Gente, esse capítulo é em primeira pessoa ok, a mudança de ótica é proposital, espero que gostem! E é extra, claro hehe
Boa leitura <3
Eu olhei o oceano me sentindo tão fria quanto aquele mar congelante.
Quem eu era de verdade? O que estava fazendo da minha vida, o que eu deveria fazer?
Havia sentimentos em mim o suficiente agora para sentir remorso?
Até meus dezessete anos eu era uma garota comum, estudava, me divertia com minhas amigas, paquerava e amava assistir romances.
Então meu irmão se apaixonou pelo 'bad boy" lindo da Universidade dele e tudo desandou. Em alguns meses saí da minha vida comum para entrar em uma corrida desesperada pela vida, então morar em uma floresta e em seguida para um internato em outro país do outro lado do mundo. Sem amigos, sozinha porque eu tinha que estudar.
Eu tinha que continuar.
Mas ninguém perguntou para mim se eu queria.
Eu já não era mais eu, eu era apenas uma sombra de quem fui e lembranças do que vivi.
Outra língua, outra cultura... Sozinha.
Minha mãe se adaptou à nova realidade, mas não eu. E quando ela me perguntava se estava tudo bem, o que eu deveria dizer? Que odiava aquilo tudo, que queria minha vida de volta?
O que eu deveria dizer quando sabia que jamais seríamos o que um dia fomos?
Can não me perguntou, Can vivia em seu mundinho feliz... Meu irmão se esqueceu de mim.
E eu não estava lá quando nosso cachorro morreu.
Eu não estava lá quando meu irmão se enfiou em uma ordem maluca.
Eu não estava lá quando decidiram por mim me jogar para outro lugar.
Forks.
Tudo o que eu tinha eram lembranças do que eu fui, de vídeos do meu lugar, de memórias da minha terra... Eu não queria perder aquilo, eu não podia perder.
Mas em casa, quer dizer na casa do meu irmão, se falava inglês na maioria das vezes... Mamãe também aderiu desde que passou muitos e muitos meses com os americanos, mas eu...
Aquilo não era nada do que eu queria.
Agora eu falava francês, inglês, chinês, mas só queria falar tailandês. Eu só queria um lar outra vez.
Quem eu era, o que eu era?
Meu coração foi ficando cada vez mais obscuro, nervoso e eu, rancorosa.
Porque não me deixaram para trás? Porquê?
Então eu criei um mundo online para mim, e lá fiquei cada vez mais profundamente entranhada nele... Até me revoltar de vez.
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Meu seme engomadinho
FanficTin sabia que desistir, por mais que quisesse depois daquele dia, não era opção. Ele amava Can e lutaria por ele, por mais complicado que fosse. Aquele garoto do programa Tailandês era seu! Seu pequeno e inocente Cantaloupe.