Por que?

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Gabriel está nos levando para o hospital

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Gabriel está nos levando para o hospital. Manú ficou uma semana sem assistir televisão, de castigo, e eu não consigo parar de sonhar com a minha casa. Tempos em que fui feliz com Liam, James e meu pai, aquilo estava me matando por dentro! Eu sinceramente não esperava aquela reação deles. Do meu pai sim, mas de James... Nunca!

— Está muito quieta. Pensando alto? — Gabriel se virou para mim.

— Só pensando. — Estávamos naquele carro a duas horas e ainda faltava mais duas.

— Titio Leleu. — Manú o chamou. — Vamo canta?

— Cantar? Quem te deu essa ideia menina?! — Ele a olhou pelo retrovisor.

— Vovó Kati! — Ela sorriu. — Um efante comoda muita gente, doise efante comoda, comoda muito mais... — E assim foram nossas outras duas horas, escutando ela cantar e falar números aleatórios, por mais que eu a tenha ensinado a contar até 10.

— Mil elefante incomodam muito mais. PRONTO!! ACABOU!! — Gabriel sorriu com a ideia que teve.

— VAI DE NOVO!! UM EFANTE COMODA MUITA GENTE... — Quando chegamos eu dei graças a Deus! Meu ouvido doía com os gritos dessa maluca.

— Mamãe, o titio Jay tá qui? — Manú perguntou enquanto eu a levava em meu colo.

— É filha, ele está aqui. Só que ele está dormindo e o médico pediu para não acorda-lo. — Ela só assentiu. Entramos no hospital, nos direcionamos ao quarto de Jacob. Para não me reconhecerem eu coloquei um casaco de moletom preto do Gabriel e acabei passando desapercibida pelos poucos guardas. Gabriel tinha autorização para entrar o que eu achei muito estranho.

  O encontrei deitado. Pálido. Sério. Que saudade daquele sorriso... Enquanto ele ria de Julie e de Manú. Quando ele discutia com os meninos... Quero ele de volta! QUERO O JAY DE VOLTA!!

— Ei... Não chora. Tudo bem! — Gabriel veio em minha direção e eu o abracei com força sentindo minhas lágrimas escorrerem e Manú as seca-la.

  Depois de 1 hora ali eu resolvo ir embora, chego perto de Jacob e seguro uma de suas mãos, chego bem perto de seu rosto pálido e sussurro para que só ele ouça.

— Eu não vou deixar você ir. Eu não quero te perder, eu não vou te perder. — Mais lágrimas escorrem, eu não consigo perde-lo! Eu não posso! Sinto algo apertar minha mão, olho e vejo que era sua mão. Ele parecia tentar me passar conforto e segurança. Solto um soluço involuntário. — Eu venho novamente assim que puder. — Dou um beijo em sua testa e saio. Enquanto caminhávamos de volta, passei por duas pessoas que não me eram estranhas, espera.

"LIAM E HENRY!"

  No mesmo segundo me viro de costas e os vejo caminhando até o quarto de Jacob. Eles estavam tão tristes e pareciam não ter dormido... Aquilo me partiu por dentro, eu precisava falar com Henry. Preciso que ele me ajude enquanto eu estiver fora, preciso dele.

Cidade Infernal -RevisandoOnde histórias criam vida. Descubra agora