Tin viu o típico Can esquentadinho que conhecia, entrar no seu banheiro e sorriu divertido. Ele estava com vergonha, era claro, mas o jeito que reagia a isso era tão fofo...
— Tin, você está nos dedos dessa criança...
Resmungou balançando a cabeça, mas sorrindo por dentro. Sabia que de novo estava meio que forçando a barra, mas era o mínimo que Can lhe devia após ter abdicado da sua cama por ele e dormido no sofá pequeno do canto... Mas ver que Can estava na sua cama já tinha valido a pena.
— Essa será a primeira de muitas, Cantaloupe, de muitas.
Disse para a porta sabendo que o outro não ia ouvir, mas querendo que suas palavras chegassem até ele mesmo assim.
As empregadas entraram em seguida e arrumaram o quarto enquanto ele se perdia em pensamentos.
Já tinha ficado com garotas, já tinha cruzado a linha algumas vezes, mas com Can tudo era novo e ele queria ir com cuidado para não perder nenhuma oportunidade ao mesmo tempo em que não arriscasse machucar o menor. Can era arisco, e ainda ia continuar em negação, era óbvio. Seria uma briga até conseguir ter a aquisição total dele, mas Tin não desistiria, cogitou sim, antes da noite passada, mas agora, vendo o quanto de prazer lhe perfurava os sentidos vê-lo adormecido na sua cama...
Agora não ia desistir jamais.
Can era seu e de mais ninguém!
— Terminamos, jovem mestre.
— Se certifiquem que o café da manhã esteja na piscina. Devo descer em meia hora.
Tin acenou para que elas saíssem, afinal já era mais de meio dia, mas seus bons ouvidos sabiam que todos já tinham saído e só ele e Can ficariam ali até o anoitecer. Poderia se dar ao luxo de descer Can usando só seus pijamas, nenhum empregado ousaria erguer os olhos.
Quando ele finalmente saiu do banheiro enxugando o cabelo com um bico desgostoso nos lábios totalmente mordíveis, Tin se lembrou do único quase beijo descente que conseguiu roubar do esportista na única vez que ele veio em sua casa.
Mas agora seus beijos seriam todos decentes, ele faria questão.
— Vem aqui, Can.
Disse baixo e viu o leve estremecimento do outro ao seu tom firme. Não disse mais nada, contudo esperou ele obedecer. Sabia que no fim ele faria, sabia porque Can já lhe conhecia o suficiente para saber que se não obedecesse ia ser pior depois.
— Quando vai parar de ser mandão!?
Ele resmungou, mas veio mesmo assim – Como Tin sabia que ele faria – e parou a sua frente arrumando a gola da camiseta que escolheu para o menor, nele, ela ficava larga, quase no meio das coxas enquanto o short do pijama também ficava grande demais. Mas aos seus olhos só o deixava ainda mais fofo.
A gola caindo em um dos ombros era estranhamente sexy para si também. Tin quis rolar os olhos com o pensamento idiota.
Can detestava ser comparado a alguém fofo, contudo quanto mais marrento ele se tornava, mais ficava fofo aos seus olhos. E secretamente Tin amou vê-lo em suas roupas. Aconteceria novamente se seus planos saíssem como planejava.
— Cantaloupe...
— Para de me chamar assim!
— Mas é o seu nome.
Tin sorriu provocador, ele cruzou os braços e bateu o pé!
— Me dê roupas decentes, eu tenho que ir embora! Como posso sair daqui de pijamas? - Então ele olhou ao redor e viu o óbvio, a cama estava arrumada, com o conjunto todo trocado e arregalou os olhos – Alguém entrou aqui enquanto eu...?
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Meu seme engomadinho
FanfictionTin sabia que desistir, por mais que quisesse depois daquele dia, não era opção. Ele amava Can e lutaria por ele, por mais complicado que fosse. Aquele garoto do programa Tailandês era seu! Seu pequeno e inocente Cantaloupe.