Cidade Infernal -Revisando

Depressão

2 meses depois...

— Você sabe que deve comer Sarah! — James me olhava.

  Depois que terminei meu noivado, entrei em depressão, minha vida havia virado uma rotina, literalmente, andava pela base sem destino, já tinha desistido de perguntar a Anne sobre os planos de infiltração na base da ACR, vivia desmaiando pelos cantos da base. Liam... Aquele idiota nem se importa comigo, as vezes ele vai ao meu quarto, fala coisas sem noção, eu choro e grito com ele, depois... Tenho uma recaída. James acha que eu não sei mas... Depois que terminei meu noivado, Dilan e Liam tem se estranhado muito, as vezes Dilan passa por mim com um olho roxo, Liam com os lábios machucados e com hematomas nos braços. Sim... Eles brigavam e muito, eu e James lutamos contra a vontade de invadir a base inimiga sozinhos e matar a todos ali dentro.

— E você sabe que não tenho fome, nós fazemos a ridícula rotina todo dia e nenhuma notícia sobre planos novos para a invasão da ACR!

— Por favor... Come. — Emma pede se sentando ao meu lado. — Se não for pela gente... Coma pela Manú. — Aquilo me matou por dentro. Comecei a comer e chorar, não de tristeza, mas de raiva.

— Precisamos de vocês. — Anne aparece do além na nossa frente.

— O que foi? — James pergunta.

— É agora. Vamos invadir a ACR essa noite. — Eu e James nos entre olhamos e fomos para sala de reuniões. Assim que entramos, meu pai se levanta.

— O que fazem aqui? — Ele pergunta encarando Anne.

— Eles vão invadir a base conosco... Senhor. — Anne responde temendo por sua própria vida.

— De jeito nenhum. — Ele se opõem.

— Papai, você não tem querer aqui não! Quem manda nessa porcaria de base é Anne! O que ela fala é lei. Eu vou invadir a base da ACR... Você querendo ou não! — Estava cansada de ficar de cabeça baixa e engolir todas as bobagens que meu pai me falava.

— Podemos começar? — Allison perguntou. Nos sentamos e a reunião começou.

— Se lembram das táticas de guerra utilizadas na 1° guerra Mundial? Exatamente... As trincheiras, a base da ACR é tipo isso mas... Praticamente tudo fica de baixo da terra. Graças a Noah, descobrimos uma passagem... Nossa esperança, hoje a noite ele que ficará de vigia nessa passagem e será a nossa chance.

— Como você pode ter tanta certeza? — Chloe pergunta. — Quantas vezes já tentamos e deu errado? E se agora... Também não funcionar? Como nós ficamos? Mortos?

— A esperança é a última que morre. — Anne rebate. — Como tem tanta certeza que dessa vez não dará certo? Essa passagem fica muito próximo a onde seus familiares e amigos estão. Podemos retira-los sem muito esforço e não vamos precisar utilizar nossas técnicas de confronto direto.

— Não quero só isso... — Falo encarando a mesa mas logo volto meu olhar a Anne, que fazia uma cara de desentendida. — Quero a Toupeira Negra, quero ve-la morta. Quero... Que ela pague por tudo que fez a mim e a minha família, quero que pague centavo por centavo.

— Isso não vai ser tão fácil... Mas podemos tentar. — Anne olha para o meu pai, o mesmo retribui com seu olhar de reprovação. — Só que vai ser muito arriscado.

— Vale a pena tentar a sorte. — Abro meu sorriso vencedor — Verá o que é bom pra tosse.

— Você acha isso? — Quando Liam abre a boca... Só sai porcaria. — Desiste... Você acha que ela se importa com você? Uma princesinha perdida,  cega de amor e louca?

— Eu não quero discutir isso com você. — Tento pedir, calma.

— Tão inocente... Você acha que vai conseguir salvar a Manú? Quero ver! — Ele ri e sai.

— Não liga pra esse idiota, você consegue Sarinha. — Dilan da uma piscadela pra mim e sai. Provavelmente vai bater mais em Liam.

A noite...

— Vou colocar um rastreador no pescoço de cada um, caso a ACR consiga capturar alguém. — Estávamos todos de preto, dentro de uma van preta, meu pai nos obrigou a colocar colete a prova de balas, ele não nos deixou usar armas. — Prontos?

— Sim. — Respondo confiante. Saímos como lobos, no silêncio da noite não se escutava nem nossos passos. Dilan estava ao meu lado com dois revólveres. Paramos de frente a um portão meio camuflado. Anne bate algumas vezes e logo em seguida ela se abre, vejo um menino de cabelos loiros e olhos negros, com uma metralhadora em mãos.

— Tomem cuidado. — Ele nos alerta. Liam infelizmente teve que vir conosco, estávamos em número ímpar.

— Quer ir na frente? — Dilan me pergunta.

— Por que não? — Vou na frente de todos. — E as câmeras?

— Louise hackeou. — Noah responde atrás de mim. Andamos por um corredor mal iluminado, vi alguns ratos passarem correndo de um lado para o outro. — Direita, Sarah. — Noah sussurra para mim. Vi uma "jaula" digamos assim, uma mulher estava sentada na cama e nos encarando. — Nora! — Noah sussurra e começa abrir a porta para a moça. — Chegou a hora! Vamos embora! — Ela se levanta e vem em nossa direção. Continuamos andando, por incrível que pareça, não havia nenhum guarda, nenhum. Aquilo foi muito estranho, tinha algo atrás disso. Vimos um quarto com umas grades na porta. Julie e Manú estavam sentadas, olhando fixamente para a porta. Assim que percebem nossa presença, em silêncio, elas saem e nos abraçam. Manú anda em direção ao Liam, o mesmo parece não demonstrar reação alguma, Julie a pega no colo novamente. Andamos a procura do pai de Liam ou de Elizabeth, infelizmente, mas não encontramos eles. Aquilo estava estranho... Algo não estava normal.

— Acho melhor voltarmos. — Allison sussurra para Noah, o mesmo assenti. Enquanto andávamos de volta fui ficando para trás junto com Liam. Todos passam, só faltava nós dois... Só nós dois. Um monte de guardas da ACR aparecem, Liam tira sua arma e a aponta em minha cabeça, ele enrosca seu braço por meu pescoço.

— Liam... Liam para! — Começo a sentir as lágrimas se formarem.

— Achou mesmo que eu era um coitadinho? — Ele ri, enquanto minhas lágrimas desciam por minha bochecha. — Bem vinda ao meu mundo Princesa, pode chamar de casa...

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Estou me sentindo traída!! 😱😭
Liam... Não esperava isso de você!! E vocês PIPOQUINHAS?? O que acharam desse Liam novo?? Por que ele tá tão diferente e estranho?? Veremos... Até o próximo capítulo!! Bjinhos ❤❤