A verdade

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  Elas não podiam me abandonar! Eu estava tão exausta, e, o Liam me escondeu tudo que acontecia no país. Ele agia como se nada tivesse acontecendo.

— O que foi? — Ele toca o meu braço e eu retiro sua mão do local agora dormente pelos efeitos que seu toque causam em meu corpo. — Você começou a chorar de repente.

— Não é nada. — Sorrio fraco. Odeio mentir para o Liam e também odeio que me escondam coisas, se fosse uma bobagem eu nem me importaria tanto, mas estamos falando do meu país! Eu serei a futura Rainha de Larrytown e meu futuro marido e Rei não confia em mim?! Aquilo me doeu como golpes de uma espada. — Só estava pensando no sofrimento da sua família. — Desvio meu olhar para estrada, tentando conter as lágrimas. Assim que chegamos, saio sem esperar Liam e corro para dentro de casa assim que escuto voz alteradas. Quando entro vejo Jacob e Henry se encarando com ódio. — O que está havendo aqui?! — Pergunto com as mãos na cintura.

— Preferia mil vezes ficar com vocês, do que com ele. — Henry aponta para o irmão. — Você me abandonou, deixou eu e Julie em um internato. Depois, volta como se nada tivesse acontecido e busca ela, me deixando mais uma vez.

— Eu não tinha como cuidar de você! Você era muito pequeno, mal conseguia alimentar eu e Julie!!

— NÃO INTERESSA!! Você sabe o que eu sofri naquela escola? VOCÊ FAZ NOÇÃO?! Eles me espancavam e me diziam que minha família me abandonou, que nunca voltariam para me buscar. Sabe o que eu fiz? SABE O QUE EU FIZ?! Eu não acreditei, eu sabia que um dia a minha família viria me buscar. Mais ao invés disso. — Ele ri com sarcasmo. — Mandou duas pessoas que eu nunca vi na vida para me pegarem lá, e elas diferente de você, me salvaram. PORQUE EU IA ME MATAR!! EU NÃO AQUENTAVA MAIS SER XINGADO, HUMILHADO E AMEAÇADO DE MORTE. — Todos pararam assim que ouviram isso.

— Agora eu vou te explicar porque eu não fui. Sabe meus rins? Um parou de funcionar e o outro está começando a sobrecarregar. Sabe meus pulmões? Um está quase parando e o outro funciona como dois praticamente, por isso eu uso esse fio que me ajuda a transportar oxigênio, porque meus pulmões não tem força para isso. Sabe meu fígado? Metade dele não funciona. Quer mais motivos para eu não ter ido te buscar? — No rosto de Henry só se via remorso por tudo que passou.

— Henry, vamos para o seu quarto e eu assisto um filme com você, o que acha? — Ele da de ombros e me segue para seu quarto. Ele resolveu assistir Carros 2. Eu me sentei no puff e ele na cama, no meio do filme ele veio e deitou em meu colo. — Henry, posso te fazer uma pergunta? — Ele mexe a cabeça em sinal de "sim". — Quantos anos você tem?

— Nove. — Ele responde se ajeitando em meu pescoço assim como Manú fazia.

— E onde a Manú está?

— Eu não sei. Acho que uma empregada a colocou para dormir. — Ele levanta seu rosto e me encara. — Posso dormir com você? Eu tenho muito medo de dormir sozinho. — Uma lágrimas escorre por sua bochecha.

— Pode sim meu anjinho. Só vou tomar um banho. — Tomo o banho mais rápido da minha vida e depois volto e encontro Henry chorando na cama, todo encolhido no canto com o rosto enfiado entre as pernas e parecia não querer que ninguém escutasse. — Não chora não. — Fico ao seu lado e ele agarra me pescoço.

— Eu não queria gritar com Jay... — Ele antes gritava com o irmão e agora chama pelo apelido... Não entendo. — Mas ele podia ter feito pelo menos o esforço! — Henry continua chorando por um tempo e depois acaba dormindo, me levanto em direção ao meu quarto, ou quarto do Liam? Não sei, tanto faz. O coloco em minha cama e vou para o quarto Manú, no caminho encontro com James. Graças a Deus ele não falou comigo... Acho que foi pela nossa conversa.

Cidade Infernal -RevisandoOnde histórias criam vida. Descubra agora