Capítulo 79 - Um final não clichê em uma formatura.

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Nem todas as histórias acabam com um final feliz, na verdade, o conceito de final feliz é muito relativo pois o meu ver talvez não seja o mesmo de alguém ou o da pessoa que está lendo isso. Dizer é fácil, difícil é ver que no momento em que tu toma coragem de se declarar para alguém, esta beija outra. Mas assim como disse antes, tudo tem um propósito que somente depois percebemos.
Era hoje a noite da formatura. Eu e meus amigos estávamos tão empolgados para este evento que não nos continhamos, ficamos o dia inteiro checando os últimos detalhes para não nos esquecermos de nada.

- Bia, eu ainda acho que você deveria ir conversar com ele. - a Gabi diz.

- Gente, vamos mudar de assunto? Eu já aceitei que ele e a Alice estão junto de novo.

- Mas não estão! Ele gosta de você, cabeça dura! - o Carlos fala.

- Vocês dois estão me desanimando de ir para esta formatura!

- O.k. A gente não fala mais sobre isso. - ela diz.

-Agradeço muito.

E naquele momento estávamos no salão passando um esmalte diferente e arrumando o cabelo. Fazia um bom tempo que eu não ia ao salão, e sinceramente, tinha sentido falta disso. Era muito bom que cuidassem de você. E era melhor ainda saber que daqui a pouco iremos para o baile de formatura. Deus, como eu estava ansiosa. Colocar um vestido de gala, passar uma maquiagem elaborada... Tudo isso era muito bom.

- Você vai querer qual cor? - dizia a manicure.

- Cinza. - digo vendo as prateleiras com todas as cores.

Nossas mães estavam lá vendo nossa produção, e a mãe do Carlos também, que iria conosco. Elas conversavam e sorriam o tempo inteiro, era contagiante a alegria delas.
E quando nossa maquiagem, as unhas e o cabelo estava pronto, fomos colocar os trajes. Deus, era bem difícil colocar um vestido longo. E no momento em que terminamos de nos vestir, saímos do vestiário e nos olhamos. O Carlos usava um smoking preto com gravata borboleta prata de paetês. A Gabi usava um vestido azul marinho de acinha que, depois da cintura ficava - quase - rodado e ela tinha flores cor-de-rosa grudadas no vestido. Sorrimos e nos abraçamos, felizes com tudo aquilo.

- Vamos? - a mãe do Carlos dizia sorrindo.

|•|

Durante todo o trajeto agradeci mais uma vez por aquele momento, e dessa vez, ele não era um simples momento, muito pelo contrário, estávamos na limousine dos pais do Carlos, todos nós com trajes de gala indo à um baile. Então sim, os momentos luxuosos também podem ser especiais.
Quando o carro parou, o Absoluto estava iluminado com luzes coloridas que deixavam um ar de "algo muito importante está acontecendo aqui". Descemos e tomei muitíssimo cuidado para não virar a Beatriz do Azar novamente, já que estava com um vestido longo e salto alto.
E quando me dei conta, o Carlos estava à minha esquerda e a Gabi, ao meu lado direito. Nos olhamos e sorrimos. E naquele momento respiramos fundo, corrigimos a postura e sorrimos.

- Estão prontas para arrasar? - o Carlos diz com uma das sobrancelhas erguidas.

Sim, estávamos. Olhei novamente para o prédio do colégio e aquela era a última vez que estaríamos o três, o trio entrando pela aquelas portas enormes. Como eu era grata por ter amigos como aqueles dois.

- Sejam bem vindos! - diz uma professora na entrada.

Logo na entrada tinha um local para tirar fotos dos alunos.

- Venha só você primeiro. - diz o fotógrafo para eu.

Fui em direção e olhei mais uma vez para o meu vestido. Ele era maravilhoso e o meu pai tinha me dado de presente há alguns dias depois de voltar para o apartamento. Era preto com algumas rendas verde, meu cabelo estava liso mesmo, solto e repartido ao meio. Olhei para a câmera e sorri. E depois de os dois tirarem fotos sozinhos também, nos juntamos e sorrimos ao flash da máquina.

O Som do CoraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora