As crônicas de Maya - A saga do Império Izar - Parte I

Conclusão e retorno.

Após a Sétima Lâmina garantir a segurança do Senhor da Cidade, as coisas começaram a tomar algum rumo naquele dia.

Arkagim tinha conseguido desaparecer de alguma maneira das vistas dos soldados imperiais, deixando para trás um rastro de sangue e destruição.

A maioria dos distritos tinham passado pelo expurgo das Lâminas Imperiais e tinham sobrevivido sem grandes danos, além das bases inimigas atacadas, mas o mesmo não podia ser dito do Distrito comercial e industrial.

Em Mune as coisas tinham desandado quando turbas gigantescas de membros da Espada Negra tinham se juntado para saquear os mercados e restaurantes da cidade, por sorte as forças militares que tinham combatido os terroristas tinham conseguido reagir rápido e suprimir a pressão dos desordeiros.

Enquanto isso, o Distrito Industrial estava um caos, centenas de civis inocentes tinham perecido pelas presas dos Predadores da Noite. As criaturas tinham causado um estrago considerado contra os soldados no covil dos terroristas e se esgueiraram pelos esgotos da cidade onde grupos de soldados os caçaram.

Mas quando a noite chegou, as criaturas que sobreviveram a caçada dos soldados emergiram para as ruas de Fuujitora, ceifando no processo qualquer pessoa que aparecesse em seu caminho.

Já era tarde da noite quando as Lâminas Imperiais conseguiram enfim trazer paz para as ruas da cidade, mas a um pesado preço de um banho de sangue.

Centenas de civis estavam mortos e outras centenas estavam feridos. Dos milhares de soldados que entraram em ação nesse dia, mil seiscentos e cinquenta e dois estavam mortos. Metade deste número se encontravam incapacitados de entrar em ação.

Mas o maior choque em toda essa situação, ainda era o ataque ao castelo do Senhor da Cidade e o aleijamento do Sham Yau Lim.

Enquanto a noite seguia, centenas de soldados, muitos cansados e levemente feridos, percorriam as ruas de todos os distritos para garantir que mais nenhuma ameaça ao povo de Fuujitora surgisse. Naves flutuavam sobre a cidade, vigilantes silenciosos que escondiam as estrelas sobre elas das vistas das pessoas abaixo.

E em uma trilha rochosa não muito distante do distrito Uni, residência dos nobres da cidade, se encontravam os sobreviventes do ramo Zai'luo. Aproximadamente cinquenta indivíduos feridos e cansado, sujos e esgotados, nos limites de suas forças se arrastando para longe dos domínios Imperiais.

Bol Zai cambaleava a frente de seus companheiros, um quarto do número total que tinha vindo para a missão. Eles tinham tido muitas perdas, mas ao mesmo tempo, era possível dizer que eles tinham conquistado muitas coisas. O próprio Bol Zai sabia disto. Do conhecimento que arrecadou com essa experiência entre os inimigos, além de todos os itens que conseguiu enviar para seu ramo do Clã Zai.

- Podemos ter perdido essa batalha. – Bol Zai sussurrava de uma maneira que somente ele mesmo ouvia a própria voz. – Mas a partir de agora venceremos a guerra.

Juntos, eles se afastaram das terras de Fuujitora, sabendo do perigo que sofriam se fossem encontrados por qualquer soldado inimigo.

***

Após a batalha contra os terroristas, o tempo passou rapidamente e antes que os alunos da Academia Militar Imperial percebessem, um mês já tinha se passado e era hora de voltarem para a Academia no Monte Fuu.

Xi Zhang e Ryu Hon estavam de pé diante dos soldados remanescentes da unidade de Yga Wei, menos da metade deles tinham sobrevivido ao combate, homens e mulheres endurecidos pelo derramamento de sangue e pela perda dos companheiros.

O Tash Yga Wen estava à frente de seus soldados, encarando nos olhos os dois jovens na frente dele. Ele olhou por um momento para Xi Zhang, sexto filho do Patriarca da Família Zhang, tão parecido em personalidade com a irmã dele.

Depois ele olhou para Ryu Hon, filho do falecido Tash Reno Hon. Um jovem de coragem inquestionável com um coração puro. Yga Wen podia ver um grande futuro diante desses dois jovens, isso é, se eles conseguissem fazer as escolhas certas em suas vidas.

- Foi um prazer ter vocês em minha unidade. – Yga Wen falou aos dois enquanto lhes dava um sorriso sincero. – Xi Zhang, você tem talento como comandante e grande habilidade militar, pensa rápido e é decidido, mas as vezes também é impulsivo demais, isso pode custar a vida de muitos inocentes em determinados momentos.

- Eu entendo, Yga Wen. – Xi Zhang falou solenemente com uma voz respeitosa.

- Já você Ryu Hon, não deve deixar que o que aconteceu com a unidade de seu pai o marque para sempre. – Ele fez uma pausa e seus olhos se cravaram no jovem diante dele com pesar. – Você nunca poderá mudar o que houve, mas pode se esforçar para evitar que algo do tipo se repita, suas habilidades não estão tão distantes da de Xi Zhang, e isso é louvável levando em conta a diferença do ponto de partida entre vocês.

Xi Zhang e Ryu Hon trocaram um rápido olhar ao ouvirem as palavras do Tash, eles entendiam a mensagem que Yga Wen estava querendo passara para eles. Depois disso eles se despediram dos outros membros da unidade e seguiram para a pista de pouso onde a nave que os levaria de volta para a Academia os esperava.

Mal saíram do edifício e já tinham se encontrado com Tou Fuji, o pequeno nobre os cumprimentou e juntos seguiram em direção a pista de pouso, cada um carregando uma grande sacola de viajem nas costas.

As sacolas estavam muito maiores do que quando eles chegaram, já que com permissão de seus oficiais, eles estavam levando algumas de suas conquistas durante o serviço em Fuujitora.

As recompensas mais obvias que eles receberam foram as almashas de Xi Zhang e Ryu Hon e a alfings de Tou Fuji. Armas de tecnologia avança que os três tinham conquistado com as ações deles. Principalmente Xi Zhang que tinha revelado o sistema de informações de sua Família na cidade para poder enfrentar o grupo de Arkagim.

Quando estavam chegando na escada que levava para a pista de pouso, os três encontraram outros quatro alunos. Os primos Q'wem estavam esperando eles com as gêmeas da outra classe flanqueando Swam Q'wem. O pequenino plebeu era só sorrisos e risadinhas com as duas garotas, e seu primo Buco Q'wem olhava para tudo aquilo de cenho franzido.

- Alguém me explica como Swam Q'wem, de todos nós, foi aquele que conseguiu alguma intimidade com as garotas da classe C? – Xi Zhang perguntou descrente com o que via.

- A vida é estranha. – Tou Fuji comentou dando de ombros. – E passamos por dias mais estranhos ainda.

Os sete então subiram as escadas juntos. Swam Q'wem e as gêmeas iam a frente conversando alegremente, enquanto Xi Zhang e Ryu Hon iam logo atrás e em seguida Buco Q'wem e Tou Fuji fechavam o grupo.

Ao chegarem na pista de pouso, eles se depararam com os últimos três alunos da outra classe. Os jovens trocaram alguns acenos rápido de cabeça e se cumprimentaram enquanto esperavam a nave chegar.

Em algum momento alguém tinha começado a falar de suas experiências e logo despois todos estavam conversando sobre isso. Dizendo o que fizeram nos dias calmos, da participação deles no confronto aos terroristas e aos membros do Clã Exilado.

A conversa fluiu calmamente e minutos depois eles viram uma pequena nave vindo em direção a eles. A carona para a Academia tinha chegado e eles estavam finalmente dando adeus à Fuujitora e seus problemas.     

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Bem galera! Se vocês chegaram até aqui, então muito obrigado pela companhia de vocês. Esse capitulo, o de numero 31 do segundo arco, representa o final do Arco de Fuujitora. Ficarei um ou duas semanas ausente de As crônicas de Maya para poder deixar as coisas arrumadas para o retorno da historia no terceiro Arco, A Família Zhang. Espero que estejam gostando da historia até aqui e que estejam comigo no futuro enquanto acompanhamos o crescimento de Xi e seus amigos.
Obrigados a todos pela leitura, e não deixem de ler minhas outras obras.