Invasão

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Caos, simples e puro, era o que dominava as pessoas em Iseka naquela noite.

Ling Pan e Wei Su lideraram suas unidades em direção ao edifício principal dos Pan na propriedade, mas antes de chegarem até lá, elas viram uma pequena unidade de soldados correndo em direção aos portões da propriedade.

O oficial que liderava aquela pequena unidade estacou ao ver as duas unidades de recrutas, ou melhor dizendo, congelou ao ver Ling Pan, uma herdeira da linhagem principal dos Pratas.

- Senhorita, volte para a mansão, por favor. – O oficial se pronunciou, deixando que sua unidade passasse direto por ele.

Pelas roupas do homem e pelo tamanho de sua unidade a bela Ling Pan o reconheceu como sendo uma Tash. Ela deu um rápido olhar para o rosto do homem dentro do elmo antes de perguntar seriamente.

- Senhor, o que está acontecendo?

O Tash deu um estranho olhar para ela antes de desviar a atenção para as duas gigantescas sombras no céu noturno. Ling Pan percebeu que uma das naves começava a descer em direção a propriedade enquanto a outra flutuava sobre a pequena cidade de Iseka.

- O que vocês estão fazendo aí? – Uma voz soou cortando a noite e fazendo com que Ling Pan e o Tash se virassem em direção a grande mansão dos Pan.

Lá eles viram Hong Pan com sua guarda de honra e o velho Conselheiro que olhava com os olhos esbugalhados para as duas naves no céu.

- Esqueça o portão, Tash! – Ele falou se dirigindo ao oficial ao lado de Ling Pan. – Com nossa quantidade de soldados nós não podemos mantê-lo, vamos criar uma defesa dentro da mansão.

- Mas eles acabaram de acertar a mansão com seus canhões. – O oficial questionou consternado.

- Eles só estavam querendo quebrar a barreira, veja, eles pararam de atirar e estão descendo, provavelmente vão lançar um grupo de soldados armados sobre nós. Se apressem!

O Tash lançou um olhar um pouco perdido para o portão da propriedade antes de mandar seus homens voltarem para a propriedade. Ling Pan e Wei Su os seguiram.

- O que está acontecendo, Primo? – Ling Pan perguntou a Hong Pan.

Ele não desviou os olhos da nave que se aproximava da propriedade enquanto respondia.

- Alguns minutos atrás começamos a sofrer interferência em nossas comunicações, provavelmente esses invasores tinham pessoas infiltradas na cidade para atacar o coração da barreira de Iseka, por isso suas naves entraram tão facilmente.

- E os portões? – Ling Pan perguntou em seguida, preocupada.

- Não sabemos, com a interferência nas comunicações nós estamos cegos para tudo que acontece longe daqui.

Ling Pan mordeu o lábio inferior, pensando consternada no que estava acontecendo ali.

De repente um clarão atravessou a noite e um som trovejante soou quando um disparo de canhão de enerjom acertou uma das naves inimigas. Mais especificamente aquela que estava sobrevoado a pequena cidade de Iseka. Todos viram a nave deslizar um pouco para o lado após ser acertada e pedaços de sua blindagem caindo sobre a cidade, causando mais caos.

- Aquela direção... é a artilharia dos portões. – Hong Pan falou um pouco mais animado.

Com isso eles pelo menos tinham uma pequena ideia de que os portões de Iseka ainda estavam seguros, mas por quanto tempo isso duraria?

As três unidades chegaram até a mansão e sobre as ordens do Aush Hong Pan eles foram se posicionando de uma maneira que pudessem defender o lugar.

As crônicas de Maya - A saga do Império Izar - Parte IOnde histórias criam vida. Descubra agora