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O barulho estridente do despertador me sufocava e eu não pensei duas vezes em atiça-lo na parede

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O barulho estridente do despertador me sufocava e eu não pensei duas vezes em atiça-lo na parede. Me levantei e segui para o banheiro pra escovar os dentes e bastou sentir a escova em contato com a minha língua para despertar o meu estômago e vomitar o que eu ainda nem tinha colocado pra dentro.

— Que maravilha! Essa agora vai ser a minha rotina!

Terminei a minha higiene pessoal matinal e me preparei para sair. Acabei tomando um táxi para o trabalho, já que estava me sentindo um pouco tonta.

Parei numa padaria, situada em frente ao prédio, compre dois capuccinos, croissants de queijo e pãezinhos de batata. Segui direto para a sala de Maxwell, que estava de cabeça baixa.

— Bom dia, Sr Dalton! — o provoquei — Está com fome?

Max levantou a cabeça ao ouvir minha voz, boca aberta e de olheiras.

— Na verdade, não estou. — Ele se levantou saindo de trás da mesa. — Como você está? Menos brava comigo? — Ele pegou as coisas que estavam em minhas mãos e as colocou sobre a mesa.

—Não estava brava, Max! Como eu disse, precisava de um tempo para mim. Eu trouxe o nosso café.

— Obrigado. — Sorriu ele pegando em minha mão. — Sente-se... Vamos tomar esse café e conversar.

Dei de ombros e me sentei a sua frente, apanhando um copo com o capuccino.

— Dormiu bem?

— Não dormi... Fiquei na guitarra até as 4h da manhã. — ele apanhou o café e levou a boca.— Minha proposta está de pé.

— Não sabia que tocava guitarra! —desconversei.

Ele deu de ombros parecendo tímido.

— Eu quase não tenho tempo para praticar... Na verdade eu e Chris já tivemos uma banda de garagem... Ele é o baixista e eu o guitarrista, cada um cantava, menos o baterista... Ele era péssimo.

— Devia ser bacana!— tomei um gole do capuccino, me deliciando com o aroma de café e canela.— Estou me desacostumando a dormir sozinha! Passei a noite, virando na cama.

— Dormiu só porque quis! — Ele recostou na cadeira cruzando os braços. — Ravenn... Concorda comigo que não dá para ficarmos afastados um do outro agora que teremos um bebê, uma vida para cuidar?

— Por que não? Então, temos que dividir uma casa e uma vida, só porque vamos ter um filho? Sabe, Max, eu não quero casar com você, tanto quanto você não quer se casar comigo. Estamos tão bem assim.

— Não vamos nos casar! — Ele deu de ombros. — Vamos viver juntos... Vamos fazer como Meu irmão e a Bia... Vamos tentar... Se não rolar, a gente se separa e cuidamos do nosso filho.

— Se não rolar a gente se separa?!—repeti suas palavras— Não estamos falando de uma transação comercial, Maxwell! É as nossas vidas.

— Caramba, Ravenn! — Max ficou nervoso de repente. — Eu estou tentando ter uma conversa, e você já vem com duas pedras nas mãos. O que você quer que eu diga?

— Que está tudo bem e que vamos continuar como estamos, cada um no seu canto.

Apanhei um pão de batata e mordi, meu estômago estava grudando nas costas.

— É? Assim que quer as coisas? — ele fez um bico passando a mão na barba. —Tá bom! Não farei mais o convite.

— Max, eu só estou com cinco semanas de gestação. Nós temos oito meses pra pensar nisso! —me levantei e fui sentar no seu colo— Não fica bravo comigo, Amor!—toquei seu queixo e ergui o seu rosto, beijando suavemente a sua boca— Eu só quero preservar a sua liberdade, o seu espaço!

— Está bem... — ele suspirou longamente encostando a testa no meu ombro, me apertando nos braços. — Tudo bem!

— Sentiu a minha falta na cama?—ergui novamente o seu rosto e lhe dei um beijo quente.

— Eu nem fui para a cama. — ele me olhou bocejando. — Eu dormiria agora se pudesse.

— Por que não vai pra casa? Você passou o fim de semana trabalhando! — voltei a beija-lo intenso, puxando seus cabelos da nuca.

— Tenho reunião as 11 horas... E eu precisava te ver.

Juntei a minha testa a sua e o beijei mais uma vez.

— Eu estava morta de saudades.

— Então fuja comigo depois da reunião? — ele me olhou com os olhos miúdos.

— Sempre! —sorri travessa.

— Eu te mando uma mensagem avisando quando estiver saindo da reunião. — Ele juntou as mãos em meu rosto e me beijou guloso. —Agora precisa comer.

—Estou comendo!— eu sorri, acarinhando aquele rosto que eu amava tocar.

Max sorriu satisfeito e também passou a comer.

Max sorriu satisfeito e também passou a comer

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COMO AGARRAR UM CAFAJESTE (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora