Tin sentiu a respiração suspender, tanto de Ae quando a sua própria quando Can entrou no tapete vermelho colocado por metade da extensão do salão principal onde montaram um altar para o casamento. Ele estava de braços dados com Lemon que sorria toda pomposa e de ambos os lados, tanto a guarda branca quando as treze irmãs Mio que vieram a cerimônia, juntaram as mãos diante do peito naquele segundo e se curvaram como um único grande exército branco, em silêncio e ainda assim em uma coordenação que até o vento suspendeu em respeito.
Can era um líder da sua guarda e uma irmã Mio, um M como ele dizia.
Então ele veio em direção ao altar e todas as mais de cinquenta pessoas de túnica branca se ergueram e ficaram em posição de sentido. Mas ao invés de a mão na cabeça, cruzavam os braços diante do peito, como um exército do norte antigo.
Ae ofegou do seu lado surpreso e com razão, nenhum deles tinha visto aquela exibição. Era como se Can fosse algum alto comandante de algum grupo ninja secreto. O que era meio que verdade...
Can usava uma túnica branca, longa, bordada de dourado em uma mistura de estilo árabe e indiano harmonioso, pés descalços e decorados com henna e as joias no pescoço – Que o corte canoa deixava bem exposto para seu deleite – No braço e no tornozelo, eram de pérolas negras que ele mesmo mandou fazer tanto para ele quanto para o Pete. Os cabelos negros agora estavam quase na altura da cintura, soltos e Tin se sentia em uma nevoa de deslumbramento ao vê-lo daquele jeito vindo para si em um tapete cerimonial.
Quando casaram na floresta, foi uma cerimônia quase indie, agora era uma cerimônia que fazia jus ao marido que amava ao ponto da loucura.
Lemon usava um terno masculino do século dezenove gótico e ambos eram um casal exótico que atraíram a total atenção geral.
— Can está tão lindo...
Ae murmurou ao seu lado e Tin sorriu. Sim, ele estava mesmo.
Então Ae deu um passo a mais e foi receber o braço de Can da Lemon que sorriu para Ae e disse baixinho para ele cuidar do irmão decente se não ela o matava. Coisas da Lemon pós Heechul. Para ele, a cunhada apenas sorriu mortal e Tin assentiu.
Sabia da ligação dos irmãos apesar de todo o histórico e como ele já tinha prometido anos atrás, mesmo ainda sendo imperfeito para os maridos, ele faria sempre o seu melhor.
Então Ae e Can vieram para o seu lado e Tin tocou a testa na de Can sussurrando:
— E estamos aqui, na nossa cerimônia, hun?
— Sim, estamos aqui.
Can disse sorrindo suave.
Então ao longe o piano mudou de música, agora nada só de fundo como Can pediu e sim a Marcha nupcial que Pete queria e até Can se voltou ansioso para a frente.
Nenhum deles tinha visto nem um pedacinho do vestido de noiva que Pete, Magnus e um estilista que Magnus trouxe de Nova York, fizeram. Sabia que seria algo em branco e preto porque Pete pediu que ele e Ae se decidem sobre a cor, ambos deviam usar um traje ou bicolor ou um de branco e o outro de preto.
Eles optaram pela última opção e enquanto Ae estava de preto dos pés a cabeça, com o relógio de Dono e Dom no punho com o nome dele, de Can e Pete grafado na parte externa que mandaram fazer incrustrado também com as pérolas negras para Ae, Tin fez o seu de branco, com diamantes e grafado com os nome dos três maridos em ouro 24k dentro do visor digital. Enquanto de Ae era analógico.
Ele de branco, Ae de negro, Can de branco e dourado enquanto Pete viria de preto e branco. Era essa a mensagem que eles decidiram passar a todos os amigos e a OMMP, quiçá o mundo. Eles eram quatro cores diferentes que o amor uniu e que ficariam juntos pela eternidade porque se amavam o suficiente para misturar as quatro cores e formar um lar multicolor.
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Meu seme engomadinho
FanfictionTin sabia que desistir, por mais que quisesse depois daquele dia, não era opção. Ele amava Can e lutaria por ele, por mais complicado que fosse. Aquele garoto do programa Tailandês era seu! Seu pequeno e inocente Cantaloupe.