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Boa Leitura!

“Identificar nossas limitações é o primeiro passo para superá-las!”Augusto Branco

JUNGKOOK P.O.V'S

     Dezenas de exames, perdi as contas de quantos fiz e por quantos médicos passei. Estou há um mês em um hospital sem ter certeza de quando poderei ir para casa. Jimin está entrando no sexto mês de gestação, podemos dizer que a reta final e sua barriga já está bem aparente. Ainda existem madrugadas que me pergunto o que perdi enquanto estiva desacordado, me culpo por tê-lo feito passar por tudo isso e chego a conclusão de que não mereço o apoio que venho recebendo dele.

     Queria ser eu a cuidar de Jimin, mas esse papel tem sido cumprido por minha sogra e meus pais desde que passei a me preocupar em recuperar o movimento das pernas. Sim, não será necessária uma cirurgia, o coágulo está desaparecendo aos poucos, mas preciso ter paciência e esperar pelo momento certo de fazer uma fisioterapia. As coisas estão evoluindo bem nesse quesito, apesar de já sentir sensibilidade em meus membros inferiores é impossível sair caminhando sem uma ajuda, o que me torna temporariamente dependente de todos à minha volta.

      No entanto, depois de outra bateria de exames descobri que finalmente poderei ir para a casa. Bom, vou precisar voltar ao hospital duas vezes por semana, mas apenas o fato de poder dormir em minha cama já me anima. Só encontramos um problema, minha adorável mãe. Senhora Jeon quer me convencer de todas as formas de que será bem melhor passar esse período de recuperação em casa, porém, Jimin e eu decidimos ir para nosso apartamento. Sim, nosso. Passou a ser dele no momento em que o pedi em casamento.

     Aliás, já temos data marcada. Não importam as condições, vamos dizer o sim definitivo dois meses após o nascimento da nossa princesa. Se fosse olhar nossa vontade nos casaríamos apenas no cartório, assinar papéis e uma foto simbólica. Porém, minha mãe e minha sogra não abriram mão de uma comemoração por esse motivo tivemos que adiar. Ainda ouço Jimin resmungar durante o sono o quanto as mais velhas estão o estressando, confesso que chega a ser engraçado ouvi-lo dizer palavra ácidas sobre minha mãe, talvez coisas que ele não diria pessoalmente. Sei que tudo não passa de hormônios descontrolados da gestação, fase gostosa de acompanhar.

     Por essa razão estamos deitados na maca, a espera da liberação definitiva do meu médico para finalmente podermos ir para nosso apartamento. Minha mãe continua contrariada com essa decisão, no entanto, acabou aceitando o fato de que já sou maior de idade e apenas quero meu espaço ao lado da minha família. Sim, tantos acontecimentos nos fizeram até adiar coisas importantes como montar o quartinho da nossa pequena. Sei que estou temporariamente impossibilitado de fazer algumas coisas, mas com força de vontade acredito que consiga fazer algo especial.

     – Sabe o que eu daria tudo para ter agora? – Jimin murmurou enquanto fazia alguns desenhos imaginários sobre meu abdômen coberto pela camisa.

     – Um milhão de euros na conta bancária? – Brinquei sabendo que para meu Jimin esse tipo de coisa não é tão importante.

     – Um pote de sorvete de chocolate com calda de framboesa. – Achei um pouco estranho, não é uma mistura comum, mas também não é algo exótico. – Acha que podemos fazer uma parada no mercado para comprar?

     – Se eu desviar um centímetro da rota senhora Jeon manda me sequestrarem, babe. – Brinquei pegando meu celular sobre o aparador ao lado da maca. – Liga para Taehyung, peça ele para comprar e levar até o apartamento, depois eu lhe dou o dinheiro.

     – Não precisa, quando eu puder vou até o mercado. – Jimin arrumou a postura antes de me observar. – Está tudo bem, isso não é importante. Nós vamos para casa, isso sim importa.

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