Tin não explicou exatamente o que tinha em mente mas ele era assim mesmo, então logo voltaram a fazer o que cada um vazia, Pete dormia esperando a hora de irem para o clube, Ae terminava a reunião com a equipe e sua alteza, Tin ficava olhando para o vazio arquitetando alguma coisa e Can lia as atualizações de Renesme sobre as mães – Elas tinham ido aprender a pescar na tarde de ontem – Enquanto esperava.
No fim acabaram indo almoçar antes de irem para o clube e lá, no restaurante, marcaram o encontro com Minseok, que estava até então na bolsa de valores, para discutirem os planos que tinham para o encontro anual dali a poucas semanas.
Seok adorou a ideia e Can não esperava nada menos vindo dele, ele e Tin eram parecidos em muitos aspectos e um deles era se exibir como a última bolachinha do pacote. Coups não estava com eles ali, então foi um encontro divertido como tudo o que eles faziam quando estavam com sua 'família de escolha' como Pete apelidou. Ou seja, toda a galera que morara juntos na vila da floresta. Ae não gostou do plano do Tin, claro, mas dessa vez não reclamou porque no fim, o teatro seria importante para o plano final de todos.
O clube era elegante, luxuoso, de luzes discretas e cheio de submissos juntos como nunca Can tinha visto antes e se viu adorando o ambiente tanto quando Pete.
O fato era que cada vez mais Pete estava mais a vontade e necessitado de ser um pet, ele já nem gostava muito de ficar andando por si mesmo por aí e ali, no clube de Heechul, tudo era mesmo permitido e Pete se viu quase em casa.
Heechul, o dono da casa era um homem alto, extremamente lindo, de sorriso fácil, roupas luxuosas e chamativas e super gentil com eles, mas grosso de forma cínica com Tin. Mas quem não era irritado com o Tin nesse mundo, ainda iria ficar, de um jeito ou de outro, então não era lá grande coisa. Ae estava esperando aquela viagem também afinal Tin não era um conhecedor profundo dos assuntos de doms e Ae ia praticamente fazer um curso intensivo de uma semana ali. O que Pete esteve por anos esperando ansiosamente.
No fim, todos os quatro se divertiram muito, cada um do seu jeito e Can conheceu naquela tarde os dois que seriam seus amigos próximos também e faziam parte dos submissos fixos da casa de BDSM de Xangai.
Karoline e Yongguk.
Karol era uma garota muito bonita, brasileira e que tinha escolhido a China como casa desde adolescente enquanto Guk veio por motivos do coração, mas ficou porque encontrou ali sua família de escolha.
Can tinha sorte de ter duas famílias maravilhosas, a que nasceu e a que construiu junto do Tin e por mais maluco que tudo fosse, ainda era sua família e ele a amava.
— E o que significa esse pingente N.O na coleira de vocês?
Can perguntou em dado momento enquanto já conversavam como velhos amigos em uma das mesas do salão cheio e animado. Ae, Tin e Pete já tinham sumido por um bom tempo, mas Can não se preocupava, Ae não se sentia cem por cento seguro ainda e Tin era seu apoio ainda que ele jamais admitisse.
— Em termos gerais todos os subs que não tem dom, ou está solteiro, usa uma, é para identificação sabe, mostrar que está disponível.
Karol explicou solicita.
— Nossa isso é bem útil!
Can adorou a ideia pensando que os pets deveriam ter algo assim, afinal os que ficavam viúvos usavam kilt branco, mas os que só se separavam ou eram solteiros, não tinham algo que pudessem ver à primeira vista e dizer, opa, esse posso paquerar...
Quantos casais feitos um para o outro se perdiam em todas as pomposas leis pets da OMMP?
Naquela noite, enquanto seus maridos dormiam profundamente – Os três tiveram muitas aulas, segundo Pete – Ele só pensava nas melhorias que podiam ser feitas para que o mundo pet fosse mais justo, Tin ia limpar a OMMP dos caras maus, contudo se as leis em geral não mudassem, não ia ser uma grande mudança, não é mesmo?
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Meu seme engomadinho
FanfictionTin sabia que desistir, por mais que quisesse depois daquele dia, não era opção. Ele amava Can e lutaria por ele, por mais complicado que fosse. Aquele garoto do programa Tailandês era seu! Seu pequeno e inocente Cantaloupe.