As crônicas de Maya - A saga do Império Izar - Parte I

Presos na Torre

Dardos e pequenas rajadas de enerjom derrubaram os Exilados que tentavam descer as escadas em perseguição aos soldados imperiais, mas não importava quantos eram mortos, sempre havia mais para tomar o lugar daqueles que caiam.

Um guerreiro Exilado conseguiu atravessar a barragem de dardos e enerjom, ele balançou sua Jax enquanto avançava e foi recebido com a ponta de uma lança na barriga. O soldado que o matou começou a recuar quando outros dois Exilados conseguiram descer as escadas. Um morreu com um dardo no peito a poucos passos do soldado, mas o segundo conseguiu golpear com sua pesada arma, esmagando o elmo do soldado e arrebentando sua cabeça no processo.

Ling Pam deu um rugido, se soltando das mãos de Wei Su e golpeando com sua almashas, a lâmina banhada em enerjom abriu um corte sangrento no peito do Exilado antes de ser erguida para desvia uma lança de um outro guerreiro Exilado que conseguiu descer as escadas.

Mais soldados imperiais se lançaram contra os poucos Exilados que conseguiam chegar ao pátio por aquela escada, eles massacraram os invasores até que um soldado despencou no chão com uma flecha enterrada na perna.

- Eles têm arqueiros na muralha. – Um soldado gritou apontando para cima.

Ling Pam olhou na direção que o homem apontava e viu um grupo de arqueiros se reunindo sobre a muralha, muitas flechas estavam sendo apontada na direção do grupo dela e ela começou a se amaldiçoar por ter perdido o controle de suas emoções e não ter recuado antes.

Foi então que um clarão acertou o topo da muralha, sacudindo tudo e engolindo o grupo de arqueiros Exilados. Um segundo estrondo soou e Ling Pam olhou para o lado para ver um dos Deuses da Guerra cambaleando para trás com um grande buraco no peito de onde chamas de enerjom brotavam.

O Deus da Guerra perdeu o equilíbrio na plataforma e despencou pela rampa atrás dele, mas ele tinha conseguido o tempo que Ling Pam precisava quando disparou contra os Exilados sobre a muralha.

- Recuem, organizem a formação atrás das barricadas.

Seguindo suas ordens os soldados começaram a recuar lentamente, sob a cobertura dos atiradores da unidade de Feng Dol. Um novo estrondo soou quando o segundo Deus da Guerra disparou com sua arma, mas seu alvo não foram os Exilados sobre a muralha, e sim os inimigos do outro lado dela.

A jovem Tash esperava que eles tivessem conseguido acertar o Deus da Guerra inimigo, mas isso não importava realmente para ela no momento. Ela se posicionou atrás das barricadas enquanto os poucos atirados que ainda possuíam munição despejavam seus dardos e rajadas de enerjom sobre os Exilados que conseguiam descer em números cada vez maiores para o pátio.

Não demorou muito para que voltassem ao combate corpo a corpo, sendo forçados a recuar passo a passo em direção a torre. O chão sacudiu desequilibrando todos e Ling Pam viu que o Deus da Guerra restante tinha saltado da plataforma, caindo entre os Exilados que tinham invadido o pátio. Ele esmagou alguns e depois girou sua lança, acertando outros que foram jogados pelos ares com seus corpos quebrados.

Pequenas explosões de enerjom cobriram o corpo do Deus da Guerra quando os Exilados começaram a usar suas bombas. Ling Pam arquejou quando viu aquilo, se lembrando do desastre no Vale do Mar de Pedras. Mais estrondos foram ouvidos, mas dessa vez vindo do outro lado da muralha, provavelmente os Exilados estavam tentando derrubar os portões de aço da muralha da Torre de Ikako.

Os soldados estavam quase na entrada da torre, seu número reduzido a pelo menos uma centena de homens e mulheres ensanguentados e feridos que estavam cobrando caro por cada passo que eram forçados a dar enquanto recuavam.