Sinal, sqn

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— Nenhum sinal? Nada, absolutamente nada?

Tin disse chocado, como poucas vezes ficou em sua vida.

Ele não era de perder a calma, além disso sabia que existiam muitos pontos cegos ali, devido a muitos fatores não só climáticos como de interesse comercial, porém pensou que em algum ponto aberto dos muitos e muitos hectares de terra que Can comprou além da cabana, houvesse algum sinal.

Só que não havia.

Nenhum mísero sinal.

Ele deixou infinitos trabalhos inacabados e três ordens por fazer para trás. Estava em cinco ações simultâneas – Tinha que aproveitar todos os olhos longe de si - Com suas diversas equipes, uma delas com um planejamento estratégico de primeira isca para pescar alguns dos cabeças do lado negro da OMMP e tudo, tudo estava dependendo dele, de suas ordens, suas ideias, finalizações e planejamento e Can fez com que eles sumissem do mapa para um ponto para além do isolado do planeta Terra.

Sabia que ele tinha feito com suas melhores intenções e estava sossegado de primeiro momento em que só viu o lado fofo e de bom coração que seu melão planejou para o seu bem-estar, até acordar um dia depois, procurar sinal do celular e nada.

Então, para não o deixar triste, ele disse que ia dar uma volta para ver a nova propriedade e começou a procurar sinal como um insano assim que saiu do alcance da visão da cabana rodeada por uma floresta de Tundra e que com duas horas a leste levava a um mar bravio.

Foi então que se deu conta.

Estavam completamente isolados há uma distância de duas semanas de caminhada para a cidade mais próxima. Um bimotor estava programado para vir trazer suprimentos para eles mês que vem e como Can lhe disse aquela manhã, assim que acordaram depois de lhe dar uma bronca astronômica sobre exagerar com trabalho, que eles iam morar um "tempinho" ali até sua "saúde" voltar a cem por cento.

Tin se sentia ótimo e queria matar o médico que disse algo contrário aos seus maridos, mas agora era tarde demais e sabia bem.

Não havia sinal e sem ele, alguém com menos probabilidade mental de julgamento fino psicotécnico poderia fazer algo idiota e ferrar tudo.

O líder não fugia da zona de guerra, o líder afundava com o navio, não que algum navio em que estivesse afundaria porque seu intelecto jamais permitiria tal erro inexperiente, contudo, todavia, porém, entretanto ele estava ali, isolado, sem sinal de telefone, nem contato para ativar algum satélite ou algo do gênero. Ele estava ali e o resto do mundo que tinha que gerenciar, fora do seu alcance.

— Eu te amo, raposinha, mas eu quero tanto te esganar nesse exato momento!

Reclamou ao vento e logo o som desapareceu com o barulho das ondas violentas no paredão de rocha sólida nortenha.

— TIN! Que Porra TIN! Precisa ficar fora quatro putas horas só para olhar ao redor?

Tin fechou os olhos sabendo que não estava em um bom humor naquele exato momento para lidar com o Ae. Droga, ele tinha que encontrar sinal, ele tinha....

— Chega!

O beliscão que ganhou no braço nem doeu direito, mas serviu para irritá-lo mais. Ae...

— Tin! Estou falando com você!

— Volta para casa, Ae, não é um bom momento.

— Nunca é, não é mesmo!?

E Tin foi puxado e logo estava cara a cara com o touro bravo que na verdade... Estava rindo?

HEIN?

Meu seme engomadinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora