COMO AGARRAR UM CAFAJESTE (COMPLETO)

74.1

Bia deu Sophia para Chris e passou a brincar com Maureen que ria enquanto ela mordia seus braços.

— Que gostosa da dinda. Que saudades! — Bia olhou para Ravenn — Eu sinto que logo você vai engravidar de novo.

Notei uma piscadela de olhos de Ravenn para Bia e ela deu de ombros.

— O que foi, Amor?

— O que estão escondendo? Posso saber? — Sorri malicioso.

— Você é chato em! Tudo tem que girar torno de você? — Bia revira os olhos e coloco a mão na cintura.

Encarei minha cunhada.

— Cara! Onde foi mesmo que te conheci? — Fiz cara de paisagem.

— Sonso! — Bia riu.

— Sempre!— Mostrei os meus dentes num sorriso cínico.

— Não sei como Ravenn e Maureen te aguenta! — Chris ria, se tornou habito eu e Bia implicarmos um com o outro, e por fim construímos uma amizade Muito forte e bonita. Ainda mais do que eu pensei que seria.

—Sabia que vocês parecem duas crianças? Meu Deus, quanta implicância!

— Mas lá no fundo, bem no fundo mesmo, nos amamos! — Bia sorriu e piscou para mim.

—Lá no fundo, bem no fundo?— Ravenn riu—Como posso amar tanto dois chatos?

— Bom, ele eu não sei, mas é muito fácil me amar, eu sou uma fofa! — A Ravenn revirou os olhos.

Ravenn gargalhou, encarando a amiga.

— Como estão os seus pais, Bia?

— Estão bem, você acredita, que agora eles cismaram que a Sophia tem idade para passar o fim de semana com eles. — Bia olhou para Ravenn com os olhos arregalados. — Eu não estou preparada para isso!

— Beatriz são seus pais! Tenho certeza que mais do que ninguém, Dona Poliana sabe trocar fraldas e dar uma mamadeira. A Maureen já passou muitos fins de semana com os avós e olha que coisa, ela tá viva!

— Ela só tem um ano! — Eu comecei a ri do desespero dela e ela me olhou feio. — Que foi, babaca! A conversa não chegou no puteiro não se mete. Ravenn, eduque seu marido. — Bia acabou rindo.

— Se a Melinda não conseguiu, você acha que eu vou?

— Acho que não, Max é um caso perdido! — Bia riu e Ravenn a acompanhou, eu vivo com uma Judas.

— Olha a carinha de mau-humor dele!—Ravenn discretamente beliscou a minha bunda— É um caso perdido! Mas é o meu caso perdido.

Logo toda a família se juntou, me levantei para apanhar um pouco do Uísque que meu pai havia me oferecido há poucos minutos.

Parei debruçado ao balcão do mini bar, com o meu copo de uísque na mão, olhando aquela algazarra de vozes.

Meus pais estavam felizes, os pais de Ravenn estavam entrosados em nossa família, eles não se sentiam mais um peixe fora D'água.

Mas o melhor de tudo era ver Christian feliz, com sua família estruturada e com sua filha no colo. Sentia falta da companhia dele, sentia falta das brincadeiras e brigas que tínhamos diariamente quando morávamos juntos. Mas cada um precisava seguir seu caminho e eu precisava me acalmar, achar meu porto seguro e estruturar a minha própria família.

Chris depois de um tempo veio até o bar, parou ao meu lado, Ravenn me olhou sorrindo e voltou a sua conversa.

— Então? Como esta a vida de casado? — Chris apanhou meu copo e deu um gole.

— A mesma de papai. Trabalhando, e vendo a fatura do cartão de crédito aumentar. — Rimos.

— Não é diferente para mim.

— Porque fomos ter filhas em vez de filhos... Seria tudo tão mais simples... uma calça, uma camiseta e estava tudo certo... Mas é lacinho, fitas, vestidos, sapatinhos! — Fiz um bico. — Porque mulheres precisam de tantas coisas?

— Justamente para sempre estarem lindas para nós.

— Eu prefiro pelada, na cama me esperando.

— Max!?—Chris me deu um soco no braço.

— Não estou mentindo... ou você liga pra quanto custou a camisola de ceda?— O encarei.

— Não... Na verdade você tem razão.

— Viu!? — apontei pra ele com o copo na mão. — Não interessa o preço, eu quero o que tá cobrindo.

Meu irmão gargalhou.

— Você não tem jeito, Maxwell!

Então era desta forma que se agarrava um cafajeste, Você dá o doce, depois o tira e deixa com água na boca para querer mais e mais. Sempre ousando, sempre inovando. Dando a ele o poder de que está no comando, mas é apenas uma ilusão, pois Ravenn sempre terá a mim em suas mãos.