48 Chris se preocupa coma reação de Max

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Tinha algo acontecendo de muito estranho e preocupante. Bia estava ansiosa e inquieta durante todo o domingo, aliás, desde que voltou das compras com Ravenn. Estava no sofá quando ela surgiu com dois sanduíche e suco de laranja.

— Me conte o que está te deixando tão aflita? — A encarei sentada ao meu lado.

Ela suspirou.

— Preocupada com a Ravenn! — Ela me olhou e sorriu. — Você vai ser titio, sabia? — Ela sorriu abertamente e depois murchou — Mas estou preocupada com a forma que seu irmão vai reagir. A Ravenn achou que não podia engravidar mais.

Meu prato quase foi ao chão, estremeci da cabeça aos pés. Desviei o olhar para a TV, por sorte não tinha mordido o meu sanduiche, porque engasguei com a própria saliva, tendo um acesso de tosse.

— Meu Deus, homem, o filho não é seu, não precisa se desesperar. — Ela bate nas minhas costas parecendo assustada. — Chris, fala comigo? — Ela me chama nervosa. — Minha nossa, se você que não é o pai ta assim, imagine o Max? — A voz dela treme como se fosse chorar.

Me levantei colocando os braços para cima, tomei o suco de sua mão e o tomei de uma vez.

— Max vai surtar... Ou vai entrar em choque. — Disse ainda me sentindo engasgado. —Não consigo ver Max com um filho no colo. Não mesmo!

Ela gemeu baixinho e fez um resmungo de desgosto

— Espero que esteja errado! — Bia levantou e começou a andar de um lado para outro. — Chris, isso é tão maravilhoso, você não fazem idéia do quanto a Ravenn sofreu quando o medico disse que ela não poderia ser mãe, e sinceramente, não lembro de ter mencionado na época que ela teria 15% de chance de engravidar e mesmo assim, o que são 15% quase nada. Eu sei que a situação é critica, mas não consigo ver isso como uma coisa ruim, nem para Ravenn nem para o Max. Por que se o Max não quiser essa criança, tenho certeza que ela vai amá-lo muito, e claro sempre terá a mim, eu já o amo. — Bia nem parou para respirar enquanto falava sem parar e girava pela sala me deixando tonto.

— Eu conheço o meu irmão. — Segurei em seu braço e lhe dei um beijo. — Volto logo. Vou até o apartamento dele ver se já chegou e como estão as coisas. Me espere aqui.

— Tudo bem! — Ela disse baixinho e me deixou ir.

Saí a passos largos e desci a escada, não iria esperar pelo elevador, iria demorar demais e precisava queimar a ansiedade que batia no meu peito.

Ao sair no andar do apartamento do meu irmão, o som estava alto indicando o quanto ele deveria estar muito puto. AC/DC Back in Black era a canção tocada, a Guitarra acoplada no som era mais alto que a voz do cantor.

Coloquei a mão na maçaneta e abri a porta, descobrindo que ela estava destravada, meu irmão estava apenas de calça de moletom e com a guitarra em mãos tocando no ritmo na música, ele me olhou sério sem deixar de tocar, andou até mim parando a minha frente, mantendo o ritmo dos dedos.

— Eu sou um velho babaca, idiota que não sabe lidar com uma merda de sentimento. —Soltou ele parando de tocar, ofegante.

— Já estou sabendo que vai ser pai?

Max riu chateado, Hells Bells entrou, Max me deu as costas tirando e a colocando no sofá com cuidado, baixou o som e se voltou para mim.

— Pelo jeito todos souberam antes de mim.

— Não é bem assim... Eu acabei de pressionar Bia para me contar o que estava acontecendo... E onde está Ravenn? — Olhei pelos quartos e me voltei a ele.

— Foi embora... — ele disse ainda chateado. — Fugiu porque não sabe lidar com a minha reação.

— E qual foi a sua reação?

— Eu entrei em choque, aceitei... — Ele deu de ombros. — O que vou fazer? Já está aí... — Ele se jogou no sofá. — Cara! Eu me sinto um completo idiota, canalha... Me sinto frustrado que nem comecei a namorar e já vou ser pai! — Ele me encarou. — Eu não sei o que estou sentindo... De verdade, me sinto sufocado. Me sinto maravilhado... E me sinto apavorado se eu não amar a Ravenn como ela diz que me ama.

— Você ama a Ravenn ... — me sentei a sua frente. — Você só não aprendeu a lidar com esse sentimento que está conhecendo agora. E vai saber o que realmente é amar quando seu filho nascer.

Max puxou os cabelos bufando e os soltou me encarando.

— Preciso de um porre.

— Não precisa.

— Preciso!

Ele se levantou indo até o móvel da pequena estante, puxou o Uísque, coisa que ele detestava tomar, abriu e virou na boca e tomou até não suportar mais a queimação que o liquido âmbar lhe causou, fazendo-o tossir e ter ânsia.

— Já deu! — Tirei a garrafa de suas mãos e o fiz se sentar ainda tossindo.

— Ela foi embora. — Max me olhou com os olhos cheios D'água. Só não sabia se era de tristeza ou pelo liquido que queimou sua garganta, me deu uma vontade de rir na hora.

— É só para se acalmar, Max. — Segurei a sua nuca e o trouxe para mim, encostando sua testa na minha. — Ela não vai embora assim.

— Ela me deixou, Chris... Ela levou meu filho embora. — Ele desabou a chorar.

Abracei Meu irmão e ri.

— Já ligou para ela?

— Liguei... Ela desligou na minha cara.

Meu irmão fazia beicinho.

— Para, pelo amor de Deus! — Caí na gargalhada tapando o rosto. — Isso não combina com você, Max!

— Vá a merda, Christian! — ele tacou a almofada em mim. — Se não pode me ajudar, então não atrapalhe. Pare de rir.

—Vai pedir ela em casamento? — Eu tentava não rir. Mas era hilário demais.

— Não! Não!... — ele puxou a guitarra.

Dedilhando Thunderstruck. Cruzei os braços a sua frente e esperei que ele se acabasse no acorde.

— Não é questão para casamento agora, no desespero, vai soar que eu estou assumindo ela por causa da criança... E eu não estou seguro. Não estou, mas a quero. Consegue entender?

— Consigo... Vocês dois vão dar um jeito e se acertarem.

— É! — Ele sorriu de lado e voltou a tocar. Aproveitei e peguei o contra baixo e passei a tocar com ele até cansarmos.

 Aproveitei e peguei o contra baixo e passei a tocar com ele até cansarmos

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