Conforme a grande nave de guerra deslizava pelo ar em direção ao campo de batalha, o labirinto do Mar de Pedra se estendia abaixo dela e sobre ela começava a se formar escuras nuvens tempestuosas que faziam com que a noite que já tinha começado ficasse mais escura ainda. Não demoraria para que a chuva começasse a cair.
O homem de máscara branca observava a tudo isso de seu trono na sala de comando da nave. De momentos em momentos seus subordinados informavam o progresso das outras duas naves que eles tinham enviados para pontos diferentes do Mar de Pedra.
- Meu senhor. - Um homem velho diante de uma tela holográfica se virou para o homem de máscara branca. - Já temos contato visual.
O homem de máscara branca deu um aceno de cabeça desinteressado e focou sua atenção em uma grande tela holográfica que se formou no centro da sala.
Lá surgiu a base montada por seus homens que tinham se entrincheirado para deter o avanço do exército inimigo. O homem de máscara branca estreitou os olhos sob a máscara ao ver o estado das coisas.
A base tinha sido fortemente bombardeada e sua primeira linha defensiva tinha sofrido severos danos. Os escudos de enerjom tinham sido feitos em pedaços e muitas vidas pareciam ter sido perdidas na defesa do local.
Olhando em volta, ele viu um bom número de Deuses da Guerra e Máquinas da Guerra inimigos que tinham sido a causa da queda das defesas, mas algumas carcaças em pedaços indicavam que seu exército não tinha sofrido sem fazer os Pan pagarem o preço.
- O que faremos, meu senhor? - Um oficial parado ao lado do homem de máscara branca perguntou seriamente.
Ele estava olhando para a base deles que estava sendo invadida por duas unidades de centenas de soldados inimigos por dois lados diferentes.
- Ignorem os soldados na base. - Sua voz saiu fria enquanto ele dava suas ordens. - Foquem todos nossos canhões nos andadores inimigos e destruam seus escudos. Quando acabarmos com eles, aí vamos eliminar os soldados a pé.
- E os Deuses e as Máquinas? - O oficial questionou em seguida.
- Mande as vespas.
O oficial assentiu e repassou as ordens. A sombra escura da nave começou a se mover em direção ao campo de batalha no exato momento em que as primeiras gotas da chuva começaram a cair. Do lado de fora da nave os trovões começaram a soar.
Em questão de segundos tinha se formado uma grossa cortina cinzenta que dificultava a visão de todos. Aquilo agradou um pouco o homem de máscara branca, afinal, ele sabia onde estavam os inimigos, mas eles não faziam a mínima ideia da aproximação dele.
Ling Pan observava satisfeita e empolgada o desenrolar da batalha. Já fazia um pouco de tempo que a artilharia deles tinha conseguido destruir as defesas inimigas e agora as duas unidades que a Sham tinha enviado para os caminhos entre as ondas tinham começado a invasão a base inimiga.
- Parece que não há muito deles defendendo a base. – O Gou'Sham falou enquanto eles recebiam os relatórios dos oficiais na linha de frente.
- Eles devem ter focado seus números nos flancos, principalmente em nosso Flanco Esquerdo. – Leilei Pan comentou seriamente, ela então se virou para um dos soldados presentes e perguntou sobre o estado do exército sob o comando do Senhor de Iseka.
- Senhora, o ultimo relatoria informava que eles tinham assumido uma posição circular defensiva e que estavam fazendo o máximo para resistir a investida inimiga que os tinham cercado.
Leilei Pan fez uma carranca ao escutar aquilo e Ling Pan deixou um suspiro escapar. Apesar de toda a empolgação pelo sucesso ali naquele campo de batalha, e no do Flanco Direito também, ela estava bem alarmada com todos os problemas que vinham acontecendo no Flanco Esquerdo. Com tudo isso, ela temia pela vida de seu tio.
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As crônicas de Maya - A saga do Império Izar - Parte I
Science FictionO mundo de Maya sofreu uma grande calamidade que quase o destruiu. Civilizações inteiras foram destruídas e as que sobreviveram estavam fraturadas. 600 anos após a grande catástrofe, Maya volta a ser povoada por vários reinos e impérios onde sábios...