Cruz, espada e divino

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Boa tarde amores do meu coração, esse capítulo é importante, leiam com atenção <3
Boa leitura <3



— Como se sente?

Ela falava com ele em inglês, Can respondeu em italiano porque sabia ser mais confortável para ela, enquanto pegava a xícara de chá forte:

— Melhor, acho que mais calmo, na verdade – E ele se sentia mesmo. Não aconteceu o pior, ele estava fora de casa em uma missão importante e acabava de aprender que precisava e muito melhorar seu detector de caráter. Se deixasse a traição dela lhe parar, ou diminuir, ou controlar, então ela tinha vencido. Nunca ia deixar uma mulher do mal como aquela vencer – O que fizeram com ela?

— Não vai querer saber, Can.

— Vou sim, acredite, eu tenho estômago.

Disse firme para a M1. Aliás por que elas se chamavam assim?

— A OIM, a ordem das irmãs Mio, tem o dever de proteger os mais fracos e você é um pet, não deve saber o fim que monstros levam em nossos calabouços.

— Ela nunca mais vai sair para poder fazer maldade né?

— Nunca, tem minha palavra.

— Mas ela vai ficar sabe... Bem?

— Vai, não tiramos vidas aqui, embora muitos mereçam.

— Preciso ligar para o meu dono. Vocês... Não ligaram para o guardião na minha coleira né?

Ela sorriu e negou com a cabeça.

M1 não carregava as bainhas ou estojos de armas como as outras que se lembrava vagamente, mas ela tinha um terço de metal ao redor da cintura e ele era estranho, tinha quase certeza que aquilo era alguma arma não catalogada.

— Posso perguntar por que não ligaram?

— Que utilidade um guardião tem em nossos domínios? Ele só protege pets e muito mal por sinal, você é o décimo esse ano que tiramos de monstros revestido de família tradicional dentro das leis. E acredite, nenhum deles querem ligar para os donos, você é o primeiro. Como diria nossa Antiga Madre e guia espiritual, a OMMP que nos foi deixada, não é a ordem que existe nesse mundo mais, são uns tolos burocráticos que deixaram crescer dentro de si mesmo outro devorador de almas.

— O mercado negro.

Can resmungou e ela deitou um pouco a cabeça:

— Não parece um pet, senhor Can.

— Acredite, eu sou um, gostaria de viver tranquilo e sem toda essa dor de cabeça? Sem dúvida, mas parece que esse não é meu destino.

— Deus designa a cada mortal uma tarefa de vida, se ele já lhe revelou a sua, não a ignore, abrace-a.

— Eu a abracei – E Can se ergueu da prancha de abdominal do canto daquele salão e a olhou curioso com o chá todo consumido, mas a xícara vazia em mãos – Posso fazer uma pergunta?

— Já fez a quarta.

Ela disse educada, mas assentiu. Can gostou dela.

— Bem, er... Porque seu nome é M1?

— Quando aceitamos a tarefa da ordem em nossos corações e decidimos dedicar nossa vida na proteção do papa pelas sombras e de todos os necessitados até onde podemos alcançar, recebemos uma consoante e um número. A letra M vem de nossa santa e o número, se refere a nossa ocupação dentro da ordem, não há um líder supremo entre nós, cada uma responde por um aspecto de acordo com seu número. Sempre somos treze freiras aqui no Vaticano, treze na Itália, e treze nas vizinhanças. As de fora vivem em conventos aleatórios, disfarçadas, suas madres sabem que elas servem a sua santidade e por isso não as limita em mobilidade. Quando uma de nós morre, outra é convocada para assumir o lugar de acordo com seus talentos e sua vocação. Vamos de M1 á M13, fora do Vaticano é M1 Itália, M1 leste, M1 sul, M1 Oeste, mas não conseguimos sair da Europa ainda, infelizmente. Eu sou a M1 do Vaticano, quando temos nossas reuniões trimestrais, é assim que nós reportamos umas as outras.

Meu seme engomadinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora