LIVRO 3* Ariella (Reciprocidade)✔

#CAPÍTULO 63#

Ariella Young

Seguro o celular nervosa e sem pensar encerro a chamada do Felipe na sua frente colocando o aparelho sobre a mesa. A preocupação por querer saber o motivo da ligação me afeta. Felipe não me liga tarde da noite se não for alguma coisa importante que seja do meu interesse, ainda mais quando eu contei sobre as fotos que o Arthur me mostrou por parecer comigo. Isso despertou o interesse maior nele por querer descobrir mais sobre aquela mulher. Meu Deus! Espero que ele não retorne a ligação, mas por eu ter encerrado... Provavelmente, não retornará.
Nossa amizade sempre foi verdadeira. Tivemos  um relacionamento na França que mesmo não durando tanto, todo carinho e respeito que tivemos e temos um pelo o outro é devido a essa amizade que continua entre nós. Não posso simplesmente exclui-lo da minha vida. O Felipe nunca me fez mal, muito pelo contrário, me fez e continua me fazendo bem, sempre está disposto a me ajudar mesmo quando não é do seu interesse e acredito muito que a depender da forma que acaba uma relação é possível haver uma amizade entre homem e mulher, sim. Suspiro.
- Por que não atendeu? - sua voz se eleva.
- Por que atenderia? Para criar outra briga desnecessária? - retruco, intrigada.
- Desnecessária? Acha que isso é desnecessário? É essa a sua resposta? Mesmo contra a minha vontade, você vai continuar com essa aproximação?
- Para! Não é nada disso, eu não sei o motivo da ligação dele e essa não é minha resposta. - tento explicar.
Estralo os dedos nervosa.
- Você quer me deixa louco, Ariella. Puta que pariu! Estou com muita raiva.- Oliver passa a mão nos cabelos se retirando da cozinha. Vou atrás dele, rapidamente.
- Me escuta! Eu sei que errei por ter dado tanto abertura...
- Eu não vou aceitar isso e não vou ficar me humilhando, Ariella. É com ele e que você quer ficar? Dane-se!- Oliver se estressa, andando de um lado para o outro.
- Para com isso. - o repreendo.
- Será que você não enxerga que entre vocês não existe amizade? A forma como ele te olha, como a deseja... Porra! Isso é perceptível para qualquer pessoa, Ariella.
- Se eu pedisse para você se afastar da Apolline, você faria? - grito, vendo um sorriso frio se estender dos teus lábios.
- É sério que está me fazendo essa pergunta? - Oliver se aproxima de mim, enfurecido.
- Sim, estou.
- Apolline esta grávida da minha filha, e eu não transei com ela desdo dia que me reencontrei com você na porra daquela festa do Lucky na França. Não compare minha situação com a sua, porque é muito diferente.- Ele grita de volta, enciumado.
- Olha para mim. - suplico, segurando seu rosto com as duas mãos. Suas costas batem contra a parede assim que o empurro com leveza para prensa-lo contra o meu corpo.
- Eu errei e te pedi perdão por machuca-lo da forma que machuquei, mas ainda assim você não consegue me perdoar. A minha resposta para tudo isso é que eu fui egoísta sim... Não pensei em você, nos seus sentimentos ou no que aconteceria em seguida depois do sexo que fiz com ele, apenas fiz. Só que quero que entenda uma coisa, por favor...
Apenas escute... Eu não quero afastar uma pessoa que nunca me fez mal, porém sei o quanto isso vem interferindo na nossa relação, então vou mudar meu comportamento com o Felipe, okay? O que sinto por ele, é amizade independente do que aconteceu. É amizade e nada a mais.
Eu não quero te deixar chateado, triste por um ato meu. Me desculpa. Não quero perder você.- sussurro, com os olhos marejados.
Oliver encosta a cabeça na parede, inclinando-a a para cima com os olhos fechados. Minhas mãos ainda seguram seu rosto. Sei que está tentando se acalmar já que a ligação do Felipe o deixou enfurecido.
- Não quero que se afaste dele, mas também queria entende-se que você não estava tendo respeito nenhum por mim.
- Quero te perguntar uma coisa muito séria e quero que seja sincero sobre isso, porque essa pergunta me atormenta as vezes e...
- Pergunte. - Oliver me interrompe.
- O que você quer comigo? - as lágrimas escorrem pela minha bochecha, e afasto as mãos do seu rosto.
- O quê? Que pergunta é essa? - ele franze a testa, confuso.
- Nos conhecemos a quase dez anos e nunca falamos sobre esse assunto. Estamos sempre nessa situação de ficar, ficar e ficar, porém eu não sei sobre a sua expectativa de vida... Se pretende casar, ter filhos comigo e... Se quer de fato ser o meu marido. Tenho sonhos grandiosos ao seu lado, mas você nunca me deu oportunidade de conta-los e... me sinto triste por  não saber se você  me vê como sua futura esposa ou se eu sou apenas uma pessoa de momento. Eu queria muito te dá um filho, e você não tem noção do quanto eu fiquei triste ao descobrir que Apolline realizaria isso primeiro. mas... - enterro o meu rosto com as duas mãos, chorando. Oliver segura as minhas mãos tirando-as do meu rosto para me olhar diretamente. As lágrimas ainda escorrem copiosamente.
- Não tenho dúvidas do que eu quero, Ariella. Você é a mulher da minha vida e eu quero me casar, ter filhos e viver ao seu lado até o último dia que estiver nessa terra. Não quero que fique se sentindo como se fosse apenas mais uma, você não é qualquer mulher.- seu dedo encosta no meu queixo contornando-o com delicadeza. Oliver me puxa para um abraço me agarrando com força. Seus braços me envolvem retraindo os muscular e sinto a curva dos bíceps, a grossura dos seus braços em volta do meu corpo.
- Me desculpa por fazê-la ter essa dúvida. - Ele murmura no meu ouvido, assim que enterro a cabeça em seu ombro. Fecho os olhos com um sorriso fraco. É assim que queira está, ao lado dele para sempre. Não me vejo com mais ninguém há não ser ele. Oliver me cativou aos poucos quando entrei na sua vida desda época que entrei na sua empresa como secretária.
- Aceita ser minha namorada? - Oliver pergunta, com um sorriso extenso. Afasto minha cabec do seu ombro e o encaro sorrindo. Seus dedos passam pelas minhas bochechas para enxugar as lágrimas, e o vejo tirar algo do seu bolso. Uma caixinha vermelha de veludo. Arregalo os olhos, impressionada. Meu Deus! Vamos finalmente oficializar o nosso relacionamento mesmo?
Fico de boquiaberta.
- Oliver, eu particularmente estou muito, muito surpresa. - Confesso, tampando a boca com as duas mãos.
- Nunca fiz isso na minha vida, mas eu não quero que tenha essa dúvida. Você é minha, só minha... E eu quero fazer um pedido oficial mesmo não sendo romântico como gostaria de ser para você. Ariella, acei... - Não o deixo terminar de fazer o pedido. Junto as nossas bocas o pegando desprevenido. O beijo com força o puxando para mim. Oliver me carrega em seu colo e anda comigo pela pequena sala.
- Eu vou adorar ser sua namorada. - sussurro entre o beijo vendo um sorriso de canto brotar dos seus lábios. Oliver tira algumas mechas do meu cabelo que persistem cair sobre o meu rosto e senta no sofá comigo em seu colo.
- Não vou demorar para pedi-la em casamento.- ele fala me fazendo rir. Oliver tira o anel da caixa pequena e segura minha mão direita para pôr a aliança de ouro. Estremeço com o seu toque. O observo colocar o anel no meu dedo devagar, depositando o beijo na minha mão demoradamente. Me permito concentrar somente neste momento. Preciso esquecer tudo o que nos aconteceu e viver isso aqui... Essa noite. É especial para nós. Respiro e expiro ligeiramente para manter a calma, não posso mentir que estou super tranquila, porque não estou.
- Pertencemos um ao outro, Walker. Para sempre. - sussurro novamente, olhando em seus olhos com um sorriso largo. Oliver me beija com doçura, segurando na minha cintura.
- Sei que não é o um casamento ainda, mas vou adorar ter uma noite de núpcias agora. - Ele confessa, sorrindo lindamente.
- Ainda sou virgem, meu lorde. - eu disse, no tom de brincadeira.
Deitamos no sofá devagar ficando por cima, e passo a mão pelo seu tórax.
- Não se preocupe, senhorita, farei com carinho.- sua voz sooa rouca e sexy ao mesmo tempo. Estremeço. Oliver me vira rapidamente no sofá me deixando por baixo, e passa a mão pela minha barriga, passando pelos seios até chegar ao meu pescoço carinhosamente.