♣ VII - No, Please! ♣

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Boa Leitura!

“Sou teu pecado venenoso em uma taça de desejo esperando os teus dedos e teus lábios encontrar.”Elvis Danilo

     Minha vontade de encarar tal jantar era mínima, o motivo todos sabem qual,   mas como dizer isso à senhora Jeon? Tia Eunji, prefiro ficar no quarto do que no mesmo cômodo que seu filho. Não, não é medo do alfa e sim vergonha. Absolutamente vergonha de ter que encarar seus olhos e ter a certeza de que minhas bochechas vão ficar coradas, minhas mãos irão suar e as pernas bambearem pelo simples fato ter amado o maldito beijo. Jungkook não tinha esse direito, poderia ter me empurrado, ou me ajudado a levantar.

     Porém nem toda a culpa é dele, eu também não deveria ter subido na escada sabendo de minha total falta de coordenação motora. Posso ter uma opinião forte e minhas convicções, mas se me sinto estranho perto de alguém me torno vulnerável. Acontece que me senti assim apenas uma vez, mas todo encanto sumiu no dia em que troquei um beijo e o cara queria ir mais além. Jeon não, ele foi diferente... Um diferente bom até, me respeitou ao subir suas mãos e literalmente não forçou nada apesar de me pegar de surpresa. Talvez seja por estar em outra faixa de idade, mas Jungkook parece ser um alfa que entende a noção do respeito.

     – Jiminnie!? – Ouvi tia Eunji me chamar enquanto batia levemente na porta.

     – Pode entrar, senhora Jeon. – Ajeitei minha postura sobre a cama e tirei amora do meu colo, era ela quem estava ouvindo meu desabafo. – Precisa de algo?

     – Vim trazer o terno que lhe falei. – A mais velha colocou as roupas protegidas por um plástico sobre a cama. – Acho que vai servir, Taehyung é um pouco mais alto, mas vocês têm quase o mesmo físico. – Ela finalmente me encarou. – Está com uma expressão triste, aconteceu algo?

     – Não. Só um pouco de dor de cabeça, não dormi direito durante a noite. – Inventei a desculpa mais coerente para aquele momento. – Tia, eu não posso simplesmente ficar trancado no quarto?

     – Preciso de sua ajuda para vigiar Jungkook. – Ela disse aquilo mais animada que o normal.

     Ótimo! Estou correndo da serpente e o destino me chuta para o meio do ninho.

     – Está bem. Vou me arrumar. – A mulher sorriu acariciando minhas bochechas.

     – Pode começar a se arrumar então, em uma hora os convidados vão começar a aparecer. – Ela se levantou me dando mais espaço dentro do quarto. – Antes de descer eu passo novamente aqui para ver se serviu.

     Assim que fiquei sozinho me vi literalmente ferrado, sem lugar para fugir já que realmente estava armando outra chuva forte. Segui até o banheiro e me banhei na água morna, depois me arrumei ali mesmo e ela tinha razão o terno ficou perfeitamente ajustado em meu corpo apesar da calça ter ficado um pouco apertada. Escovei os dentes e ajeitei melhor o cabelo antes de voltar para o quarto, onde estavam os sapatos que ela também havia trago.

    Minutos depois tia Eunji apareceu como havia prometido, bastou apenas ajeitar melhor a gravata em meu corpo e só então a acompanhei até o primeiro andar. Era um jantar para sócios da empresa de seu marido, fui apresentado a quase todos os convidados como um afilhado dela, como dizem por aí senhora Jeon se considera minha madrinha, uma segunda mãe. Por sorte Jungkook só apareceu quando o jantar foi servido, diante do olhar enigmático daquele alfa me sentia quase o prato principal daquele jantar.

     Durante o jantar agradeci imensamente pelas aulas de etiqueta que minha mãe me deu durante a infância, pois graças a elas me portei perfeitamente na frente de tantos convidados importantes. Ao final fiquei acompanhando a família Jeon até o último deles ir embora, só queria um banho relaxante e me deitar para dar fim as inúmeras dores pelo corpo. A mais velha pediu licença antes de se recolher junto ao marido, já eu me sentei um pouco na sala observando o relógio marcar duas da manhã, sentindo o corpo tremer a cada trovoada.

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