como. — Dilan passa as mãos pelos cabelos.

— Nosso objetivo, salvar a minha mãe.

— Como? — Liam aparece atrás de Dilan. Ele fica de braços cruzados e encosta na batente da porta. — Estou ouvindo princesa.

— Não tem como a gente invadir?

— Não, depois do que aconteceu com o Liam eles devem ter dobrado a segurança.

— Jogar uma bomba?

— Você tem uma?! — Dilan e seu sarcasmo.

— Não mas achei que... Sei lá você tivesse uma por acaso.

— Tá me chamando de homem bomba?!

— Não briga com ela! — Liam o advertiu.

— Mamãe!

— Que foi Manú?! Um pesadelo filha? — Ela só fez que sim com a cabeça. — Vem aqui no colo.

— Tô com sadade do vovô — Ela chora baixinho.

— Eu também filha. — Liam senta do nosso lado. — Você quer comer?

— Sim papai! — Ela se levanta junto com o Liam e vão em direção a cozinha. Eu e Julie vamos para colheita.

— Julie... — Ela está colhendo uvas e eu maçãs. — Preciso desabafar. — Me sento na grama.

— Pode falar. — Ela se senta na minha frente.

— Eu queria agradecer por tudo que você e o Jacob fizeram pela gente. Eu sempre defendi vocês mesmo sem os conhecerem.

— Como assim?

— Olha a sua cesta. — Ela estava cheia de uvas bem bonitas. — Isso vai tudo para minha casa, e, mais da metade disso é jogado fora. Vocês passam fome desnecessariamente! Todas as reuniões que eu era convidada, sempre falava das pessoas que viviam nas áreas 1 e 2, ninguém me escutava! Todos diziam que iam pensar no assunto mas... Nunca faziam nada!

— Não tem problema Sarah. — Ela me abraça. — Pelo menos você se esforçou.

— Se esforçar! É isso! — Corro em direção de Liam, Dilan, James e Manú que estavam sentados na mesa dá cozinha. — Tenho uma solução!

— Mamãe, já falei sobre jogar mimida (comida) neles. — Manú cruza os braços.

— E se criarmos um grupo contra eles?

— Já existe, a CPR, eles estão a caminho.

— Dilan... — Todos me encararam. — Acho que você está escondendo algo? Sempre tem alguma coisa que eu e James não sabemos. Vai me dizer que você e a Allison trabalham pra CPR — Disse de sarcasmo.

— Mas trabalhamos. — Ele abaixou a cabeça. — Acho melhor você se sentar. — Me sento sem tirar os olhos dele. — Nós não somos "amigos de infância", somos primos. Nossa mãe não se chama Nora, e sim Hellen. Seu pai te batia porque ele achava que a sua mãe era a Toupeira Negra e tinha medo de vocês ficarem igual a ela. — Me levanto, tudo gira e depois apago.

— Você falou tudo de uma vez pra garota! Queria que acontecesse o que?! — Liam e Dilan estavam discutindo.

— Ela pediu pra eu contar tudo! Eu contei. — Dilan deu de ombros.

— Parem de discutir. — Reclamo.

— Acordou? — Liam se ajoelha ao meu lado.

— Não, eu falo enquanto durmo!

— Trocou a ferradura foi?!

— Quanto tempo eu dormi? — Me sento na cama.

— Dois dias. — Dilan responde mexendo no telefone.

— DOIS DIAS?! — Dilan desliga o telefone e vai em direção a porta.

— Eles chegaram. — Liam me avisa.

— Quem?

— A CPR.