Todo cuidado é pouco

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  Tin se mantinha estático mais tempo do que seria humanamente saudável, mas não era como se tivesse controle emocional para se mover muito. Sua mente fervilhava e ele queria deixá-la e apenas ela, atuante naquele momento.

Tinha quase obrigado Ae a ficar com Yim e as visitas, enquanto levava Pete para a casinha de doce do Byun para mais exames. Não disse sobre as palavras do médico para o marido porque sabia que era melhor ter conhecimento do cenário completo antes de deixar Ae a par do que acontecia, mas em contrapartida estava sozinho com suas próprias preocupações.

Como era possível? Pete ficaria bem? E se fosse o caso tinham que manter um médico dia a dia com ele, mas quem seria confiável? Agora mais do que nunca precisava tirar Pete dali, mas não podia mesmo mandá-lo para o fim do mundo como era o plano original.

O único lar deles seguro e perto de uma grande metrópole no caso de emergências era o castelo das flores, na França. Também tinha espaço para fazer de um dos cômodos uma sala de parto equipada também, já que um homem grávido não devia mesmo ser de conhecimento público ou geral. E não podia contar com o Dr. Pet. Teria de ser outra pessoa.

Poderiam achar tal pessoa? Teria de ficar longe do Pete naquele momento delicado, como ia suportar?

Iam ser pais biológicos... Como era possível!?

Como aquilo tudo daria certo e ainda passaria despercebido?

Pete tinha que ficar bem e seguro e...

— Regente, meu amo está te chamando.

Chanyeol, o pet enfermeiro do Byun surgiu na salinha de estar onde ele permanecia como uma estátua e o olhou suave. Ele tinha um sorriso suave e tranquilo nos lábios e Tin sabia como aquele pet era bem quisto por toda a OMMP, e pensar que Byun sofreu muitas represarias do antigo conselho só porque Chanyeol assim como Can não era um modelo pet. Se tinha uma certeza sobre aquele assunto era que enquanto ele estivesse no trono, coisas como aquela não iam voltar a acontecer.

— Obrigado, Chanyeol.

Tin o seguiu e logo estava na pequena sala de consultas onde Pete estava com lágrimas nos olhos olhando para um aparelho enquanto Byun passava o sensor na barriguinha que era claro pelos bebês, como não pensou nisso? Quer dizer, além do marido ser homem e se ignorasse aquele fato, todas as dicas estiveram lá debaixo de seu nariz evidenciando aquilo.

— Tin...

Ele foi para o Pete e segurou a mão dele enquanto olhava para o mesmo ponto e arregalava os olhos para o ultrassom de última geração que devido a qualidade dava para ver claramente cinco pontinhos nítidos dentro de um útero completo.

Tin evitou de pirar, mesmo, como nunca em sua vida, por que... Além de altamente impossível e improvável era real e estava diante dos seus olhos. Pete tinha um útero.

Ele tinha um útero... E iam ter quíntuplos!

Piscou algumas vezes e ouviu um risinho típico de Pete quando estava zoando com a sua cara.

— Eu não entendo também, mas isso explica muita coisa do porque meu pai nunca me deixava ir no hospital e eu sempre tinha atendimentos em casa desde pequeno – A voz de Pete estava emocionada e parecia radiante, com isso Tin desceu os olhos para os dele para ver um sorriso todo feliz ali que o deixou praticamente derretido. Pete tinha seu coração nas mãos realmente – Eu estou muito feliz por mais absurdo que seja tudo isso.

— E isso é tudo o que importa, se está feliz, eu estou feliz, com o resto lidamos depois. Ae vai desmaiar enquanto Can pode surtar. Vai ser divertido.

Meu seme engomadinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora