A ordem religiosa

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Can queimava enquanto sentia os dedos dela abrindo sua camisa, contudo uma pancada na porta lhe tirou da própria comiseração e a fez parar de tocá-lo e olhar para a porta mais próxima.

Juliet não pode fazer mais nada, quando a porta caiu. Can viu alguém de branco em um estilo conhecido... Uma freira? E duas pistolas douradas apontada para a sua ex amiga agora monstro odiosa, curvada sobre seu corpo ainda vestido.

— Você, Juliet Capuleto está presa em flagrante em nome da ordem de Miosótis e não tem direitos. Um pio, e eu atiro na sua língua.

A voz era feminina e fria, Can tentou focalizar os olhos no rosto dela, mas sua paralisia foi ficando ainda mais perturbadoramente pesada e por fim fechou os olhos, podia morrer queimando sem fogo? Não sabia quem era, mas estava aliviado.

Era melhor morrer ardendo do que ardendo nas mãos daquela louca violentadora!

Então alguém o ergueu do chão e ele se viu no colo de outra... Freira? Que lhe sorriu suave:

— Vamos te tirar daqui, pet, eu vou te dar uma substância para dormir ok? A droga sairá mais rápido do seu sistema, está seguro e vamos te levar para um local seguro... E... M5, não mata essa parva, precisamos dela viva, o papa não gosta que matamos essa escória! Depois você que se desculpe com sua santidade, sua louca.

— Mas ela usou essa porcaria no pet! Pelos anjos, eu vou esganar essa miserável!

— M3, segura a M5, toda vez é isso... Eu já disse para não virem em missão na TPM!

Can não estava entendo bem a discussão, mas realmente queria que parasse aquele calor dos infernos e por isso recebeu aliviado a picada segundos depois.

Logo tudo embaçou mais e ele sabia que estava desmaiando.

No colo de uma freira...

Mas livre da louca Capuleto.




Tin ergueu os olhos dos milhões de e-mails perdidos na sua caixa de mensagem que até agora não tinha conseguido colocar em ordem, e disse um entre pensativo depois de ouvir a batida na porta quase discreta. Pete não batia e estava pensando se Ae decidiu sair do quarto mesmo.

Tinha chegado duas horas antes e todos já tinham almoçado, mas soube feliz que ele e a praguinha tinham comido à mesa com a família. Era um bom sinal, na verdade...

— Posso falar um pouco com você, Tin?

Ele se espantou um pouco de ver Lemon na sua porta, mas logo se recuperou e pediu que ela entrasse. Depois de terem passando anos na França, todos adquiriam o hábito de dormir após o almoço, por isso Tin chegou em silêncio para não acordar ninguém, apenas pegou o prato que Pete deixou separado para si com o bilhete contando que Ae e a monstrinha saíram e que ele já tinha adiantado as pesquisas do cruzeiro pelo mundo que dariam de presente ao Xiao Yao e Yuan Zong.

Tin sabia que Pete estava chateado por não poder ser um pet depois de toda aquela situação – Ele estava comendo na mesa e agindo como um "comum" já que Ae estava em luto e ele e Can fora de casa, por isso se espantou que mesmo assim ele ainda teve ânimo para pesquisar o presente do casal de guarda costas.

Tinha um plano para recompensar Pete por todos aqueles dias ruins depois de meses paradisíacos, mas seu plano incluía passar a noite fora com o marido.

— Não achei que ia estar acordada a essa hora, Lemon, mas me diga, o que quer?

Disse apontando a poltrona de frente a sua escrivaninha. Ela foi até a poltrona, mas não se sentou e sim se escorou nela o olhando suave... Lemon suave?

Meu seme engomadinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora