Ele suspirou, abriu a porta da rua, desceu as escadas do varandim:
"Lori!" Gritou, aquele que penso ser o nome da mãe dele. Eu saí também e encostei-me às grades do varandim.
"Kevin Lucas!" A mãe dele gritou, a cerca de 20 metros do portão. "Eu sou tua mãe! Tu não tens autorização de me chamar pelo primeiro nome, seu miúdo impertinente!" Continuou com o tom de voz alterado, no entando já havia mudado a sua trajetória na direção oposta, de volta a casa.
"Se quiseres ficar fica, mas dás um passo mal dado e eu meto-te daqui para fora. E vais ter de trabalhar, eu não vou sustentar esse teu rabo perguiçoso! E nunca, mas nunca esperes que eu te chame mãe, Lori."
Ao aproximar-se mais, a sua mãe deu-lhe um olhar de desprezo, ao passar-lhe ao lado.
"Sais mesmo ao teu pai..." Disse-lhe, com voz de nojo. "Impertinente, mal-criado e mal agradecido." Subiu as escadas do varandim, passou-me ao lado dando-me um olhar ainda mais desprezante do que tinha dado ao Kev e apenas nestes dois minutos já começo a desconfiar que devia tê-lo deixado expulsá-la. "Rapariguinha!" Suponho que seja comigo, e olho para ela. "Eu já te mandei vestir. Não tens vergonha de estar assim na rua?" Olhou-me de alto a baixo e virou-me as costas. "Putinha..." Disse, entre-dentes ao voltar para dentro. Parece que não nos vamos dar muito bem.
Eu suspirei, porque não quero dar-lhe uma resposta menos prórpia ainda agora que mal acabou de chegar.
"Spice, eu devia ir..." Coloquei uma mão no seu ombro. Ele continuava encostado à rede do portão, a olhar para a estrada.
"Podes ficar o quanto tu quiseres. Esta casa continua a ser minha."
"Acho que este é um momento apenas para a vossa família, não estou aqui a fazer nada. Mas podes ligar-me quando quiseres. Ou aparecer lá em casa a qualquer hora." Ele assentiu em engoliu em seco.
"Obrigado, mas eu não vou deixar os meus irmão sozinhos com ela."
"Tu é que sabes... fica à vontade, ok?" Apenas assentiu de novo. Eu deixei um beixo na sua face e voltei para dentro.
A Lori estava sentada no sofá, a fumar um cigarro. Eu subi as escadas, entrei no quarto dele, vesti-me e saí. Passei por ele de novo, ao portão.
"Precisas que te vá levar?"
"Não... não é preciso. Vai tratar da tua família."
"Obrigado por compreenderes esta merda toda."
"Não precisas de agradecer." Dei-lhe um sorriso encorajador, um beijo nos lábios e fui embora.
Ponto de vista do Kev
Após mais de 15 minutos na rua decidi que era hora de voltar para dentro de casa. Dei com ela sentada no sofá a ver televisão e a fumar um cigarro.
"O que é que estás a fazer?"
"A relaxar em casa... que mais podia estar a fazer?"
"Cumprimentar os teus filhos que estão lá em cima, por exemplo!" O volume da minha voz começou a aumentar.
"Ah, sim, isso... claro." Voltou a olhar para a televisão.
Já sinto o sangue a ferver nas veias e ela está aqui há menos de meia-horas. Fui até ela, tirei-lhe o cigarro que estava a fumar e apaguei-o no cinzeiro.
"AGORA!" Agarrei pelo braço e fí-la subir as escadas. Ao chegar ao corredor larguei-a, bati à porta do quarto dos miúdos e entrei. "Está aqui uma pessoa para vocês." Anunceei com pouco entusiasmo. Eles saíram do quarto e a primeira a correr para os braços dela foi a Jules.
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Rule Breakers
Romance- Ele: Kevin Lucas Turner, apenas Kev para os amigos, e apenas Turner para quem não o conhece. Muitos fazem trocadilhos com o seu apelido - Turner: Para as miúdas do bairro "Such a TURN on"; para os professores "TURNS everything into trouble" ; em c...