Depois que Ravenn saiu do escritório voltei a minha sala apanhei minhas coisas pessoais enfiei em uma caixa com calma e levei para o meu carro. De lá fui para um pub, me joguei numa cadeira e aproveitei a tarde beliscando uns amendoins, bebendo e me sentindo o pior ser humano que já existia.
— O que aconteceu? — Clinton parou ao meu lado.
O olhei sobre o ombro, estava com a cadeira virada para a grande vidraça.
— Mulher... Esse é o problema! — Torci a boca.
— Maxwell... Você e seus enrosco. — Ele colocou mais um copo de Gim-tônica na mesa apanhando o copo vazio. — Melhor ir para casa, vai ficar bêbado deste jeito.
Suspirei longamente e deixei que fosse embora, queria ficar sozinho.
Definitivamente eu não servia para me casar ou ter uma família, isso não era para mim, eu vivia magoando e era magoado. Talvez não fosse bom nem ir para o meu apartamento. Devia pegar um vôo pra qualquer lugar do mundo e sumir.
Depois de tomar aquela doze, peguei meu carro e fui para o apartamento. Estava escurecendo quando adentrei. Ravenn estava sentada no sofá, cabeça baixa. Fechei a porta com um baque para ver se ela olhava para mim.
— Veio buscar suas coisas? — Perguntei tacando o paletó na cadeira da sala de jantar e fui até a geladeira para apanhar uma cerveja.
— Vim! — ela respondeu de modo limitado, estava sentada encarando um dos muito porta —retratos com fotos nossa — Me dá uma sem álcool! Tem na porta.
Voltei à geladeira, apanhei a latinha e a entreguei me jogando no sofá ao lado dela, apanhei a porta retrato e olhei.
— Para onde vai?
— Pro meu velho kitnet! Eu continuei pagando o aluguel. Acabei não tirando nada de lá! —ela abriu a latinha e deu um gole — Sabe que com o tempo você se acostuma com isso aqui. Talvez, eu não volte a beber.
— Faz bem... Não deve voltar... Agora você será mãe! — A olhei. — Vou dar o fora desta cidade! Não se preocupe, vou mandar o dinheiro da pensão... Sei que não vai querer ver a minha cara... Quanto mais longe melhor, não é?
— Max, o papel de vítima não te cai bem! Então, você manda o dinheiro da pensão e não vê o seu filho crescer. É isso o que você quer? Ou só está inventando uma desculpa para fugir de vez do compromisso que você não queria?
— Você vai me perdoar? — A encarei. — Não! Você não vai! Eu verei meu filho. Não se preocupe quanto a isso!— Suspirei longamente. — Definitivamente... Amar não é para mim, porque todas as vezes que eu gosto de alguém e me abro. Levo um monte é na bunda. Podia ter mentido, podia deixar Susan falar o que quisesse, era a minha palavra contra a dela... Mas quando tento ser honesto... É no que dá.
— Você vai mesmo se fazer de vítima? Será possível que você é covarde até consigo mesmo, Max?! Está com medo de quê? De viver? Então, você admite que fez merda e tá tudo certo. Ah, Maxwell, por favor!
— Fiz merda! Contei... pedi desculpa. disse que te amo... mas parece que isso não valeu de nada. Você não me deu chance alguma de tentar ser um cara melhor, de reconhecer meu erro... Você já tomou a sua decisão. — Apontei para a Mala. — Estou errado?
—Não! Não está! —ela baixou a cabeça— Eu não sei se eu quero mesmo ir. Estou a mais de uma hora sentada encarando essa mala e esperando você entrar por aquela porta! Sabia que Vicente Viana me ofereceu uma suntuosa soma para me afastar de você e da Bia? Ele criou uma fantasia romântica de que vocês são casais e eu estou seduzindo você e a afastando dela.
Abri a boca completamente surpreso.
— Você não aceitou isso, não é? De quanto foi?
Ela tirou o cheque do bolso e me estendeu.
—Isso é surreal, não é?
— Uauuuuu... — Apanhei o chegue de sua mão. — Isso é... Indecente! O que pretende fazer com esse montante?
— É! Eu acho que ele é insano! — ela riu— Por que alguém pagaria tanto só pra ver outra pessoa pelas costas? Eu não pretendo fazer nada! Só queria mostrar a Bia, mas agora acho que isso só vai magoá-la.
— Fim de semana é o jantar de noivado dos dois... Se ficar, podemos pregar uma peça no sogro. — Sorri malicioso, passei o braço pelos seus ombros e a puxei para mim. — Fique e vamos tentar ser uma família.
— Não dá, Max! — ela se afastou — Eu não confio mais em você! Eu te amo, mas eu preciso de um tempo!
— Você não quer ou quer um tempo para pensar? — Torci a cabeça para analisar seu semblante.
Meu corpo tremeu pela possibilidade de perder Ravenn.
— Preciso colocar a minha cabeça no lugar e tentar entender o que houve. Você tá com o cheiro da Suzan, Max e eu só consigo pensar que você tocou naquela mulher!
— Eu vou estar no noivado do meu irmão... Espero até este dia para decidir o que quer fazer... Não vou contar aos meus pais que estamos separados no momento... — Fiz um bico desgostoso. — Só quero que saiba que eu te amo. Quero ser alguém melhor para vocês dois.
— Até mais, Max! — ela sorriu e levantou apanhando a sua mala — Te vejo no noivado da Bia!
— Espero que sim! — Me levantei e a segui até a porta. —Fica?
— Hoje não, Max!— ela tocou o meu rosto— A gente se vê!
— Quer que eu te leve? — Segurei seu cotovelo.
— Você vai acabar me convencendo a subir! — ela riu — Melhor não!
Suspirei e me inclinei para lhe dar um beijo, Ravenn desviou e o beijo acabou pegando em seu rosto.
— Me ligue quando chegar em seu apartamento, só quero saber que chegou bem!
— Tchau Max!
—Tchau... — Fiquei na porta, mãos nos bolsos olhando Ravenn ir até a porta do elevador.
Meu coração estava doendo, pela primeira vez me sentia arrasado com o que tinha feito. Aquele cheiro estava me deixando com mais raiva ainda.
Assim que ela entrou no elevador, corri para o notebook, pesquisei floriculturas mais próximas do apartamento de Ravenn, liguei e fiz pedido para uma dúzia de rosas vermelhas com um balão de coração com os dizeres "I Love You". Pedi para que deixassem na porta do seu apartamento.
Tinha certeza que ela iria entender o meu recado.
Depois de desligar fui para o banho, eu queria tirar aquele cheiro de mim.
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COMO AGARRAR UM CAFAJESTE (COMPLETO)
RomanceMaxwell Dalton é o mais novo entre os 5 irmão, inteligente e galanteador aproveita a vida como ele acha que merece. Seu irmão Christian Dalton é seu braço direito na empresa, mas completamente diferente sobre o assunto AMOR. Max, como gosta de ser c...