Adeus Jacob...

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  Bati de leve na porta. Silêncio. Não parecia ter ninguém.

  Abro a porta e vejo o corpo frágil e magro de Jacob. Ao lado de sua cama havia uma fotografia. Ele, Julie e Henry.

  Os três sorriam animados. Mas agora... Somente o que fazemos é chorar e brincar com as crianças quando imploram.

— Oi. — Cheguei perto de sua cama e me sentei perto dele. — Você pode aguentar mais um pouco? — Toquei seu rosto.

  Aquele silêncio me atormentava, saber que ele não iria me responder era pior.

  De repente seu corpo inerte começa a se debater e os monitores a apitar mostrando que estava irregular.

  Em questão de segundo o quarto foi lotado de médicos e enfermeiros. Eles pareciam não me notar no meio de tanta correria.

— Uma parada cardíaca! — Um dos que eu acho ser o médico gritou. Trouxeram um desfibrilador e na mesma hora eu me virei.

  Senti uma mão em meu braço me puxar para fora.

— O que está havendo?! — Anne me balançou. Olhei para trás dela e vi Emma me encarar com os olhos arregalados.

— Ele... — Um médico apareceu.

— Chame a família. A hora de se despedir é agora! — Pelo seu tom de voz vi que não era brincadeira.

  Liguei para Liam enquanto Anne e Emma tentavam ligar para outras pessoas.

— Liam... A hora de se despedir é agora. — Nem esperei ele dizer algo e fui direta.

— Está no hospital?! Quem te deu autorização?!

— Já sou maior de idade. Venha logo! — Desliguei.

  2 horas depois...

— POR QUE NINGUÉM ME CONTOU?! — Henry fumegava de raiva ao sairmos do quarto liberando a passagem dos médicos.

— Henry eu... — Tentei chegar perto mas ele fez com a mão para que eu parasse.

— VOCÊ É UMA MENTIROSA!

— Seu irmão vai morrer! — Liam tentou raciocinar com ele mais foi em vão.

— E DAÍ?! ISSO NÃO MUDA O FATO DE NÃO ME CONTAREM! — Suas mãos tremiam. — Eu... Podia ter sido um irmão melhor. Nem que fosse por pouco tempo. — Ele me encarou com os olhos cheios de lágrimas e correu para me abraçar. — Me desculpa mãe. Por favor me perdoa.

— Perdoado Henry... Sempre. — Beijei o topo de sua cabeça. O médico saiu da sala novamente.

— Vossa Alteza, eu... Sinto muito. — Assenti com um sorriso fraco. — Peço que retornem aos seus aposentos agora. — Liam segurou firme minha mão.

— A partir de agora você não sai mais do meu lado. — Seu tom de voz era sério. — Não sabe o quanto senti sua falta.

— Também senti muito sua falta almofadinha. — Digo.

— Alguém pode voltar dirigindo? Não tenho condições. — Anne disse mostrando a chave em suas mãos trêmulas. Liam pegou-as com cautela e abraçou Anne como forma de consolo. Ela chorou por alguns minutos e depois voltamos para nossa trajetória.

  Compramos uma vã enorme para não precisarmos ir em milhares de carros. Chamaria muita a atenção.

  Olhei para fora do hospital e vi alguns Paparazzis na entrada esperando, por isso saímos pelos fundos.

— Todos de cinto? — Liam perguntou ligando o carro. A maioria assentiu e outros murmuraram um "sim".

  Na frente ficamos Eu, Liam e Henry. No banco de trás Emma, Julie e James e nos fundos Dilan, Chloe e Anne. Ainda tem mais um banco, no total de 4 fileiras de três bancos e uma com 4 bancos.

Cidade Infernal -RevisandoOnde histórias criam vida. Descubra agora