Capítulo 34 - Descobertas de uma grande mentira.

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   Era a última questão que eu fazia. Minhas mãos estavam suadas e o meu corpo inteiro tremia, era oito ou oitenta. Ou estava errando tudo ou tiraria uma nota muito boa.

"... Senhores alunos, compareçam a quadra de jogos para a competição regional de vôlei..."

   Dizia a diretora no auto falante da escola.
   Eu só precisava revisar para ver se estava tudo de acordo e pronto, eu poderia entregar. Que estejam certas as minhas respostas.

- Todo mundo já terminou? - dizia o professor - Que bom! Hoje mesmo entrego o resultado para vocês! Agora podem ir para a quadra. - dizia enquanto recolhia a última prova, a minha.

   Que dê tudo certo!

   Saímos da sala e o corredor estava lotado de alunos impacientes indo para a quadra em busca do melhor assento para assistir ao jogo.

- Como foi, Bia? - dizia a Gabi sentando na última fileira de cadeiras.

- Não sei. - digo desanimada.

- Como assim? Mas você estudou muito.

- A verdade é que eu consegui fazer todas, da mesma forma da prova que tirei quatro. Então ou eu zerei ou minha nota foi ótima, não faço ideia. - digo ajeitando alguns fios rebeldes na minha trança raiz.

- Oi, meninas! Que bom que guardaram um lugar para eu me sentar! - diz o Carlos.

- Agora eu preciso ir, me desejem boa sorte. - dizia a Gabi indo jogar.

"... Fiquem todos em seus lugares porque o jogo irá começar agora!..."

   A diretora dizia mais uma vez em seu microfone. Aquele jogo era muito importante para o nosso colégio e, modéstia a parte, nosso time era um dos melhores. Sendo assim, todos ficavam super empolgados quando chegava a época dos jogos, ainda mais quando éramos o time da casa.

"... Absoluto versus Olimpo, quem irá ganhar? Que comecem os jogos!..."

- Oi, garota do hospital! - disse o Caíque se sentando ao meu lado - Oi, Carlos!

   Nesse mesmo momento, o Carlos o cumprimenta e ergue uma das sobrancelhas para mim.
   O que foi isso, Carlos?

- Você não vai ficar com sua namorada, não? - digo.

- Não, prefiro ficar com minha amiga.

- Eu?

   A gente era amigos?

- Sim, não somos? - e me espremeu em seus braços quase musculosos.

- O.k. Mas sem abraços, Caíque! - digo fingindo estar incomodada.

   Ele acaba rindo da situação.

   E de repente a multidão grita em comemoração. Alguém havia um ponto.

...Absoluto...Absoluto... Absoluto...

   Havíamos feito um ponto. E me juntei aos gritos dos alunos. É isso aí, Gabi! Mostra o quão boa você é!

                       |•|

   Quando estava na metade do segundo tempo, o time do Olimpo estava na frente por dois pontos. Mesmo que a gente não vencesse, nosso time jogava muito bem também.

- Senhorita Beatriz, por favor me acompanhe. - disse meu professor de Física.

- Depois nos vemos, gente! - disse para o Carlos e o Caíque.

O Som do CoraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora