♣ XV - Detention ♣

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Boa Leitura! ❤

"É impossível exprimir a perturbação que o ciúme causa a um coração em que o amor ainda se não tenha declarado."Maria La Fayette

     Depois do fim de semana mais normal do mundo voltei à rotina agradável de meu colégio, fazendo as contas para a quantidade de semanas que ainda faltam. Eu amo estudar, mas odeia as pessoas que frequentam meu colégio, pelo simples fato de tratarem bolsistas ou pessoas que eles julgam ser fora dos padrões como lixo. Seres humanos que vivem do dinheiro de pai e mãe e se acham no direito de ditar regras imbecis sobre superioridade, se ao menos tivessem uma prova do que de fato é a humanidade saberiam perfeitamente quem são os verdadeiros lixos.

     Acordei bem cedo por conta de minha mãe, ela deveria chegar na editora na primeira hora da manhã por conta dos trabalhos de lançamento de um livro importante, eu como filho devo comparecer a festa de lançamento no fim de semana para acompanhá-la e prestigiar o status do primeiro livro editado por ela. Minha mãe estará lá, ao lado do autor, recebendo as honrarias por ter feito um bom trabalho na escolha de gráficos e fontes, capas bem produzidas, tudo ficou definitivamente maravilhoso.

     – Você vai ficar bem, querido? – Minha mãe perguntou preocupada sabendo que irei esperar ao menos meia hora para os portões abrirem. – Poderia ter vindo de táxi.

     – Eu vou ficar bem, mamãe. – Garanti tirando meu cinto e me aproximando para beijar sua bochecha. – Não se preocupe. Bom trabalho.

     – Boa aula, meu amor. – Ela disse assim que saí do carro.

     Segui até uma pequena praça que fica em frente ao colégio, deixei meus materiais sobre a mesa e comecei a mexer em meu celular na esperança das horas passarem mais rápido, cheguei a me assustar quando uma garota se sentou em minha frente, ao menos não tinha cara de que faz bullying com os outros. Nem se quer puxou assunto comigo, acredito que escolheu tal mesa em meio às muitas naquele local por se sentir segura. Mas sua presença estava me incomodando, não de uma forma ruim devo confessar, era um incômodo diferente e foi isso que me fez guardar o celular para puxar assunto como sempre fiz onde morava.

     – Bom dia. – Ela se assustou me encarando segundos depois.

     – B-Bom dia! – Sua voz saiu em um tom quase inaudível, como se não quisesse manter a conversa, ou estivesse envergonhada. – Me desculpe por incomodar você, só me sentei aqui porque alguns garotos costumam mexer comigo antes de entrarem no colégio.

     – Não me incomodou. – Sorri abertamente recebendo o mesmo gesto como resposta. – Eu me chamo Park Jimin, e você?

     – Choi Ahra. – De fato o status ômega faz ela se sentir ainda mais acuada, no entanto ela pareceu perceber que também porto o mesmo status, por isso começou a se soltar.

     – Sabe dizer o motivo pelo qual eles pegam no seu pé? – Perguntei me interessando por aquela conversa.

     – Não é óbvio? – A tonalidade de sua voz se entristeceu um pouco mais. – Alguém fora de todos os padrões e ainda por cima ômega.

     – Que padrões? – Chega a ser pecado uma pessoa que se parece um anjo se achar feia. – Acha que eles são juízes da razão para rotular alguém?

     – Podem até não serem juízes da razão, mas são eles que ditam regras no colégio. – A hipocrisia é pior do que imaginei. – Por isso não tenho amigo algum.

     – Você tem um agora. – Lhe estendi uma das mãos e lancei meu melhor sorriso. – Amigos?

     – Vai mesmo querer ser meu amigo? Não se importa com o que eles irão pensar? – Neguei segurando suas mãos com cuidados.

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