O dodoí

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— Não tenta mudar de assunto Liam!! — Bato em seu peito.

— É sério. — Ele ri.

— Agora sai que eu quero nadar mais.  — O empurro. O mesmo me pega pela cintura e me joga em seu ombro. — ME SOLTA!! — Bato em suas costas. Ele entra no palácio, o mesmo estava só de bermuda e eu de biquíni. — LIAM!! ME DEIXA NADAR!! POR FAVOR!! — Continuei batendo em suas costas enquanto o mesmo subia para o meu quarto.

— Você sabe que seus socos e tapas não doem... Não sabe? — Ele me coloca de frente a porta do seu quarto.

— Idiota. — Murmuro e me viro para ir em direção ao meu quarto quando ele segura meu braço. — O que você quer?!

— Suas roupas já estão aqui. — Ele abre um sorriso malicioso.

— Obrigadinha... — Abro meu sorriso sínico, pego minhas roupas, entro correndo no banheiro e tranco a porta. — Maníaco. — Murmuro. Tomo meu banho e quando saio vejo o quarto vazio. Desço e vou para o jardim, Manú, Dilan e James brincavam de pique-pega, a brincadeira favorita da Manú, ela ria como uma boba. Até que ela cai de cara no chão, seu choro penetra por meus ouvidos, corro até ela e me abaixo.

— MAMÃE!! — Ela estende seus bracinhos e eu a pego.

— Foi só um acidente filha. — Ela chorava enquanto James e Dilan pediam milhões de desculpas. — Tudo bem gente, tudo bem... Cadê o Liam?

— Em uma reunião com seus pais e a mãe dele. — Responde James mordendo uma maçã. Coloco Manú sentada na bancada da cozinha e vejo seu joelho ralado. Assim que ela vê o sangue começa a chorar desesperada.

— Calma filha, você só ralou o joelho. — Pego o kit de primeiros socorros e me sento no banco. — Você sabia que a mamãe já ralou o joelho? — Ela arregalou os olhinhos. — Foi tudo culpa do seu tio Dilan — O mesmo ri e eu o olho feio. — Eu estava correndo no jardim e ele colocou o pé na frente. — A boca da Manú forma um "O" e ela o olha como se ele houvesse feito a pior coisa do mundo. Pego o maldito merthiolate, sabia que ela ia chorar e eu já estava me preparando psicologicamente para isso. — Filha... Agora você vai fechar os olhos e contar de um até dez, não pode parar de contar. — Ela fecha os olhos e começa a contar, junto com James e Dilan.

— Unm, doise, — Coloco o primeiro spray. — TLÊS!! — Ela chora mais ainda está de olhos fechados.

— Quatro. — Dilan prossegue.

— Quinco... — Ela chora mais um pouco. — Mamãe... Chega!! Quelo mimi... — Ela fica estendendo os bracinhos para mim, agora de olhos abertos. A pego no colo e fico a ninando pela cozinha.

— Dorme Manú do meu coração, mamãe está cantando e papai já foi dormir. — Tive que adaptar a letra da música para ela. Seus soluços eram constantes. A levei para sala e me sentei no sofá com ela em meu colo.

— Mamãe... Quelo meu leite... Minha dedera mamãe. — Ela choraminga.

— Você sabe que essa canção não rima. — Dilan afirma.

— Vamos tomar um banho e você dorme mais fresquinha. — Ela assente bocejando. Enquanto me levanto, vejo Jacob descer as escadas com sua mochila de oxigênio.

— Quer ajuda Jacob? — Pergunto mas ele diz que não com a mão. Subo as escadas e vou para o quarto da Manú, Julie estava deitada em sua cama lendo uma revista. Pego as roupas dela é vou para o banheiro, dar seu banho enquanto ela está com sono, chora e resmunga, não é nada fácil. Acabo seu banho e vou para cozinha fazer o leite que Manú tanto pedia. Seu chorinho me partia o coração. Faço um leite de qualquer jeito e a entrego. A mesma começa a beber o líquido muito rápido, estava com fome. Volto a sala e me deito no sofá ainda com ela em meu colo, acaricio seus cabelos até que ela durma e... Acabo dormindo junto.

Cidade Infernal -RevisandoOnde histórias criam vida. Descubra agora