Um brilho no inicio da noite

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Os dias foram se passando e um clima pesado foi se espalhando por Iseka, mesmo as pessoas comuns que trabalhavam na pequena cidade ou nos vilarejos demonstravam em certo nervosismos em suas ações costumeiras.

Ling Pan, inteligente e perceptiva do jeito que era não deixou de perceber que as coisas estavam cada vez mais estranhas desde que seu tio saiu com o exército para eliminar a horda de Predadores da Noite.

Ela estava sentada no jardim ao lado da mansão dos Pan onde sua unidade e a unidade de Wei Su treinavam rigorosamente. A jovens prata estava sentada em uma linda cadeira branca de metal com um belo tecido cheio de desenhos por cima para deixar a cadeira mais confortável.

Uma mesa do mesmo metal branco estava a seu lado e sobre sua superfície se encontravam quatro tubos que formavam o desenho de um retângulo. Juntos eles ativavam um holograma com o mapa da região, mais precisamente, de Iseka.

Ela observava atentamente o posicionamento das ruas na pequena cidade, das trilhas e da estrada que atravessava as fazendas até as duas vilas ou aos dois portões que davam acesso aquela terra fértil.

- O que você está fazendo? – Uma voz cansada perguntou se aproximando dela.

Ling Pan se virou para ver sua fiel confidente, Wei Su estava usando o colete pressuriza bem justo ao seu corpo avantajado e seu cabelo que normalmente ficava preso em uma longa trança estava solto e totalmente bagunçado, uma boa parte dele grudado no rosto da plebeia pelo suor que dele escorria.

- Fazendo algumas simulações. – Ling Pan respondeu se virando novamente para o holograma. – Venha ver.

A plebeia se aproximou e se posicionou um pouco atrás da Prata, dando um rápido olhar no mapa holográfico.

- A maior parte do exército de Iseka partiu com meu tio para combater os Predadores, mas ainda temos alguns soldados aqui, afinal, não podemos deixar um local tão importante desguarnecido. – A Prata moveu sua mão indicando com a ponta dos dedos os dois portões de acesso a Iseka. – Há pelo menos cem soldados com um pouco de artilharia nos portões, para impedir a aproximação de Predadores da Noite ou de bandidos como os Clãs Exilados.

Ela não parou por ali, mostrou para Wei Su que pelo menos uns duzentos soldados estavam espalhados pela cidade pequena e pelos dois vilarejos para manter a ordem, alguns tendo que patrulhar os perímetros das fazendas nas terras férteis.

- Além disso tem mais uns cem soldados aqui na propriedade, além de nossos cem das unidades de recrutas que trouxemos do Vale. – Ela então apontou para um determinado edifico perto do centro da pequena cidade. – Aqui tem uma força especial que nem mesmo eu sei quantos são.

- O que é esse edifício? – Wei Su perguntou com curiosidade.

- Esse é o...

Ling Pan começou a falar, mas de repente ela parou, congelando em meio ao ato.

Wei Su ao seu lado estranhou seu comportamento e quando tirou os olhos do holograma para observar a bela Prata ao seu lado, ela percebeu que Ling Pan olhava com intensidade para um determinado ponto do jardim.

A plebeia se virou e olhou para onde a nobre estava olhando. Ela então viu o Aush Hong Pan caminhando ao lado de um velho que a plebeia tinha uma leve impressão de se tratar de um Conselheiro. Atrás deles seguiam quatro guardas usando armaduras blindadas com espadas na cintura, se eram da'mashas ou almashas a jovem não sabia.

Se virando para a bela Prata que era conhecida na Academia por seu temperamento frio e distante, a robusta plebeia não pôde deixar de perguntar com a voz banhada em curiosidade.

As crônicas de Maya - A saga do Império Izar - Parte IOnde histórias criam vida. Descubra agora