Lar, doce lar

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— E está feito.

Can ouviu Tin dizer satisfeito olhando ao redor do apartamento que sim, não era gigante, mas estava longe de ser um alojamento estudantil comum.

Acabou sorrindo pequeno ao vê-lo tão satisfeito com aquilo. Se morar sozinho o fazia feliz, então Can ficaria feliz também, por ele.

Fazia três dias daquela noite louca em que sua mãe conversou sobre sexo com ele, sua irmã surtou e Tin lhe levou para jantar no restaurante mais chique de Bangkok.

As coisas pareciam tranquilíssimas, agora. Sua mãe não tocou mais no assunto, sua irmã lhe pediu desculpas no dia seguinte embora parecesse meio rabugenta desde então e Tin... Tin não tinha mais tocado no assunto amor e tudo isso.

Ele estava mais ele, e Can se sentia mais aliviado também, não sabia falar com o Tin que lhe dizia sobre amor tão seriamente. Can ainda não sabia se sentia o mesmo...

— E então?

Tin se voltou para ele e Can coçou a nuca um pouco sem graça, mas foi sincero mesmo assim:

— Grande e chique, sua cara.

Tin como sempre sorriu de canto e veio para ele lhe pegando pela cintura – Os toques aumentaram desde aquele dia, porém – E se aproximou mais um pouco:

— Esse apartamento também é seu, Cantaloupe, não quero que seja só a minha cara.

Can desviou os olhos ainda mais sem graça. Ele não queria nada disso, mas não diria para o mais velho, sabia que ele ficaria chateado, por isso resolveu aliviar o ambiente e se soltou. Tin o deixou ir, ele nunca o prendia contra a vontade.

— O que me interessa eu já disse, é a geladeira, e falando nela acho que temos de enchê-la, não é?

— Depois, agora você tem um dever atrasado, Can - Can o olhou confuso, mesmo, tinha prometido algo e...? - Você me deixou só na vontade aquela noite e agora é a sua vez de me fazer gozar, lembra? Hoje é sábado, já liguei para sua mãe e disse que você ia dormir aqui, então está tudo certo.

A boca de Can se abriu sozinha.

— Você tem que parar de ficar ligando para a minha mãe para essas coisas, TIN!

— Ela é minha sogra querida, lógico que devo falar com ela frequentemente!

— E para de falar essas... Essas coisas pervertidas!

Resmungou também sabendo que ficava vermelho, droga, Tin não tinha controle?

— É melhor ir se acostumando, Can, eu dou nome as coisas, diferente de certas pessoas...

— TINNNNNNNNNNN! - Can se sacudiu irritado sem saber exatamente o que fazer. Não gostava de dever para o Tin e ele tinha razão, tinha lhe deixado na mão daquela vez... ARG! - Hummmmmmm.

Anuiu vencido e apontou para o quarto sabendo que fazia o maior bico da sua vida. Não sabia como fazer aquilo, mas... Lembrava de uma cena do mangá da sua irmã que... Bem...

Tin sorriu e veio para si lhe pegando pela mão e puxando para o quarto de cortinas fechadas, mas ainda sendo iluminado pelo sol da tarde.

A cama imensa estava lá, já com os lençóis que as empregadas do Tin vieram colocar – elas estiveram ali de manhã arrumando tudo – E os imensos travesseiros tão convidativos...

— Dormir depois, Can, pare de olhar a cama desse jeito.

— Tão mandão!

Resmungou cruzando os braços enquanto o mais alto ia para a cama, tirava os chinelos e se sentava nela com o sorriso malvado que devia se chamar 'sorriso cruel Tin'.

Meu seme engomadinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora