Tin sorriu cobrindo com o lençol fresco o corpo do Can, agora sem camiseta enquanto ele dormia em sono pesado depois de um almoço farto.
O almoço deles chegou em quinze minutos que eles chegaram e depois de almoçarem conversando coisas aleatórias, eles voltaram para o quarto com Ae ficando atento para seu aviso, talvez ele tivesse uma reunião com a rainha ainda naquele dia.
Eles não tinham tempo a perder, cada hora contava.
Tinha dado trabalho organizar aquela viagem para todos os quatro. A mãe do Pete não foi problema, mas os pais de Ae sim. Ele resolveu, mas isso deu certa dor de cabeça, depois foi sua sogra. Tinha que tirá-la de casa por segurança afinal não queria contar só com os dois guarda costas que colocou para proteger ela e Lay em segredo.
Ainda ficava em fúria cega ao ouvir a mensagem que seu pai lhe deixou no seu celular. Ou se separava do garoto pobre, ou ele ia desaparecer junto da família. Ainda se seguiu não só o endereço como o local de trabalho da mãe de Can e da escola da Lay. A voz do seu pai trasbordava vitória adiantada.
Ele teve de pensar rápido, tirar as duas de casa e fazer os guarda costas tornarem o lar do seu namorado um local seguro de invasão. Então teve se investigar seu pai mais do que pretendia e ainda assim sabia que suas ameaças não seriam suficientes, ele precisava de poder, um poder para levar seu pai a falência com um estalar de dedos. Dinheiro era a única linguagem que ele conhecia. Ameaças fracas não surtiriam efeito nele, seu pai... Era um homem perverso.
Se vender seu cérebro para Margot faria Can e sua família mais seguros e ele ganharia poder ilimitado para combater fogo com fogo, então ele faria aquilo. Não podia tirar sua sogra, Lay e Can de Bangkok, se pudesse tudo seria mais simples, mas aquela cidade era o lar deles, então teria que tirar seu pai, teria de se tornar mais poderoso que ele, aquilo estava acima de dinheiro, era influência e poder de sim ou não.
Ter um guardião de olho em Can também era uma ótima vantagem.
Beijou o rosto de Can e se ergueu da cama.
Faria tudo por ele, absolutamente tudo.
Então olhou para o relógio e sorriu até que divertido. A verdade era que Margot tinha um bom olho como ele e Can... Até que se enquadrava no aspecto dos protegidos daquele reino. Não como Pete, nunca como ele, mas se mexesse alguns pauzinhos...
Can amava dormir, comer, era fofo quando queria, educado se não o irritassem...
Ia funcionar.
Saiu do quarto e viu Ae de braços cruzados diante da porta fechada do quarto dele e de Pete.
— Eu vou com você, isso é sobre mim e Pete também, eu quero ouvir a conversa de vocês.
Tin sorriu de canto, não esperava aquilo dele, mas a atitude que ele tomava seria um ponto a mais para ele. Embora aquele programa tailandês jamais desconfiasse disso. Somente os quartos privativos não tinham câmeras, tudo naquele lugar era monitorado. Ae acabava de provavelmente receber um ponto significativo.
Aquele domo só parecia um museu antigo, mas era mais protegido que o Louvre.
— Não me diga depois que saiu com enxaqueca.
— Eu posso lidar com qualquer coisa.
— Veremos.
Tin foi na frente saindo da ala azul e indo para a esquerda onde sabia que levaria ao jardim externo. Mas o caminho... Passava pelo pátio de treino e ele esperava que houvesse treino naquela tarde.
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Meu seme engomadinho
FanficTin sabia que desistir, por mais que quisesse depois daquele dia, não era opção. Ele amava Can e lutaria por ele, por mais complicado que fosse. Aquele garoto do programa Tailandês era seu! Seu pequeno e inocente Cantaloupe.